Empreendedor
Dias antes de virar o escândalo da vez, o
ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) foi eleito “Empreendedor do
Ano” pela revista IstoÉ. ...dada a alta sofisticação dos escândalos políticos no Brasil, uso irregular de jatinho caiu mesmo de moda
O governador Sérgio Cabral (PMDB) já poderá pagar jatinhos e os hotéis de luxo na Europa: os deputados estaduais vão aprovar aumento de salário dele para R$18,3 mil e do vice, “Pezão”, para R$ 16,4 mil.
claudiohumberto
O governador Sérgio Cabral (PMDB) já poderá pagar jatinhos e os hotéis de luxo na Europa: os deputados estaduais vão aprovar aumento de salário dele para R$18,3 mil e do vice, “Pezão”, para R$ 16,4 mil.
claudiohumberto
Governo barra convocação de Pimentel
O governo blindou, novamente, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria) e derrubou um convite para que ele falasse ao Senado sobre as suspeitas de possível tráfico de influência relacionado às atividades da empresa e consultoria dele. Por 8 votos a 5, o convite foi derrubado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle. Os aliados sustentam que as denúncias não envolvem questões de governo. Autor do requerimento, o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), disse que a base desrespeitava acordo de líderes da Casa para pedir esclarecimentos de ministros envolvidos em denúncias. "Os ministros do PT são blindados e os demais podem ser jogados ao mar. Eles que se expliquem, se justifiquem. Não há nenhuma razão para rompimento de acordo que existia a convite de ministros denunciados", afirmou.
Nesta terça, comissão do Senado rejeitou convite para ministro depor.
Reportagens mostram que Pimentel recebeu R$ 2 milhões em consultorias.
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O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,
ao lado da presidente Dilma Rousseff em cerimônia
em Porto Alegre (Foto: Roberto Stuckert Filho /
Presidência)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (13), em Porto
Alegre, considerar "estranho" que o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, dê explicações sobre sua "vida
privada, a vida pessoal passada". O ministro foi apontado por supostas
irregularidades em consultorias prestadas entre 2009 e 2010.ao lado da presidente Dilma Rousseff em cerimônia
em Porto Alegre (Foto: Roberto Stuckert Filho /
Presidência)
Perguntada se o ministro não deveria ir ao Congresso explicar as denúncias, a presidente falou sobre o assunto pela primeira vez: “O governo não acha nada. O governo só acha o seguinte: é estranho que o ministro preste satisfações no Congresso da vida privada, da vida pessoal passada dele. Se ele achar que deve ir, ele pode ir, se ele achar que não deve ir, ele não vá. Agora, sobre assuntos do governo é obrigado a ir.”
Nesta terça, senadores governistas barraram convite para Pimentel ir à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Controle do Senado explicar as denúncias.
Reportagens do jornal "O Globo" publicadas no início do mês mostraram que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria depois de deixar a prefeitura de Belo Horizonte e antes de assumir o ministério.
Em nota, o ministério afirmou que Fernando Pimentel deixou a empresa no fim do ano passado e afirma que todas as informações sobre a consultoria foram repassadas à Comissão de Ética Pública da Presidência.
Senadores da base aliada se pronunciaram contra o convite. A exceção foi o senador Ivo Cassol (PP-RO), que defendeu a presença de Pimentel. "Sou da base, mas ministro que tem medo de vir numa comissão não pode ser ministro. Não tem nada o que esconder. Essa comissão aqui não é um cemitério e não enterra ninguém", disse.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, listou motivos que justificariam a rejeição do requerimento. Ele afirmou que o ministro explicou "de forma convincente" as denúncias e que Pimentel não ocupava cargo público na época em que prestou consultoria.
Para Costa, seria mais pertinente que a Câmara Municipal de Vereadores de Belo Horizonte ouvisse Pimentel para saber se houve, entre as contratantes, empresas que prestavam serviço para a Prefeitura.
Na quarta passada (7), o jornal "Folha de S.Paulo" informou que uma empresa atendida pela consultoria manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte quando Pimentel era prefeito.
