jornalista demitido por ordem de Jacques Wagner se junta aos PMs grevistas na BA
*Diogo Miranda
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07/02/2012 16:19
O radialista e jornalista, Valdeck
Filho, que trabalhava como repórter no programa policial “Na Mira”
apresentado pela TV Aratu, foi demitido na última sexta-feira (3/2).
Valdeck perguntou ao diretor geral
qual o motivo de sua demissão e obteve como resposta de que estava sendo
dispensado e que não importava o motivo. Posteriormente, o jornalista
descobriu que a direção geral da emissora estava acatando ordens do
governador da Bahia, Jacques Wagner.
A equipe do “Na Mira” confimou o
motivo da dispensa: “não fomos nós do programa que o demitimos, ele foi
embora por ter apoiado a greve dos policiais”, disse uma funcionária do
programa.
À IMPRENSA, Valdeck Filho, esclareceu algumas questões que, segundo ele, foram distorcidas pela mídia baiana. Ele acusa a imprensa de estar “comprada” pelo governo. “Toda a imprensa baiana blindou o governo, não se olha para os lados, o governo manda as informações e os veículos publicam da forma como recebem. A mídia está publicando notícias falsas a respeito da greve nos colocando como os culpados da história. Mais de 250 pessoas foram assassinadas, mas ninguém comenta sobre isso”, desabafou o jornalista.
Crédito:Agência Brasil
Governador não aceita atitude de jornalista e pede sua demissão a emissora na Bahia.
À IMPRENSA, Valdeck Filho, esclareceu algumas questões que, segundo ele, foram distorcidas pela mídia baiana. Ele acusa a imprensa de estar “comprada” pelo governo. “Toda a imprensa baiana blindou o governo, não se olha para os lados, o governo manda as informações e os veículos publicam da forma como recebem. A mídia está publicando notícias falsas a respeito da greve nos colocando como os culpados da história. Mais de 250 pessoas foram assassinadas, mas ninguém comenta sobre isso”, desabafou o jornalista.
“A imprensa diz que os PMs estão
matando as pessoas, dizem que a polícia forjou essa greve para saquear a
população, mas na verdade, os crimes vêm acontecendo pela falta de
policiamento, por lutas territoriais e vingança. O governador poderia
cooperar e resolver isto, mas preferiu cercar a Assembléia nos
impossibilitando de sair”, acrescentou.
Após sua demissão, Valdeck aderiu ao
movimento dos policias militares e afirmou que tudo poderia ser
resolvido sem greve. “Em momento nenhum, os PMs queriam causar confusão,
só queriam que as gratificações do passado fossem pagas. Essa é a única
reivindicação dos policiais”, afirmou.
O jornalista passou a usar laptops e
celulares para informar a população sobre o que vinha acontecendo, até
que cortaram a água e a luz dos grevistas. “Está difícil conseguir
mantimentos e divulgar o que acontece agora”, disse.
Na última sexta-feira (3/2) na parte
da noite, ele se juntou aos policiais em greve, em frente à Assembléia
Legislativa baiana, local onde estão acampados para protestar contra o
governo local que não quer cumprir os compromissos com a polícia. No
mesmo dia, Dilma Roussef autorizou intervenção federal. Soldados do
exército foram levados para o local da greve para cercar os grevistas,
impossibilitando sua saída para comprar mantimentos.
Desde então, aproximadamente dois mil
policiais com suas famílias e o jornalista, seguem sitiados em frente à
Assembléia. Estão cercados, por homens do exército, helicópteros e
atiradores de elite estrategicamente posicionados.
Na noite da última segunda-feira
(6/2), familiares se aproximaram do cerco formado pelos soldados e
jogaram suprimentos para que os grevistas consigam resistir o máximo que
puderem.
“Eu
ando sempre com dois policiais ao meu lado, eles não me deixam sozinho e
não querem que eu me exponha tanto, o risco é iminente”, comentou
Valdeck.
*Com supervisão de Vanessa Gonçalves.
