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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cabral chama de vagabundos médicos que faltaram a plantão no Getúlio Vargas

Saúde


Publicada em 22/09/2008 às 13h56m

Ludmila Curi - O Globo e RJTV

O secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, fala na inauguração da UPA 24 horas da Ilha. Ao fundo, o ministro José Gomes Temporão e o governador Sérgio Cabral. Foto: Domingos Peixoto

RIO - O governador Sérgio Cabral chamou de vagabundos os médicos que faltaram ao plantão no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no domingo. Após participar da inauguração de mais uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Cabral afirmou que vai afastar os médicos e cobrou uma posição do Conselho Regional de Medicina (Cremerj).

- É uma situação que nos deixa angustiados, mas que tem solução. O que pode ser feito imediatamente é a troca desses médicos. Quero ver o Cremerj denunciar esses safados - disse o governador.

De acordo com reportagem do telejornal RJTV, da TV Globo, o Cremerj está apurando os motivos para a falta. Já a direção do Getúlio Vargas, afirmou que os profissionais serão denunciados à Comissão de Ética do hospital. Além disso eles devem ser afastados.

Na noite de domingo, pelo menos trinta pacientes ficaram sem atendimento devido a falta de cinco médicos clínicos gerais. Eles não deram aviso prévio. Houve tumulto na unidade. Por volta das 20h, cerca de 30 pessoas esperavam por atendimento e a confusão começou após a informação de que não havia profissionais suficientes para atendê-las. A Polícia Militar teve de ser chamada e enviou pelo menos seis equipes ao local para acalmar os ânimos.

Confusão no Getúlio Vargas/Marco Antônio Teixeira - O Globo

Até o diretor do hospital, Marcelo Soares, precisou ir ao local para fazer atendimentos. Segundo ele, os pacientes que chegaram à unidade passaram por uma avaliação e apenas foram atendidos os casos em que foi detectado risco de morte. O restante dos pacientes foi encaminhado a outros hospitais. O diretor do Getúlio Vargas teve de estender o horário de plantonistas do dia para minimizar os transtornos.

Soares disse ter ficado indignado com a atitude dos clínicos de não ir ao plantão. Ele afirmou que, ao saberem que uma colega faltaria por estar doente, as médicas Beatriz Ribeiro dos Reis e Daniele Rodriguez Pereira informaram às 19h, horário em que deveriam chegar ao hospital, que também não iam comparecer. Outros três profissionais do pronto-atendimento - Marina Sampaio, Eduardo Gerk e Cláudia Spala Paes Leme de Castro - também teriam faltado sem comunicação prévia.

O Getúlio Vargas é um dos maiores hospitais do Rio e atende, cerca de 900 doentes por dia e 30 mil por mês. É também o hospital que mais atende vítimas de armas de fogo na cidade.

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