"No máximo caberia, talvez, a Câmara de Vereadores convocar o ministro por algumas dessas empresas terem prestação de serviço com a Prefeitura de Belo Horizonte. Aqui é só mais tentativa de embate político da oposição", disse.
Denúncias
No começo de dezembro, reportagem do jornal "O Globo" apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões com sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010, após deixar o cargo de prefeito de Belo Horizonte e antes de assumir vaga no ministério de Dilma.
Segundo o jornal, um dos clientes foi a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) para o trabalho de "consultoria econômica e em sustentabilidade". Dirigentes da federação, que, segundo “O Globo”, pagou R$ 1 milhão pelo trabalho, disseram ao jornal desconhecer o trabalho realizado por Pimentel. Outro cliente, a construtora mineira Convap, teria pago R$ 514 mil pela consultoria.
Em outra reportagem publicada dias depois, "O Globo" cita outro contrato em que o ministro teria recebido R$ 400 mil de empresa pertencente ao filho de um sócio de Pimentel em sua consultoria. Depois, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que esta empresa manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte quando Pimentel era prefeito.
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Perguntas que Pimentel ainda não respondeu
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Fernando Pimentel deixa várias perguntas sem respostas
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel
Thiago Herdy / O Globo
RIO – Embora aliados afirmem que o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, já prestou todos os esclarecimentos a respeito de suas atividades como consultor, desde a última quinta-feira, ainda há pontos que o ministro não explicou:
PROGRAMAS – A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) informou que Fernando Pimentel, então ex-prefeito de Belo Horizonte, foi contratado, por meio da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., para propor programas de desoneração tributária e desenvolvimento ao governo federal. Quais foram esses programas?
NOMES – A Fiemg informou que Pimentel deu “orientação aos técnicos e colaboradores para elaboração e desenvolvimento de conteúdos”. Quem são os técnicos e colaboradores que trabalharam sob sua orientação?
CONTRATO VERBAL – Por que negócios de R$ 514 mil, R$ 400 mil e R$ 130 mil foram feitos sem contratos formais e apenas verbais?
RESULTADOS – Que garantias de prestação do serviço o então ex-prefeito Fernando Pimentel dava?
SERVIÇO PRESTADO – E por que o ministro não apresenta a comprovação dos serviços prestados, já que confirma ter recebido todos os valores publicados pelo GLOBO?
ETA – Por que o ministro omitiu ao jornal O GLOBO ter prestado serviços à ETA Bebidas Ltda., na hora de somar os valores recebidos com sua atividade de consultoria, quando o caso veio à tona?
DOADOR – O ministro conhece Eduardo Luis Bueno, sócio da ETA Bebidas e acusado por doação ilegal de recursos na campanha eleitoral de 2006? Se sim, desde quando e como se conheceram?
PERNAMBUCO – Para prestar serviços à ETA, o então ex-prefeito de BH viajou a Pernambuco para conhecer detalhes do mercado de refresco de guaraná no Nordeste? Ou prestou o serviço a partir de Belo Horizonte?
CONTATOS – Na última quarta-feira, O GLOBO contactou todos os donos da ETA desde a fundação, que negaram conhecer o ministro Pimentel. No dia seguinte, a empresa divulgou nota confirmando a contratação e informou que ninguém daria mais entrevistas. Quem são os diretores da ETA com quem o então ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou ter mantido contato telefônico durante a prestação de seus serviços de consultoria?
NOS EUA – Quem é o ex-dono da ETA que o ministro Fernando Pimentel afirma estar vivendo nos Estados Unidos?
FATURAMENTO – O ministro sabe dizer qual era o faturamento médio da ETA quando prestou consultoria?
INDICAÇÃO – Quem é o dirigente da Federação das Indústrias de Pernambuco que o ministro Pimentel afirmou, em entrevista à “Folha de S. Paulo”, ter indicado seu trabalho aos donos da ETA?
