inacreditável!!!!!!!!!!!!
Aceitar o envolvimento das Nações Unidas se transformou, na visão de vários governos, em certificado de incapacidade desses políticos de lidar com problemas domésticos.
Áreas atingidas pelas chuvas, no município de Nova Friburgo, região serrana fluminense
São Paulo - O serviço humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) ofereceu ajuda ao Brasil e se colocou à disposição para auxiliar no resgate e atendimento à população após um dos piores desastres naturais da história do País. Mas, apesar de contatos diplomáticos, o governo brasileiro optou por não aceitar a participação da ONU nos trabalhos. Nos últimos anos, aceitar o envolvimento das Nações Unidas se transformou, na visão de vários governos, em certificado de incapacidade desses políticos de lidar com problemas domésticos.
Telegrama interno da ONU, obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo entre a sede da entidade em Nova York e Genebra revelou que o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (conhecido pela sigla Ocha) passou os últimos dias em operações para se colocar apto para atuar na região serrana do Rio. O telegrama da sede da ONU ainda apontou como o representante da entidade no Rio de Janeiro havia sido contatado e indicava a mobilização da ONU para uma eventual intervenção.
Contatos diplomáticos também foram realizados entre a ONU e o governo brasileiro. A organização, porém, somente pode intervir se o país vítima de uma calamidade faz o pedido.
“Estamos prontos para ajudar, se o pedido pelo Brasil for feito” afirmou a porta-voz da ONU, Elisabeth Byrs. Ela confirmou que o pedido de ajuda “não foi transmitido” pelo governo brasileiro, uma maneira diplomática para dizer que a oferta de participação da ONU não foi aceita pelo governo brasileiro.
Em telegramas internos da entidade lidos pelo Estado, a ONU admite que “dificilmente” o Brasil faria um pedido de ajuda internacional. De acordo com a avaliação feita pela própria ONU, crises semelhantes no passado, ainda que com um número inferior de mortos, foram tratadas pelo governo brasileiro “com seus próprios recursos”.
Em 2008, Mianmar rejeitou ajuda externa após o ciclone que arrasou o país, temendo que a cooperação ajudasse a acabar com um dos governos mais fechados do planeta.
Ajuda externa. A Embaixada dos Estados Unidos anunciou que o governo americano ofereceu US$ 100 mil em recursos para as vítimas das enchentes em São Paulo e no Rio. O embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, anunciou que a verba será repassada à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais e destina-se à aquisição de produtos de higiene, limpeza e roupas, já que os governos brasileiro e dos Estados já organizam o envio de alimentos e água. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasil recusa auxílio da ONU
O serviço humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) ofereceu ajuda ao Brasil e se colocou à disposição para auxiliar no resgate e atendimento à população após um dos piores desastres naturais da história do País. Mas, apesar de contatos diplomáticos, o governo brasileiro optou por não aceitar a participação da ONU nos trabalhos. Nos últimos anos, aceitar o envolvimento das Nações Unidas se transformou, na visão de vários governos, em certificado de incapacidade desses políticos de lidar com problemas domésticos.
Telegrama interno da ONU, obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, entre a sede da entidade em Nova York e Genebra revelou que o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (conhecido pela sigla Ocha) passou os últimos dias em operações para se colocar apto para atuar na região serrana do Rio. O telegrama da sede da ONU ainda apontou como o representante da entidade no Rio de Janeiro havia sido contatado e indicava a mobilização da ONU para uma eventual intervenção.
Contatos diplomáticos também foram realizados entre a ONU e o governo brasileiro. A organização, porém, somente pode intervir se o país vítima de uma calamidade faz o pedido.
"Estamos prontos para ajudar, se o pedido pelo Brasil for feito", afirmou a porta-voz da ONU, Elisabeth Byrs. Ela confirmou que o pedido de ajuda "não foi transmitido" pelo governo brasileiro, uma maneira diplomática para dizer que a oferta de participação da ONU não foi aceita pelo governo brasileiro.
Em telegramas internos da entidade lidos pelo Estado, a ONU admite que "dificilmente" o Brasil faria um pedido de ajuda internacional. De acordo com a avaliação feita pela própria ONU, crises semelhantes no passado, ainda que com um número inferior de mortos, foram tratadas pelo governo brasileiro "com seus próprios recursos".
Em 2008, Mianmar rejeitou ajuda externa após o ciclone que arrasou o país, temendo que a cooperação ajudasse a acabar com um dos governos mais fechados do planeta.
Ajuda externa. A Embaixada dos Estados Unidos anunciou que o governo americano ofereceu US$ 100 mil em recursos para as vítimas das enchentes em São Paulo e no Rio. O embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, anunciou que a verba será repassada à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais e destina-se à aquisição de produtos de higiene, limpeza e roupas, já que os governos brasileiro e dos Estados já organizam o envio de alimentos e água. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Enquanto isso olha o que acontece com o apoio do PT :
"Estado' flagra invasão do MST no Pontal
Em 16 veículos, sem-terra invadem fazenda Guarani, em Presidente Bernardes; no total, 34 propriedades foram ocupadas só em janeiro
O capataz Carlos Eduardo dos Santos, de 30 anos, estava no curral ordenhando uma vaca girolanda quando avistou o comboio de carros, motos e kombis avançando pasto adentro, às 7h50 deste domingo,, em Presidente Bernardes, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. Ao ver as bandeiras vermelhas içadas sobre os carros, interrompeu o serviço, pegou o balde de leite e gritou para a esposa: "Bem, ligue para o patrão e avise que o MST está aí de novo."
