DE SÃO PAULO
Os policiais militares e os bombeiros do Ceará decidiram em assembleia,
realizada no início da noite desta quinta-feira, fazer uma paralisação
às vésperas do Réveillon.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados Militares do Ceará, Flávio Sabino, disse que 1.200 PMs estavam reunidos em um ginásio esportivo de Fortaleza por volta das 21h e que outros policiais iriam para o local. A expectativa, segundo ele, é que mais de 10 mil policiais e bombeiros participem do movimento.
Os militares dizem que a paralisação será por tempo indeterminado, até que o governo negocie com a categoria. "Pensamos em parar na véspera de Natal, mas decidimos respeitar a festa natalina das famílias cearenses, aquele momento fraterno. Resolvemos paralisar hoje porque, se o governo quiser, tem 48 horas para negociar com a categoria e garantir o Réveillon."
A Polícia Militar do Ceará, por meio da assessoria de imprensa, disse o movimento está sendo feito por um pequeno grupo e que não afetou o policiamento no Estado. Segundo a PM, o efetivo policial na capital está garantido para a festa de Ano-Novo.
Os policiais reivindicam, segundo Sabino, o estabelecimento de uma carga horária de 40 horas semanais e o pagamento de horas extras. No interior do Estado, segundo ele, os PMs chegam a trabalhar 90 horas por semana.
Entre as reivindicações estão ainda mudanças na política de promoções e aumento salarial.
Segundo Sabino, os policias que participaram da assembleia que decidiu pela paralisação estavam com medo de represálias por parte do governo e, por isso, muitos usaram máscaras para não serem identificados. O presidente da associação disse que mais de 30 policiais foram transferidos para o interior do Estado após participarem de uma caminhada de protesto.
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