QUITAÇÃO – O então ex-prefeito de Belo Horizonte orientou a construtora Convap — para quem afirma ter prestado consultoria tributária – a pagar a dívida de quase meio milhão de reais em taxas e tributos da empresa com a prefeitura de Belo Horizonte? 9Jornal O GLOBO).
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel
Thiago Herdy / O Globo
RIO – Embora aliados afirmem que o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, já prestou todos os esclarecimentos a respeito de suas atividades como consultor, desde a última quinta-feira, ainda há pontos que o ministro não explicou:
PROGRAMAS – A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) informou que Fernando Pimentel, então ex-prefeito de Belo Horizonte, foi contratado, por meio da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., para propor programas de desoneração tributária e desenvolvimento ao governo federal. Quais foram esses programas?
NOMES – A Fiemg informou que Pimentel deu “orientação aos técnicos e colaboradores para elaboração e desenvolvimento de conteúdos”. Quem são os técnicos e colaboradores que trabalharam sob sua orientação?
CONTRATO VERBAL – Por que negócios de R$ 514 mil, R$ 400 mil e R$ 130 mil foram feitos sem contratos formais e apenas verbais?
RESULTADOS – Que garantias de prestação do serviço o então ex-prefeito Fernando Pimentel dava?
SERVIÇO PRESTADO – E por que o ministro não apresenta a comprovação dos serviços prestados, já que confirma ter recebido todos os valores publicados pelo GLOBO?
ETA – Por que o ministro omitiu ao jornal O GLOBO ter prestado serviços à ETA Bebidas Ltda., na hora de somar os valores recebidos com sua atividade de consultoria, quando o caso veio à tona?
DOADOR – O ministro conhece Eduardo Luis Bueno, sócio da ETA Bebidas e acusado por doação ilegal de recursos na campanha eleitoral de 2006? Se sim, desde quando e como se conheceram?
PERNAMBUCO – Para prestar serviços à ETA, o então ex-prefeito de BH viajou a Pernambuco para conhecer detalhes do mercado de refresco de guaraná no Nordeste? Ou prestou o serviço a partir de Belo Horizonte?
CONTATOS – Na última quarta-feira, O GLOBO contactou todos os donos da ETA desde a fundação, que negaram conhecer o ministro Pimentel. No dia seguinte, a empresa divulgou nota confirmando a contratação e informou que ninguém daria mais entrevistas. Quem são os diretores da ETA com quem o então ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou ter mantido contato telefônico durante a prestação de seus serviços de consultoria?
NOS EUA – Quem é o ex-dono da ETA que o ministro Fernando Pimentel afirma estar vivendo nos Estados Unidos?
FATURAMENTO – O ministro sabe dizer qual era o faturamento médio da ETA quando prestou consultoria?
INDICAÇÃO – Quem é o dirigente da Federação das Indústrias de Pernambuco que o ministro Pimentel afirmou, em entrevista à “Folha de S. Paulo”, ter indicado seu trabalho aos donos da ETA?
QUITAÇÃO – O então ex-prefeito de Belo Horizonte orientou a construtora Convap — para quem afirma ter prestado consultoria tributária – a pagar a dívida de quase meio milhão de reais em taxas e tributos da empresa com a prefeitura de Belo Horizonte? 9Jornal O GLOBO).
Dilma orienta base aliada a impedir convocação
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A
presidente Dilma Rousseff orientou ontem a base aliada a impedir
qualquer convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Fernando Pimentel. A ordem, transmitida aos integrantes da
coordenação política, busca preservar um dos ministros mais próximos de
Dilma. O Planalto também conta com a ajuda do calendário natalino para
abafar o caso.
Para o Planalto, o assunto está encerrado,
já que a presidente Dilma entende que ele deu todas as explicações que
eram necessárias e classificou-as como satisfatórias. O governo faz
questão de destacar também que as "ilações" contra Pimentel se referem a
um tempo que ele nem estava no governo.