A fazenda Guarani, é uma das 31 propriedades rurais invadidas ou bloqueadas por acampamentos na região durante o final de semana pelo grupo do Movimento dos Sem-Terra (MST) liderado por José Rainha Júnior. Em todo o "janeiro quente", a jornada do movimento para cobrar a reforma agrária invadiu 34 áreas e três repartições públicas.
A reportagem flagrou a invasão da Guarani. O comboio com 16 veículos - carros, motos e peruas - e 50 pessoas partiu do acampamento Zé Maria, pegou a SP-563 e se deslocou até a porteira da propriedade. Os sem-terra arrebentaram o cadeado para abrir o portão. Dois quilômetros à frente, sob algumas árvores, o comboio parou e tudo o que havia dentro e sobre os carros - bambus, arames, lonas, colchões, panelas, garrafas PET e até barracas de montar - foi posto sobre o capim. Um grupo muniu-se de enxadões e cavadeiras e começou a montar os barracos. Outro improvisou um fogão para preparar a comida. O gado, assustado, correu para o outro lado do pasto.
O coordenador Cícero Bezerra de Lima começou a distribuir tarefas. Ele disse que a fazenda tem cerca de 500 hectares e já foi considerada devoluta pela Justiça. "Está em processo de desapropriação, mas a demora é grande. Dá para assentar umas 30 famílias aqui." O sem-terra Hélio de Souza, de 60 anos, e sua mulher Maurize, de 58, erguiam o seu barraco de lona preta sobre uma estrutura de bambus. Ele contou que o casal vive em acampamentos desde março de 2003. "A gente não conseguia mais pagar aluguel."
As irmãs Elisângela Júlio dos Santos, de 27 anos, e Juliana, de 21, foram incumbidas de vigiar a porteira. Uma inovação, já que a tarefa é usualmente confiada a homens de aparência truculenta. "É a vez das mulheres, não vê a Dilma presidente?", justificou Juliana, sem-terra que já fez curso de modelo.
Elisângela conta que os pais são assentados ali perto, no assentamento São Jorge, há 14 anos. Na mesma casa, além do casal, moram seis filhos adultos e oito crianças. "Quatro são meus filhos e agora estamos lutando para termos o nosso cantinho."
Duas viaturas da Polícia Militar chegaram uma hora depois da invasão. Os policiais anotaram as placas dos veículos e pediram os documentos dos invasores, mas ninguém entregou, alegando que não os portavam. Os nomes que forneceram foram anotados.
O capataz disse que, para o dono da fazenda, Nilson Rigas Vitalle, já tinha virado rotina registrar boletim de ocorrência e entrar na Justiça com pedido de reintegração de posse. "Estou aqui há 11 anos e perdi a conta de quantas invasões foram, sei que mais de dez." Mesmo assim, fazenda continua produtiva, segundo ele. "São 800 bois em engorda." Santos disse que, em algumas ocasiões, os sem-terra foram violentos e fizeram estrago, mas não quis dar detalhes. "À noite, quem fica aqui com eles sou eu e minha família."
Rainha disse ter mobilizado mais de 5.000 pessoas para a onda de invasões. Pela sua contabilidade, em oito das 31 áreas, os sem-terra acamparam do lado de fora, sem consumar a invasão. Foi o que ocorreu na vicinal de acesso à usina Alcídia, do grupo ETH, em Teodoro Sampaio.
Era ali que as amigas Rosineide do Espírito Santo, de 40 anos, e Cláudia Rodrigues Oliveira, de 35, iniciavam sua vida de sem-terra. As duas trabalham como faxineiras na cidade e diaristas no campo e querem um lote para melhorar de vida. "Depois que foi assentada, minha irmã passou a ter tanta fartura que até tem condições de hospedar um parente que chega", disse Rosineide, exibindo uma camisa com o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu votei na (Dilma) Rousseff", disse, sobre a nova presidente.
Para o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, os números divulgados pelo MST estão superfaturados. "Tem fazenda que eles disseram ter invadido, mas o dono me disse que ninguém entrou, nem está acampado." Para Rainha, há casos em que o proprietário demora a ficar sabendo da invasão. "Muitos estão na praia, de férias."
A Polícia Militar não tinha, até a tarde deste domingo, 16, dados sobre todas as ações. No Pontal e na Alta Paulista, os comandos regionais contabilizavam 12 invasões, mas o levantamento na região de Araçatuba deve ser divulgado hoje. As primeiras reintegrações de posse para a retirada dos invasores foram dadas ontem para donos de fazendas em Monte Castelo, Rinópolis, Iacri e Tupã, na Alta Paulista. Rainha disse que os sem-terra vão cumprir as ordens judiciais.
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