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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nelson Jobim reafirma que escolha dos caças da FAB sai neste ano


Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (25) que a decisão sobre o tipo de caças que serão comprados pela Força Aérea Brasileira (FAB) deve sair ainda neste ano, apesar do processo de escolha ter sido paralisado temporariamente por causa dos desastres naturais que ocorreram em algumas regiões do país.

Jobim disse que o processo de escolha não recomeçará do zero e negou que caças russos Sukhoi entrarão na disputa de novo. Segundo o ministro, o governo brasileiro deverá escolher apenas entre os três caças classificados para a etapa final do processo: o francês Rafale, o sueco Gripen e o americano F-18.

“Os russos foram desclassificados lá atrás, no início do processo. Há toda uma balbúrdia, que está sendo criada, fruto do lobby das empresas que não são concorrentes, mas que estão tentando entrar no processo”, disse Jobim.

Ele explicou que a escolha foi apenas temporariamente adiada por causa das fortes chuvas que atingiram as regiões Sudeste e Sul do país. “Agora não é a hora de decidir. Estamos numa situação de emergências, chuvas e desastres. Agora não é hora de tomar esse tipo de decisão.”

Edição: Nádia Franco

O brasileiro quer gastar comprando esses caças? Esse dinheiro não seria melhor empregado em outras finalidades, como radares meteorológicos ?

Lugo e o helicóptero da FAB

lugo-helicopteroEstão vendo esse helicóptero branco? É um Super Puma, da FAB, usado para transportar as nossas autoridades, inclusive a presidente da República. Ela me foi enviada por um leitor lá do Condomínio Laranjeiras, em Paraty, o mais exclusivo do eixo Santos-Rio.

No domingo, transportou o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, levado até a casa do médico oncologista Frederico Perego Costa, do hospital Sírio-Libanês. Costa tratou do linfoma de Lugo. Estava previsto que o presidente paraguaio deixaria Paraty na manhã desta terça, às 6h30. No mesmo helicóptero.

Pode até ser que Lugo tenha ido à casa do médico para tratar de sua doença, não se sabe. Mas o lugar certo para cuidar desses assuntos, desde sempre, é o hospital, ainda mais quando se mobiliza uma aeronave oficial. O Brasil é a grande mãe generosa da Unasul… Em tempo: até onde apurei, o médico não estava lá; era outra pessoa, Leonardo, a recepcionar o presidente. Melhor para Lugo se foi apenas passear com o helicóptero da FAB!

Por Reinaldo Azevedo

Mapeamento é desafio para alertar sobre catástrofes, diz pesquisador

Geólogos terão que visitar áreas de risco, afirma Carlos Nobre.
Entenda o projeto que irá avisar sobre desastres ambientais.

Iberê Thenório Do G1, em São Paulo

Confeccionar um mapa detalhado de mais de 800 áreas de risco em todo o país é um dos maiores desafios para a implantação do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais, planejado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para diminuir o número de mortes causadas por enchentes e deslizamentos. O projeto foi anunciado pelo governo federal na última segunda-feira (17).

Veja a cobertura completa das chuvas no RJ

De acordo com o pesquisador Carlos Nobre, que irá coordenar a implantação do sistema, imagens obtidas por satélites e por aviões podem ajudar a criar mapas, mas é necessário que especialistas visitem as regiões de risco. “Não se pode fazer um levantamento genérico. As principais áreas exigem um levantamento ‘in situ’, os geólogos têm que ir ao local”. Segundo o cientista, hoje não há um órgão federal que possa fazer todo o mapeamento, e será necessário haver convênios com universidades e centros de pesquisa.

No projeto do sistema nacional, ao qual o G1 teve acesso, os mapas são necessários para alimentar um software que irá cruzar informações do tempo (risco de chuva, enchentes, ventos etc.) com as regiões onde moram pessoas e há riscos de desastres – são cerca de 500 que correm perigo de deslizamento e 300 expostas a enchentes.

Quando o sistema estiver a pleno funcionamento – o que vai levar cerca de quatro anos, segundo o projeto – será possível avisar comunidades ameaçadas com no máximo duas horas de antecedência, explica Nobre.

“O tempo de previsão varia conforme o tipo de desastre. Para uma bacia hidrográfica pequena de uma região rural, como no Rio, são algumas horas. Para deslizamentos, é possível ter uma boa estimativa de risco entre doze e seis horas [de antecedência] e, no pior dos casos, duas horas”, diz.

A partir do momento em que o desastre for previsto, um aviso será passado para as defesas civis e autoridades como a polícia, bombeiros, defesa civil, prefeituras e Forças Armadas. O projeto prevê capacitação e integração com esses órgãos, mas não dá detalhes sobre como isso será feito.