Pimentel estava com passagem marcada para
embarcar para Genebra para participar da reunião da Organização Mundial
do Comércio (OMC), na noite de ontem. A presidente o orientou a viajar
tranquilo, assegurando-lhe que as lideranças partidárias garantiram que
não haveria risco de ele ser convocado pelo Congresso para dar
explicações.
Pimentel, que é um dos mais próximos
ministros da presidente, manteve sua proximidade com Dilma, apesar dos
ataques. A presidente lhe recomendou que resistisse, lembrando que ela
mesma foi alvo de diferentes ataques e "sobreviveu". O governo conta com
o recesso parlamentar para que o assunto caia no esquecimento. O
ministro Pimentel vem sendo alvo de acusações de tráfico de influência
nas atividades de consultoria exercidas por sua empresa, a P-21. O caso
do ministro tem sido comparado ao de Antonio Palocci, que saiu da Casa
Civil após informações sobre sua evolução patrimonial e suas atividades
de consultor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ideli defende Pimentel e diz que o ministro tem o apoio de Dilma
Líderes avaliam explicações sobre consultorias como 'satisfatórias', disse.
Oposição considera justificativas do ministro 'insuficientes'.
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A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta
segunda-feira (12) que o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior) tem o apoio da presidente Dilma Rousseff.
Questionada por jornalistas se a situação de Pimentel no governo é
confortável, ela respondeu: "Temos, em primeiro lugar, o apoio da
presidenta. Ele [Pimentel] acompanhou a presidenta na viagem importante
que aconteceu nesse final de semana na Argentina e temos convicção de
que o ministro Pimentel tem prestado todos os esclarecimentos."
Ideli conversou com a imprensa após reunião de coordenação com a presidente Dilma Rousseff nesta manhã. Ela disse que os líderes da Câmara e do Senado avaliam as explicações que Pimentel prestou até o momento como "satisfatórias". "Portanto não há necessidade de levar o assunto para o Congresso", disse. A oposição tenta aprovar nesta terça (13) requerimento de convite para que Pimentel preste depoimento no Senado.
Reportagem do jornal "O Globo" publicada no domingo (4) apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões pela sua empresa de consultoria, P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010. O jornal também mostrou que ele teria recebido R$ 400 mil de empresa pertencente ao filho de um sócio de Pimentel em sua consultoria.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", essa empresa manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte quando Pimentel era prefeito. Nesta sexta, "O Globo" mostrou outro contrato, com uma empresa de Pernambuco.
A ministra saiu em defesa de Pimentel e ressaltou que o colega "não estava exercendo nenhum cargo público quando exerceu seu trabalho de economista quando prestou consultorias".
'Questão pessoal'
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta segunda-feira que a base do governo na Casa vai se empenhar para derrubar o requerimento apresentado pela oposição que pede a convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
"Não é um assunto de governo. O caso do Pimentel é uma questão pessoal. Não se sustenta [a convocação]", disse o líder do governo.
Explicações 'insuficientes'Para o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), as explicações de Pimentel sobre as denúncias foram "insuficientes".
"O que nós desejamos é que o ministro compareça ao Senado Federal para apresentar as suas justificativas. E explicações insuficientes acabam comprometendo ainda mais e autorizando as especulações sobre a prática de corrupção", disse.
Governistas derrubam requerimento para ouvir ministro Pimentel sobre denúncias
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
13/12/2011 | 17h24 | Senado
Em reunião nesta terça-feira (13), a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) rejeitou requerimento que convidava o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a prestar esclarecimentos ao colegiado. Foram oito votos contrários ao convite e cinco favoráveis. O requerimento foi apresentado pelo líder do PSDB, Alvaro Dias (PR). A atuação de Pimentel como consultor em 2009 e 2010 vem sendo colocada sob suspeita por órgãos da imprensa. Os contratos de consultoria estão sendo classificados como irregulares pela oposição.
