Milicianos formaram consórcio para matar Marcelo Freixo, que presidiu CPI das Milícias, e delegado Vinícius George
Rio - Um consórcio entre milicianos que tinha como objetivo matar o deputado estadual Marcelo Freixo, que presidiu a CPI das Milícias, e o delegado da Polícia Civil Vinicius George, que trabalhou nas investigações da Alerj, foi descoberto há um mês durante a investigação da Operação Leviatã 2. De acordo com o delegado Cláudio Ferraz, titular da Draco, a cúpula da milícia da Favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá, teria se reunido na comunidade para tratar dos crimes e contrataria os paramilitares do grupo desarticulado ontem para executar o plano.
Freixo soube da denúncia e se espantou com a formação do consórcio
Após a reunião, uma carta que teria sido escrita por Dalmir Pereira Barbosa, sargento reformado da PM e acusado de chefiar a milícia de Rio das Pedras, foi enviada para o ex-PM Fabrício Fernandes Mirra, o Mirra. O documento, submetido ao crivo de milicianos de Rio das Pedras, encomendava as mortes de Freixo e Vinícius. Na carta, Dalmir teria pedido autorização de Mirra para poder contratar um de seus homens. A informação é parte de um relatório da Draco encaminhado à Justiça e ao Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público.
“Já sabia dessa denúncia e preferi não comentar porque essa situação envolve família e amigos. Isso caracteriza um consórcio de milícias, a associação de Mirra com a milícia de Rio das Pedras, algo que ainda não tínhamos visto. Nossa maior proteção é continuar combatendo estes grupos, mas não apenas com prisões. Enquanto o estado não cortar o lucro das vans e outras atividades econômicas, eles vão continuar agindo”, comentou o deputado Marcelo Freixo.
FOTOGALERIA: Agentes vasculham vielas
A polícia soube da reunião por uma testemunha, hoje incluída no programa de proteção a testemunhas do estado. “Soube do plano, mas a única maneira de proteger a mim e minha família era continuar trabalhando para combater esses grupos. É claro que procuramos redobrar a atenção e evitamos frequentar determinados lugares, mas isso não nos intimida a continuar com as investigações”, disse o delegado Vinícius George.
Ontem, a milícia Liga da Justiça levou novo golpe. Os promotores Marcus Vinicius Leite e Bruno Stibich denunciaram por formação de quadrilha 65 integrantes do bando, entre eles pelo menos 25 policiais militares. Todos tiveram prisão preventiva pedida.
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