Novos equipamentos
Para conseguir elaborar alertas detalhados, o MCT planeja comprar 15 radares meteorológicos, que operam em terra. Hoje o país tem 20 desses equipamentos em operação. “O radar vê as nuvens, estabelece a espessura delas e consegue ver a chuva que está caindo: quanto, onde, para onde está se deslocando”, conta o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral substituto do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apesar de o Brasil já ter mais da metade dos radares de que necessita, Seluchi diz que nem sempre se pode contar com eles, pois há dificuldade de fazer a manutenção dos equipamentos e faltam peças de reposição. “O ideal seria ter um conjunto de radares para que, se um pare de funcionar, outro cubra a região”.

A maior parte desses equipamentos seria ainstalada na região Centro-Oeste e Nordeste, onde a cobertura é quase inexistente. A operação ficaria por conta do Departamento de Controle do Espaço Aereo (Decea), que hoje cuida da maior parte dos radares, e de institutos de meteorologia, como o Inpe e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O projeto do sistema de alertas inclui ainda instalação de cerca de 700 pluviômetros – medidores de quantidade de chuva – e pequenas estações meteorológicas em locais de risco. Os dados obtidos seriam enviados por telefone celular, e as comunidades seriam responsáveis por cuidar dos equipamentos.

Para analisar os dados enviados por satélites, sensores e radares, o MCT aposta na capacidade do supercomputador Tupã, recentemente adquirido pelo Inpe. A máquina é considerada o 29º computador mais rápido do mundo, e consegue fazer uma previsão do tempo mais específica, com prognósticos diferentes para áreas pequenas. De acordo com Seluchi, a máquina estará em pleno funcionamento a partir do segundo semestre deste ano.

Próximo verão
Segundo Nobre, os primeiros alertas de enchentes ou deslizamentos poderão ser dados no final deste ano, pois a região da Grande São Paulo já tem dados geológicos, radares e pluviômetros para fornecer dados ao software que irá gerenciar o sistema. "Estamos fazendo testes na Grande São Paulo com radares da Aeronáutica em São Roque", conta o pesquisador.

A partir do alerta emitido, contudo, o trabalho passa para as defesas civis, que precisarão trabalhar em conjunto com o MCT. “Não é responsabilidade do sistema fazer a ponta final. O sistema vai municiar a defesa civil com informações”, diz Nobre.

Os custos do sistema não estão descritos no projeto, e o pesquisador não quis falar em números ao G1, pois o gasto seria dividido entre várias instituições e isso ainda estaria em discussão no governo federal.

Treinamento
Para o diretor estadual da Defesa Civil de Santa Catarina, o major Márcio Luiz Alves, a população e os órgãos públicos têm que ser treinados para receber alertas. “Não basta dizer que vai chover forte, chover muito, se quem vai receber essa informação não tem o hábito de reagir a essas previsões”.

Segundo o major, é necessário construir uma relação de confiança entre os moradores e o órgão que vai dar o alerta do desastre, para que as pessoas sejam convencidas a tomar medidas de segurança. Para Alves, esse é um trabalho difícil, pois é não é raro acontecer de o alerta ser dado e o desastre não ocorrer. “Temos que explicar às pessoas que a previsão é uma probabilidade”, diz.

Para o diretor da Defesa Civil, os meios de comunicação também precisam ser treinados para comunicar desastres. Em Santa Catarina, a cartilha distribuída pelo órgão nas escolas indica o rádio como principal meio para obter informações antes e durante as catástrofes. Ao contrário da internet e do telefone, ele não precisa de energia elétrica e continua funcionando quando cabos de comunicação são derrubados nas tempestades.

08/09/2009 - 04h10

Acordo entre Brasil e França equivale ao gasto dos EUA em 10 dias

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da Folha Online

Hoje na Folha Com o acordo assinado ontem com a França, o Brasil começa a enterrar o discurso de que ser pacifista significa ter Forças Armadas mínimas, informa reportagem de Igor Gielow, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). Mas nem por isso se transformará numa potência militar a ameaçar os seus vizinhos.

Os valores envolvidos só encontram similares no mundo emergente nos gastos da Índia --que irá comprar US$ 11 bilhões em aviões de combate em breve. Mas os mais de R$ 30 bilhões a serem gastos em 20 anos na compra de submarinos, helicópteros e caças representam cerca de dez dias do gasto militar americano em 2008.

Não deverá haver impacto significativo no gasto militar proporcional ao PIB, hoje na casa dos 1,5%. É compatível com a média de 1,3% da América Latina, mas no caso brasileiro mais de 80% são gastos com salários e pensões. Ainda assim, para fins de comparação, o gasto previsto para o PAC neste ano está em R$ 22 bilhões.

Leia a reportagem completa na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas.