Com o Plenário cheio, a maioria governista conseguiu barrar o convite a Pimentel, mesmo com a argumentação dos oposicionistas e com o apoio ao convite por parte dos senadores Ivo Cassol (PP-RO) e Pedro Taques (PDT-MT), da base do governo. Além dos dois, votaram a favor do convite ao ministro os senadores Alvaro Dias, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Cícero Lucena (PSDB-PB). Votaram contra o convite os senadores Anibal Diniz (PT-AC), Jorge Viana (PT-AC), Ana Rita (PT-ES), Romero Jucá (PMDB-RR), Gim Argello (PTB-DF), Valdir Raupp (PMDB-RO), Lauro Antônio (PR-SE) e Vicentinho Alves (PR-TO).
O requerimento de Alvaro Dias foi o primeiro item da pauta de votações da reunião conduzida pelo presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Durante a discussão, Anibal Diniz afirmou que as denúncias contra Pimentel devem ser apuradas por órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal. Para ele, o Senado corre o risco de "virar delegacia de polícia" se decidir investigar todas as pessoas acusadas de irregularidades pela imprensa.
O líder do PT, Humberto Costa (PE), também defendeu o ministro do Desenvolvimento, argumentando que o convite era desnecessário, pois Pimentel já teria prestado esclarecimentos "de forma convincente". Humberto também disse que Pimentel não exercia cargo público quando prestou as consultorias colocadas sob suspeita e acrescentou que as empresas que o contrataram já confirmaram que os serviços de consultoria foram realizados de maneira correta.
"Pimentel não exercia cargo público à época das consultorias. Essas empresas não são fornecedores nem prestam serviço ao governo federal. Esse requerimento não passa de mais uma tentativa de embate político da oposição, que não tem proposta para o país", afirmou Humberto Costa.
Combate à corrupção
Alvaro Dias rebateu os argumentos de Humberto Costa dizendo que uma das propostas da oposição é justamente o combate à corrupção. O líder do PSDB também acusou o governo de quebrar acordo firmado anteriormente para que convites a ministros não fossem rejeitados. Alvaro Dias afirmou ainda que não há clareza sobre os tipos de serviços prestados por Pimentel e que, em vários casos, faltam contratos ou recibos.
"Combater a corrupção é dever elementar da oposição. Há suspeitas de tráfico de influência e conflito de interesses nesses contratos milionários sem nenhuma transparência. Esse país não suporta mais tantos escândalos de corrupção. Se o ministro não vier ao Senado fica a impressão de que ele não tem como explicar as suspeitas contra ele", disse Alvaro Dias.
Os senadores Jorge Viana e José Pimentel (PT-CE) afirmaram que o ministro Fernando Pimentel já prestou à imprensa e ao governo federal todas as informações necessárias para demonstrar sua idoneidade e a dos contratos de consultoria. Já Aloysio Nunes disse que os senadores desejam apenas que o ministro Pimentel esclareça ao Senado e à população se os contratos suspeitos "têm ou não alguma irregularidade".
Mesmo compondo a base partidária do governo no Senado, Ivo Cassol e Pedro Taques votaram a favor da convocação do ministro do Desenvolvimento. Para ambos, é dever de qualquer ministro explicar e esclarecer suspeitas e denúncias. Para Cassol, "ministro que tem medo de vir em comissão não pode ser ministro".
Já Taques afirmou que toda e qualquer denúncia pode ser alvo da atenção dos senadores, "seja em que partido for". "Estamos aqui para analisar fatos. Temos a obrigação constitucional de fiscalizar. Não interessa o partido político. Quem não deve não teme. A sociedade precisa saber, senão a sociedade fica a se indagar se os partidos políticos, todos eles, não passam de quadrilhas", disse.
Romero Jucá também afirmou que Pimentel não tem mais nada a esclarecer, por já ter fornecido todas as informações necessárias à Comissão de Ética da Presidência da República e à Receita Federal.
Da Agência Senado.
O Planalto mandou um recado nesta segunda-feira aos governistas para que barrassem qualquer tentativa da oposição de aprovar pedido de depoimento de Pimentel no Congresso Nacional. Para a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro já deu explicações “satisfatórias” sobre o caso.
