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sábado, 21 de março de 2009

Neschling entra na Justiça contra Osesp, informa coluna

da Folha Online

A Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo confirmou que John Neschling, regente afastado da Osesp (Sinfônica do Estado), protocolou pedido para verificar se o novo regente titular da orquestra, o francês Yan Pascal Tortelier, tem ou não autorização para trabalhar no Brasil. A informação é da coluna Mercado Aberto, de Guilherme Barros, na Folha deste sábado.



Neschling (esq.) quer saber se Tortelier tem ou não autorização para trabalhar no Brasil

A íntegra da coluna Mercado Aberto está disponível para assinantes do UOL e do jornal.

O pedido foi protocolado na última quinta-feira (19). Se Tortelier não tiver permissão para trabalhar no país, Neschling pede que "sejam tomadas as medidas cabíveis contra a Fundação Osesp", que mantém a Sinfônica.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a DRT-SP informou que o ex-regente da Osesp receberá resposta à sua solicitação na semana que vem.

A Folha apurou que Neschling vai ainda recorrer à Justiça contra a Fundação Osesp para obter as verbas rescisórias não pagas até agora, a que ele entende ter direito.

A saída de Neschling da Osesp, que estava à frente da orquestra desde 1997, foi tumultuada. Apesar de o salário mensal de R$ 120 mil do maestro sempre ter causado polêmica, não foi essa a principal razão de sua demissão.

A Folha apurou que o salário de Tortelier é mais do que o dobro do de Neschling.

O regente afastado entrou em conflito com o governador José Serra. Chamou-o de "menino mimado" e "autoritário" e deu entrevistas criticando o governador e o secretário estadual da Cultura, João Sayad. A gota d'água foram críticas de Neschling à decisão do conselho da fundação de formar um comitê para a escolha de seu sucessor.

Outro lado

A Fundação Osesp informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que obteve junto ao Ministério do Trabalho toda a documentação necessária para que Tortelier trabalhasse regularmente no Brasil. Sobre o pedido apresentado à Justiça do Trabalho com relação a verbas rescisórias, a fundação informou não ter sido notificada.

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