Arte/Folha

Arte/Folha

Comentários dos leitores
Andres Martinez (1) 02/02/2010 10h50

Sinto dizer isso mas os caças não estão sendo comprados para serem usados no porta aviões. Os A-4 Skyhawk já estão equipando esse navio. Acontece isso sim que a espinha dorsal do Brasil era composta de caças mirage 2 e F-5 Tiger. Primeiro eles substituiram os caças mirage 2 pelos mirage 2000. Agora é a vez de trocar os F-5 por outro. Os caças da Saab são famosos pela sua robustez, longevidade e terem sido projetados para aterrisarem inclusive em estradas pequenas, caracteristica natural na geografia do pais. Também custam menos e tem menor custo de manutenção o que é essencial num pais como o Brasil aonde se cortam orçamentos militares a ponto de prejudicarem a manutenção de caças como ocorreu muitas vezes com os mirage 2 a ponto de terem q canabilizar alguns para manter o maximo deles operando por falta de verba para a compra de peças. O Saab é bem cotado em muitos paises do mundo e no Brasil ele seria uma escolha excelente pelos motivos acima citados. Do ponto de vista tecnológico não será apenas transferencia e sim desenvolvimento compartilhado o que é o mais importante para o Brasil pois quem aprende a desenvolver aprende a criar coisa nova e ganha-se independencia com isso. E a melhor politica é a independencia tecnologica no setor de armas.... Ou vamos escolher armas em função de cada acordo militar q for assinado ? Isso não existe. sem opinião
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Álvaro Sarmento (13) 17/01/2010 11h22

Caro Marivaldo
Um dos motivos pelos quais o Charles De Gaulle foi construído é a incapacidade de se operar os Rafales a bordo do Sâo Paulo. Eles operariam com tamanha restrição de peso que a sua validade bélica passou a ser duvidosa. Para operá-lo com pleno potencial haveria a necessidade de se reabastecer os Rafales em vôo após a decolagem tornando sua operação mais onerosa do que já é principalmente para um caça embarcado uma vez que haveria a necessidade de outro vetor para reabastecê-lo. A única aeronave de caça embarcada cujo peso máximo de decolagem seria capaz de operar a bordo do São Paulo seria o MiG-29K mas isto exigiria uma extensa reforma no convés da embarcação eliminando inclusive a catapulta uma vez que o convés teria uma rampa como no caso do porta-aviões Almirante Kuznetoz. As primeiras versões do F-18 também poderiam operar a partir do São Paulo mas com alguma perda em relação a carga bélica ou combustível.
sem opinião
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Marivaldo Costa (1) 17/01/2010 03h03

Infelizmente neste caso, o caça Françês é o que mais atente as necessidades das defesas de nosso país. Isso, comparando com os equipamentos que dispunhamos neste momento, ex: O Navio Aerodromo São Paulo, dispõe de uma cataputa que o caça americano, não consegiria ser lançado por ele além disso, a sua velocidade é de mach 2.0 e o americano é de 1.8. e outras vantagens a mais o caça françês tem. Os senhores podem ter a certeza que este é o melhor e o mais viável que podemos ter no momento. 1 opinião
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País pagou US$ 10 milhões por "carona espacial"

DE SÃO PAULO

A viagem que levou Marcos Pontes ao espaço, em 29 de março de 2006, foi bem diferente do que havia sido combinado em 1997, quando o Brasil assinou um contrato para participar da construção da ISS (Estação Espacial Internacional).

Como membro "júnior" do consórcio, o país deveria entregar aos EUA alguns equipamentos para a estação, orçados inicialmente em U$ 120 milhões.

Em troca, o país teria direito a treinar e enviar um astronauta ao espaço em um ônibus espacial.

O contrato não foi cumprido: o Brasil não entregou equipamentos, após sucessivos atrasos. Do valor combinado, só foram investidos US$ 10 milhões.

Com a explosão do ônibus espacial Columbia, em 2003, as missões tripuladas americanas foram reduzidas, dificultando ainda mais uma eventual ida ao espaço do astronauta brasileiro.

Mesmo assim, a AEB (Agência Espacial Brasileira) não quis abortar a missão.

A solução encontrada foi conseguir uma "carona" com a nave espacial russa Soyuz. Por ela, o Brasil desembolsou US$ 10 milhões.

Ou seja, a viagem -batizada de Missão Centenário, em homenagem aos cem anos do voo do 14 Bis- custou US$ 1 milhão por dia.

O alto custo da missão foi motivo de polêmica e dividiu os próprios cientistas.

Nos oito dias em que ficou na ISS, Pontes realizou oito experimentos científicos diversos, que não renderam grandes avanços à ciência brasileira. Entre eles, plantar um pezinho de feijão e analisar radiação em bactérias.

Depois do retorno de Pontes à Terra, a AEB pouco avançou nas negociações para uma segunda missão espacial brasileira.

Atualmente, a participação do Brasil na construção da Estação Espacial Internacional está congelada. E sem previsão de retorno.(GM)

LAST

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