"Temos, em primeiro lugar, o apoio da presidente", disse Ideli. "A impressão que temos é que as explicações têm sido satisfatórias, não havendo necessidade de levar o assunto ao Congresso". Pairam sobre Pimentel suspeitas de tráfico de influência após a revelação de que o ministro faturou pelo menos 2 milhões de reais com sua empresa de consultoria, a P-21, entre 2009 e 2010.
Ideli conversou com a imprensa após reunião de coordenação com a presidente Dilma Rousseff nesta manhã. Ela disse que os líderes da Câmara e do Senado avaliam as explicações que Pimentel prestou até o momento como "satisfatórias". "Portanto não há necessidade de levar o assunto para o Congresso", disse. A oposição tenta aprovar nesta terça (13) requerimento de convite para que Pimentel preste depoimento no Senado.
Reportagem do jornal "O Globo" publicada no domingo (4) apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões pela sua empresa de consultoria, P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010. O jornal também mostrou que ele teria recebido R$ 400 mil de empresa pertencente ao filho de um sócio de Pimentel em sua consultoria.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", essa empresa manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte quando Pimentel era prefeito. Nesta sexta, "O Globo" mostrou outro contrato, com uma empresa de Pernambuco.
A ministra saiu em defesa de Pimentel e ressaltou que o colega "não estava exercendo nenhum cargo público quando exerceu seu trabalho de economista quando prestou consultorias".
'Questão pessoal'
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta segunda-feira que a base do governo na Casa vai se empenhar para derrubar o requerimento apresentado pela oposição que pede a convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
"Não é um assunto de governo. O caso do Pimentel é uma questão pessoal. Não se sustenta [a convocação]", disse o líder do governo.
Explicações 'insuficientes'Para o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), as explicações de Pimentel sobre as denúncias foram "insuficientes".
"O que nós desejamos é que o ministro compareça ao Senado Federal para apresentar as suas justificativas. E explicações insuficientes acabam comprometendo ainda mais e autorizando as especulações sobre a prática de corrupção", disse.
Governistas derrubam requerimento para ouvir ministro Pimentel sobre denúncias
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
13/12/2011 | 17h24 | Senado
Em reunião nesta terça-feira (13), a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) rejeitou requerimento que convidava o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a prestar esclarecimentos ao colegiado. Foram oito votos contrários ao convite e cinco favoráveis. O requerimento foi apresentado pelo líder do PSDB, Alvaro Dias (PR). A atuação de Pimentel como consultor em 2009 e 2010 vem sendo colocada sob suspeita por órgãos da imprensa. Os contratos de consultoria estão sendo classificados como irregulares pela oposição.
Com o Plenário cheio, a maioria governista conseguiu barrar o convite a Pimentel, mesmo com a argumentação dos oposicionistas e com o apoio ao convite por parte dos senadores Ivo Cassol (PP-RO) e Pedro Taques (PDT-MT), da base do governo. Além dos dois, votaram a favor do convite ao ministro os senadores Alvaro Dias, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Cícero Lucena (PSDB-PB). Votaram contra o convite os senadores Anibal Diniz (PT-AC), Jorge Viana (PT-AC), Ana Rita (PT-ES), Romero Jucá (PMDB-RR), Gim Argello (PTB-DF), Valdir Raupp (PMDB-RO), Lauro Antônio (PR-SE) e Vicentinho Alves (PR-TO).
O requerimento de Alvaro Dias foi o primeiro item da pauta de votações da reunião conduzida pelo presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Durante a discussão, Anibal Diniz afirmou que as denúncias contra Pimentel devem ser apuradas por órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal. Para ele, o Senado corre o risco de "virar delegacia de polícia" se decidir investigar todas as pessoas acusadas de irregularidades pela imprensa.
