Manoel de Oliveira encerra exposição

LILIANA CARVALHO LOPES

Manoel de Oliveira esteve, esta terça-feira, no Museu Nacional de Imprensa, no Porto, no encerramento da mostra "Cem revistas de cinema no centenário de Manoel de Oliveira". O director do museu guiou o cineasta numa visita.

A exposição, constituída sobretudo por exemplares das principais revistas que se publicaram em Portugal desde 1919 até à actualidade, estava patente no MNI desde Dezembro do ano passado, em homenagem ao centenário do cineasta português.

Mais de 60 publicações diferentes, muitas delas primeiras edições, entre as quais títulos como "Porto cinematográfico", "Invicta-cine" e "O visor", foram apreciadas por milhares de pessoas durante cerca de quatro meses.

O director do MNI, Luís Humberto Marcos, sublinhou que, "antes de mais, foi extraordinário o reencontro, porque Manoel de Oliveira tinha estado no museu, em 2001, e esta exposição não podia fechar de melhor maneira", acrescentando que o cineasta é "um hino à humanidade".

Ao JN, o director referiu que, durante a visita, Manoel de Oliveira estava visivelmente bem disposto e "foi falando sobre as revistas e trazendo apontamentos novos, alguns deles desconhecidos, sobre a sua vida de cineasta".

Manoel de Oliveira achou a exposição "esplêndida, soberba. Não conhecia o museu, mas é muito bonito". Quanto a projectos, o realizador continua a frisar que "falta fazer muita coisa" e que tem "muitos projectos".

A sua mais recente criação, "Singularidades de uma rapariga loura", teve a primeira apresentação mundial em Fevereiro passado, no Festival de Cinema de Berlim, no qual o cineasta foi distinguido com o Prémio Berlinale Kamera. O filme é uma adaptação do conto homónimo de Eça de Queiroz e será exibido em antestreia nacional no sexto festival IndieLisboa, que arranca no dia 23.

Actualmente, Manoel de Oliveira está a trabalhar numa outra produção, "O estranho caso de Angélica", rodada no Douro.

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