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domingo, 13 de setembro de 2009

Gripe A: um em cada três doentes recebe Tamiflu


13.09.2009 - 09h37 Lusa
Apenas um em cada três doentes com gripe A confirmada laboratorialmente está a receber o anti-viral Tamiflu, medicamento que é administrado gratuitamente e provém da reserva estratégica portuguesa, revelou à Lusa o director-geral da Saúde. De acordo com Francisco George, este fármaco apenas é prescrito em "determinadas condições" e sempre que o médico opte por essa administração.

O especialista em saúde pública adiantou que a eficácia do medicamento está hoje mais evidente cientificamente do que antes da pandemia do vírus H1N1.

"Há hoje resultados mais positivos dos que tínhamos no início", disse.

Francisco George adiantou que a reserva estratégica de Tamiflu já começou a ser utilizada e é dali que provêm os anti-virais que são administrados através do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Também os medicamentos administrados como medida profiláctica aos contactos próximos dos doentes são provenientes da reserva.

A reserva portuguesa de Tamiflu conta com 2,5 milhões de tratamentos, que custaram 25 milhões de euros.

Além desta reserva, o medicamento também se encontra à venda em farmácias, mas Francisco George reiterou que os utentes não devem recorrerem à auto-medicação e devem respeitar a decisão dos médicos.

Francisco George explicou que, actualmente, a confirmação laboratorial da gripe A só é feita em alguns casos.

"As análises de confirmação são feitas numa rede de oito laboratórios, coordenada pelo INSA, apenas a doentes com critérios de internamento, em crianças com menos de um ano de idade, a grávidas e a grupos de maior risco, como doentes crónicos", sublinhou.

Por essa razão, a contabilidade dos casos de gripe refere-se agora a "sintomas gripais", sendo que, entre 31 de Agosto e 06 de Setembro, foram diagnosticados 2390 casos novos em Portugal.

Francisco George frisou que, neste momento, não há outras estirpes de gripe a circular com igual intensidade, além de que "a estirpe gripal é extremamente rara no Verão".

1200 pessoas passaram pelo Serviço de Atendimento de Lisboa

Mais de 1200 pessoas com suspeitas de gripe A passaram pelo Serviço de Atendimento da Gripe (SAG) Oriental desde que abriu, faz amanhã um mês.

O SAG oriental apenas atende utentes da cidade de Lisboa com suspeita de gripe A. Por essa razão, utentes e profissionais têm cuidados reforçados de prevenção, sendo os primeiros convidados a lavar e desinfectar as mãos logo à entrada do SAG.

A directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Lisboa Oriental, a que pertence este SAG, contou à Lusa que os utentes têm respeitado de forma ordeira as orientações que lhes são dadas.

"Os utentes entendem a importância de se protegerem e protegerem os profissionais que os atendem", disse Margarida Fragoso Mendes.

Da parte dos profissionais, as principais medidas de prevenção que os distingue dos que trabalham num centro de saúde apenas se registam na altura de utilizar a zaragatoa para colher material biológico para posterior confirmação laboratorial da gripe A.

Nesses casos, os médicos têm de estar cobertos, incluindo com viseiras.

As colheitas eram realizadas a todos os casos suspeitos até 21 de Agosto, altura em que as orientações técnicas recomendaram a confirmação laboratorial da gripe A apenas nos doentes pertencentes a grupos de risco.

Ao SAG Oriental, que abriu a 14 de Agosto, chegam essencialmente doentes encaminhados pela linha Saúde 24, por iniciativa própria ou recomendação de médicos que os atenderam num outro serviço de saúde.

Os casos de gripe A confirmados neste espaço corroboram os que são identificados em todo o mundo: na maioria com menos de 30 anos.

Desde que começou a funcionar, já foram atendidas neste SAG 1293 pessoas, a uma média de 50 por dia, para as quais estão a trabalhar dois médicos, dois enfermeiros e um administrativo.

A forma como o SAG vai continuar a funcionar ainda não está definida, até porque, como explicou Margarida Fragoso Mendes, "o que hoje foi decidido pode ser alterado dentro de dias ou semanas, consoante as orientações das autoridades de saúde mundiais", como a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A responsável pelo ACES de Lisboa oriental considera, contudo, que as medidas preconizadas para a gripe A vão deixar "uma semente", nomeadamente ao nível dos atendimentos.

"Esta ideia do 'antes de ir, telefone' poderá ser benéfica para, no futuro, evitar idas desnecessárias aos serviços de urgência", adiantou.

Por outro lado, também as medidas de prevenção, como a ênfase numa higiene correcta das mãos e a etiqueta respiratória poderão perdurar no futuro, "sobretudo nas crianças, que são quem melhor assimila estas mensagens", sublinhou.

O grande desafio para os profissionais de saúde que trabalham neste SAG "continua": "ter capacidade de adaptação para responder positivamente ao objectivo de mitigação do número de contactos e protecção dos grupos de risco", concluiu.

”Call center” secundário da Linha de Saúde 24 abre esta semana em Coimbra

O centro de atendimento secundário da Linha Saúde 24, criado para responder sobretudo a casos de gripe A (H1N1), abre esta semana em Coimbra, revelou hoje fonte oficial.

O responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS) pela Linha Saúde 24, Sérgio Gomes, disse à agência Lusa que o “call center” começa a funcionar esta semana na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), mas não confirmou a informação avançada pelo Diário de Coimbra de que o novo centro de atendimento abre já segunda-feira.

O centro vai destinar-se ao atendimento dos casos suspeitos de gripe em geral, mas sobretudo da gripe A (H1N1), e visa "dar uma melhor resposta e acessibilidade à procura dos cidadãos para avaliação da sua situação", adiantou o enfermeiro Sérgio Gomes.

"Estamos a fazer os testes finais e depois activaremos o centro", frisou o responsável, que não adiantou mais pormenores sobre a iniciativa, frisando, contudo, que o funcionamento do centro vai adequar-se à actividade gripal.

"Vamos iniciar com um conjunto de postos mínimos, garantindo uma resposta à procura actual, e depois iremos progressivamente reforçando a capacidade", disse ainda.

Os enfermeiros que vão assegurar o funcionamento do “call center” secundário receberam formação específica para o efeito.

"A escola tem muito gosto em acolher este projecto, disponibilizou-se para isso, porque faz parte da nossa missão, enquanto escola de saúde, responder a estas necessidades", diz Fernando Henriques, vice-presidente da ESEnfC.

O docente manifestou também o seu entusiasmo por "muitos dos licenciados" na escola "participarem neste projecto".

O centro vai funcionar no Pólo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em S. Martinho do Bispo, na margem esquerda do rio Mondego.









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