O líder do PT, Humberto Costa (PE), também defendeu o ministro do Desenvolvimento, argumentando que o convite era desnecessário, pois Pimentel já teria prestado esclarecimentos "de forma convincente". Humberto também disse que Pimentel não exercia cargo público quando prestou as consultorias colocadas sob suspeita e acrescentou que as empresas que o contrataram já confirmaram que os serviços de consultoria foram realizados de maneira correta.
"Pimentel não exercia cargo público à época das consultorias. Essas empresas não são fornecedores nem prestam serviço ao governo federal. Esse requerimento não passa de mais uma tentativa de embate político da oposição, que não tem proposta para o país", afirmou Humberto Costa.
Combate à corrupção
Alvaro Dias rebateu os argumentos de Humberto Costa dizendo que uma das propostas da oposição é justamente o combate à corrupção. O líder do PSDB também acusou o governo de quebrar acordo firmado anteriormente para que convites a ministros não fossem rejeitados. Alvaro Dias afirmou ainda que não há clareza sobre os tipos de serviços prestados por Pimentel e que, em vários casos, faltam contratos ou recibos.
"Combater a corrupção é dever elementar da oposição. Há suspeitas de tráfico de influência e conflito de interesses nesses contratos milionários sem nenhuma transparência. Esse país não suporta mais tantos escândalos de corrupção. Se o ministro não vier ao Senado fica a impressão de que ele não tem como explicar as suspeitas contra ele", disse Alvaro Dias.
Os senadores Jorge Viana e José Pimentel (PT-CE) afirmaram que o ministro Fernando Pimentel já prestou à imprensa e ao governo federal todas as informações necessárias para demonstrar sua idoneidade e a dos contratos de consultoria. Já Aloysio Nunes disse que os senadores desejam apenas que o ministro Pimentel esclareça ao Senado e à população se os contratos suspeitos "têm ou não alguma irregularidade".
Mesmo compondo a base partidária do governo no Senado, Ivo Cassol e Pedro Taques votaram a favor da convocação do ministro do Desenvolvimento. Para ambos, é dever de qualquer ministro explicar e esclarecer suspeitas e denúncias. Para Cassol, "ministro que tem medo de vir em comissão não pode ser ministro".
Já Taques afirmou que toda e qualquer denúncia pode ser alvo da atenção dos senadores, "seja em que partido for". "Estamos aqui para analisar fatos. Temos a obrigação constitucional de fiscalizar. Não interessa o partido político. Quem não deve não teme. A sociedade precisa saber, senão a sociedade fica a se indagar se os partidos políticos, todos eles, não passam de quadrilhas", disse.
Romero Jucá também afirmou que Pimentel não tem mais nada a esclarecer, por já ter fornecido todas as informações necessárias à Comissão de Ética da Presidência da República e à Receita Federal.
Da Agência Senado.
Ministério do Desenvolvimento
Governo derruba convite para depoimento de Pimentel
Senadores da base aliada atenderam ao pedido da presidente Dilma Rousseff
Luciana Marques
Blindagem: Planalto mandou recado aos governistas para barrar qualquer tentativa de ouvir Pimentel
(Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)
Depois de uma manobra governista, a Comissão de Meio Ambiente do Senado
rejeitou, nesta terça-feira, convite para que o ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel,
prestasse esclarecimentos sobre sua empresa de consultoria. Foram oito
votos contra o depoimento e cinco a favor. O requerimento foi assinado
pelo líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR).O Planalto mandou um recado nesta segunda-feira aos governistas para que barrassem qualquer tentativa da oposição de aprovar pedido de depoimento de Pimentel no Congresso Nacional. Para a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro já deu explicações “satisfatórias” sobre o caso.
"Temos, em primeiro lugar, o apoio da presidente", disse Ideli. "A impressão que temos é que as explicações têm sido satisfatórias, não havendo necessidade de levar o assunto ao Congresso". Pairam sobre Pimentel suspeitas de tráfico de influência após a revelação de que o ministro faturou pelo menos 2 milhões de reais com sua empresa de consultoria, a P-21, entre 2009 e 2010.
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