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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Gestão Lula contratou 44 servidores por dia


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EDUARDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo

Estudo feito pelo Ministério do Planejamento mostra que, entre 2003 e maio de 2009, foi autorizado o preenchimento de 160,7 mil vagas por meio de concursos, das quais 103,8 mil foram efetivamente ocupadas.

Ou seja, o governo Lula contratou, em média, 44,3 servidores por dia nos últimos seis anos e cinco meses.
Como parte dos contratados substituiu servidores aposentados, mortos ou excluídos da carreira pública por outros motivos, houve o aumento líquido de 57,1 mil funcionários civis no Executivo federal, que conta atualmente com 542.843 postos ativos, o maior número desde 1996 --se forem incluídos os poderes Legislativo e Judiciário, o total de servidores ativos sobe para 661 mil.

Desde a posse de Lula, o Brasil criou uma média de 24,3 novos postos no Executivo federal por dia. O número contrasta com o resultado do governo Fernando Henrique Cardoso, cuja redução de 97,3 mil funcionários é equivalente ao fechamento de 33,2 vagas a cada dia dos oito anos de mandato do tucano (1995-2002).

O crescimento de 11,75% no número de vagas criadas no Executivo desde 2003 supera inclusive a estimativa do IBGE para o aumento populacional, de apenas 7,12% no período.

Educação e segurança

No estudo, o ministério argumenta que o aumento de pessoal tem como objetivo melhorar o desempenho da administração pública e suprir carências de áreas em expansão, como a educação. O setor foi o que apresentou maior crescimento, com a abertura de 29,2 mil vagas no período, sendo 14,8 mil para professores.

Também houve aumento considerável nas carreiras ligadas ao Ministério da Justiça, sobretudo para a Polícia Federal, onde houve a criação de 3.631 postos para agentes, escrivães, delegados e peritos.

Mas, enquanto a saúde foi contemplada com o aumento de apenas 1.410 servidores, a AGU (Advocacia-Geral da União) recebeu o incremento de 7.233 profissionais, entre procuradores e advogados.

Segundo o estudo, o reforço seria imprescindível "em virtude da necessidade de boa defesa judicial para fazer frente ao constante crescimento das lides envolvendo a União".

Procurado, o Ministério do Planejamento não havia comentado os dados do estudo até o fechamento desta edição.

Para Felipe Salto, economista da Consultoria Tendências, ainda que a divulgação dos dados tenha um importante fator de conferir transparência à administração federal, a ampliação da máquina pública não é justificável.

"Aumentar ainda mais o excesso de servidores cria um impacto nas despesas que se manterá nos próximos anos", explica.

Segundo a previsão do governo, os gastos com a folha salarial dos funcionários públicos devem bater na casa dos R$ 153,8 bilhões em 2009, ultrapassando pela primeira vez, desde 1995, a marca de 5% do PIB. Salto alerta que essa conta pode estourar durante as próximas gestões.









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