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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Canais brasileiros estão entre os mais assistidos na TV por assinatura

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Publicada em 10/08/2010 às 21h21m
Ronaldo D'Ercole e Lino Rodrigues

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SÃO PAULO - Embora o número de canais locais na TV por assinatura no Brasil represente um terço do total de canais estrangeiros exibidos aqui - são 36 nacionais contra 97 lá de fora -, entre os 20 de maior audiência nove são canais brasileiros. Fenômeno que não se vê em outros mercados latino-americanos. Na Argentina e no México, por exemplo, dos 20 mais vistos apenas cinco são locais. No Chile e no Peru, somente três. Os dados foram apresentados nesta terça-feira pelo presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, que fez a palestra de abertura da ABTA 2010, o maior evento de TV por assinatura da América Latina, que se realiza em São Paulo até a próxima quinta-feira.

- Esse sucesso mostra muito bem uma característica da TV por assinatura no mercado brasileiro: o gosto pelo Brasil. - destacou ele.
Roberto Irineu Marinho, presidente das Organizações Globo, participa da abertura da ABTA 2010, o maior evento de TV por assinatura da América Latina / Marcos Alves

Esse gosto pelo Brasil, continuou Marinho, pode ser medido também pelo volume de produção nacional: são cerca de 33 mil horas de conteúdo brasileiro, sendo 22 mil horas de produção própria da Globosat, e 11.200 horas contratadas de 100 produtoras independentes.

- A Globosat (produtora do grupo para TV paga) transformou-se, assim, sem nenhum incentivo fiscal, no maior polo privado brasileiro de promoção do produtor independente, sendo essa uma de suas principais vocações - destacou Marinho.

Criada em 1990, lembrou ele, a Globosat lançou os primeiros quatro canais nacionais da TV paga no país um ano depois: o Top Sport (hoje SporTV), o Telecine, o Multishow e o GNT. Hoje, são 28 canais fechados produzidos pela empresa, que são assistidos por 80% da base de assinantes dos serviços de TV paga no país, um público estimado em 20 milhões de espectadores.

Em discurso na abertura do congresso da ABTA, Marinho se disse ainda favorável a maior parte das modificações que estão sendo propostas para a nova regulamentação do setor de TV por assinatura. Destacou como essenciais o fim das "incongruências" das restrições a estrangeiros nas empresas de distribuição de TV paga, bem como a adoção de critérios para que a concorrência entre essas empresas (estrangeiras) e os outros atores (produtores e programadores) possa se dar de maneira equilibrada.
Roberto Irineu Marinho discursa durante a abertura da ABTA 2010 / Marcos Alves

- A proposta de nova legislação é sábia ao dividir bem os papéis dos atores em nosso mercado. De um lado, ao acabar com as restrições ao capital estrangeiro e abrir o mercado da distribuição às empresas de telefonia, todas com grandes recursos financeiros e desproporcional ao da mídia, a nossa legislação permitirá que a TV por assinatura se expanda mais rapidamente pelo Brasil, tornando-a mais acessível a um maior número de brasileiros - disse o empresário. - De outro lado, ao impedir que as empresas de distribuição se envolvam na produção e na programação, permitirá que as empresas brasileiras do setor compitam entre si numa saudável concorrência.

Marinho lembrou que a concorrência com os estrangeiros no campo da produção é "extremamente desigual, com os produtores e programadores brasileiros disputando com empresas de porte global". Ainda sobre o Projeto de Lei Complementar 116, que está no Senado, o empresário criticou a proposta incluída no texto já aprovado na Câmara do Deputados que cria cotas para as áreas de produção de conteúdo e programação.

- A nossa legislação traz, porém, um aspecto que não nos parece correto: as cotas, de um modo geral. A intenção pode ter sido a melhor possível, proteger a cultura nacional, mas não é com essa proteção que alcançaremos esse objetivo. De todo modo, entendemos que outros vejam as cotas como uma necessidade. Por princípio, discordamos delas por não privilegiar a qualidade, mas acreditamos que a busca pelo consenso é importante no momento em que vivemos - concluiu.

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