Leia mais
Imprensa internacional repercute greve dos policiais militares na Bahia
Jaques Wagner
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jaques Wagner | |
---|---|
Jaques Wagner | |
50º Governador da Bahia | |
Mandato | 1 de janeiro de 2007 a atualidade |
Vice-governador | Otto Alencar |
Antecessor(a) | Paulo Souto |
Vida | |
Nascimento | 16 de março de 1951 (60 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | Partido dos Trabalhadores |
Profissão | Político, ex-sindicalista |
[editar] Biografia
Nascido no Rio de Janeiro, é casado com Maria de Fátima Carneiro de Mendonça e tem três filhos. Judeu, é também militante do movimento sionista desde a juventude.Sua atividade política se inicia a partir de 1968 no movimento estudantil, quando presidiu o diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Entretanto, em 1973, Jaques Wagner passou a ser perseguido pela ditadura militar e teve que abandonar o curso de Engenharia, que nunca completou. Nesse mesmo ano mudou-se para Salvador e ingressou na indústria petroquímica no polo de Camaçari, no litoral da Bahia. Lá Wagner se tornou técnico em manutenção. Começou a atuar no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica), do qual foi diretor e presidente de 1987 a 1989. Conheceu Lula num congresso de petroleiros e, em 1980, ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT). Nessa época, foi um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado.[carece de fontes]
Filiado ao partido desde então, Jaques Wagner foi eleito deputado federal em 1990. Depois de três mandatos como deputado, concorreu ao governo da Bahia em 2002 e foi derrotado. Então, foi acomodado por Lula como Ministro do Trabalho e posteriormente, em 2005, tornou-se ministro das Relações Institucionais, assumindo a coordenação política do governo e suas relações com o Congresso Nacional.
Jaques Wagner foi eleito governador do estado, em outubro de 2006, apoiado por uma coligação formada pelo PT, PV, PPS, PCdoB, PTB, PMN e PMDB. Este último indicou o candidato a vice-governador, o ex-deputado estadual Edmundo Pereira. A coligação não teve candidato a senador, mas apoiou informalmente o ex-governador João Durval Carneiro, que também é pai do atual prefeito da capital, Salvador, João Henrique Carneiro. Apesar de as pesquisas indicarem uma vitória do seu adversário e predecessor no cargo, Paulo Souto, Jaques venceu com 52,89% dos votos válidos, num total de 3.242.336 votos.
A vitória de Jaques Wagner foi apontada pela imprensa nacional como o fim do carlismo, ou seja, da forte influência do ex-governador Antônio Carlos Magalhães na estrutura de governo do estado da Bahia.[carece de fontes] O próprio Jaques Wagner tratou de explicar, numa entrevista concedida à revista Caros Amigos, que sua vitória não foi surpresa para ele, uma vez que o grupo liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães arregimentava sempre cerca de 30 por cento dos votos em todas as eleições.
Em dezembro de 2006, seguindo o modelo do governo Lula, Wagner anunciou que pretende ter sob sua responsabilidade direta a administração dos recursos financeiros estaduais destinados a ações sociais.[carece de fontes]
Em 2010, Jaques foi reeleito governador da Bahia, em primeiro turno, com 63,83% dos votos válidos[1].
Em 2011, a população de Salvador lançou um manifesto com abaixo-assinado através do movimento "Eu quero VLT em Salvador" defendendo a adoção do Metrô ou do Veículo Leve sobre Trilhos na av. Paralela e Região Metropolitana de Salvador[2].
Referências
[editar] Ligações externas
- Jaques Wagner (em português)
- @JaquesWagner - Twitter pessoal e oficial do Governador Jaques Wagner (em português)
Precedido por Paulo Jobim Filho |
Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil 2003 |
Sucedido por Fernando Roth Schmidt |
Precedido por Fernando Roth Schmidt |
Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil 2003 — 2004 |
Sucedido por Ricardo Berzoini |
Precedido por Paulo Souto |
Governador da Bahia 2007 — atualmente |
Sucedido por — |
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