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domingo, 29 de agosto de 2010

Aos poucos, Duda sai da toca


Ilustração de Anamaria Mota, com base em foto de Dida Sampaio/AE, publicada em 18 de fevereiro de 2009



Posso perder vocês, mas não posso perder a compostura. Estas não são as palavras que eu queria escrever (é, naquele momento, eu estava escrevendo "Meu querido Presidente...).

Mas que momento foi esse, tão fugaz, depois de ter sido uma história de mais de vinte anos de tão solenes pactos e companheirismos, de crenças e sonhos comuns, partilhados aqui no chão sob a vigia da estrela mais bonita do sangue brasileiro? Foi tão fugaz que muitos de nós, náufragos resistentes, nos apegamos à maquininha do tempo atrasando o relógio para dar um tempo ao Lula-Aqui. Que ele se acostumasse com a papelada, com o protocolo, e com as acomodações, os rapapés, os flashes, as manchetes, as festas e os gritos da torcida. Tivesse tempo para receber tantos abraços e beijos dos companheiros e tirar tantas fotografias e até para jogar uma pelada, que ninguém esperava mesmo gol de campeonato. E mais tempo ainda para colocar ordem na casa - todos entendiam que o momento era de transição.

A generosidade do povo que elegeu Lula Aqui era como a fé em deus é brasileiro, quem duvidaria?

Eu duvidei, exatamente dentro daquele momento fugaz, eu duvidei. Mas não quis estragar a festa dos companheiros. E fui na posse do Lula Aqui, fiz questão de registrar aquele momento, a felicidade e a esperança que haviam vencido o medo. Eu vi e contei todas as estrelas no brilho dos olhos das pessoas, pessoas de todos os cantos do país, de todas as raças, credos, cores e idades. Mas de repente percebi que a estrela tinha fugido do meu próprio olhar (não, meus caros, eu não sou pitonisa).

O que vem acontecendo com o governo Lula ou governo do PT, como queiram, não me causa o prazer do tripudio do "viu como eu tinha eu razão?". Logo eu, grande otimista, utópica e fraterna - não mesmo! Mas dizer o quê a vocês, senão do nojo?

E causa-me, sim, profundo nojo esse governo, pois de decepção já exauri todos os temas e não vou gastar literatura. Mas consciência tenho sobrando e ela me diz para dizer a vocês que eu não votei em Luís Ignácio Lula da Silva para vê-lo jogar peladas como se Chico Buarque fosse, se empanturrar de carnes de churrascos sob a luz dos refletores, em máxima afronta aos famintos e zerados, promover sua cadelinha a emergente social, escolher um ministério medíocre, aumentar o ministério medíocre, fazer turnê com o tal ministério medíocre para visitar a Fome algures e selar acordos indecentes com os infames de sempre para perpetuar a infâmia de sempre contra o povo brasileiro de sempre.

Eu não votei em Luís Ignácio Lula da Silva e na história do Partido dos Trabalhadores para ver domesticada com vil cabresto a indignação que nos fez, seus eleitores, a pensar e agir por um Brasil diferente - o da honestidade, o da justiça e da compaixão.

Eu não votei na fome, mas na saciedade dos apetites mais humildes.

Não votei a favor dos economistas prestidigitadores.

Não votei a favor da absolvição dos políticos peçonhentos.

Não votei a favor de confabulações entre ricos e poderosos.

Não votei a favor dos especuladores do lucro.

Não votei a favor dos donos do monopólio.

Não votei a favor da iniqüidade para com os trabalhadores e funcionários públicos.

Não votei a favor da miserabilidade dos inativos.

Não votei a favor da ALCA.

Não votei a favor de Davos.

Não votei no FMI.

Não votei em Luís Ignácio Lula da Silva para sua glória de operário-padrão-presidente.

E tampouco votei na ascensão de José Dirceu à eminência parda.

Meu voto não se destinou a continuar a fartar a manada com as negociatas que emporcalham a história deste país.

De posse do meu voto e de milhões de outros, o governo eleito trocou-os pela pior mercadoria em circulação: a politiquice. A mesma desprezível e conhecida politiquice de sempre, muito mal disfarçada em ideais de salvadores da pátria - estes, que ora no poder se apresentam desprovidos da verdade e da lealdade para com os companheiros, expurgando aqueles que não querem fazer parte das hostes servilistas, aqueles que desafinam o coro dos contentes, aqueles que ainda tem a coragem de permanecer coerentes ou de abrigar dúvidas e questionamentos.

Autoritarismo combatido, autoritarismo corrigido: afinal, não é o PT?

Mas não somos nós os eleitores? Não fomos nós que elegemos o senhor Luís Ignácio Lula da Silva e seu estilista e seu conselheiro-mor e seu ministério medíocre e toda a cúpula (ou cópula, como diz NM) e seu teatro de fantoches? E depois de empossado o senhor presidente não ficamos nós despossuídos da grandeza daquela estrela que nos guiou durante tantos anos? Não somos nós que temos assistido, estupefatos, durante este tão pouco tempo, cenas de subserviência explícita do governo do PT aos interesses dos patrões nacionais e internacionais? Não somos nós que temos ouvido outros discursos e outras promessas que não aqueles que nos fizeram entregar a tutela e o destino da nação a quem julgávamos o legítimo e justo representante dos anseios e vontades do povo que a habita? Não somos nós, então, os lesados, os enganados, nós, os crédulos palhaços da classe média,e eles, os excluídos sociais, os sem-terra, os sem-teto, os sem-comida? Nós,os que vemos o presidente da República, operário a serviço do Brasil, de mãos postas perante um dos maiores crápulas da face da terra, aquele Mr. Bush?

Um grande engodo, não? E nós é que somos os dissidentes? Pois que o sejamos, porque isso é uma questão de caráter. Que me desmintam a tempo, para o bem de todos, inclusive o meu, pois o preço a pagar por essa mentira será muito alto.

Portanto, este é meu nojo, nojo da máquina que engoliu meu voto.

Eu votei no Duda Mendonça e não sabia.

Este artigo faz parte da parceira entre o Duplipensar.net e o site A Confraria.




Ele agora cobra 12 milhões

Réu por lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o marqueteiro
Duda Mendonça retorna à arena eleitoral assediado por todos
e mais valorizado do que nunca


Alexandre Oltramari

Cristina Gallo/Bg Press
BRUXO DAS URNAS
Duda Mendonça elegeu 2010 como o ano de sua volta ao marketing político:
depois do escândalo do mensalão, ele disse que se afastaria das campanhas



VEJA TAMBÉM

Desde que ajudou a eleger o presidente Lula, em 2002, uma maldição se abateu sobre o publicitário baiano José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, o Duda Mendonça. Supersticioso e excêntrico, mas celebrado como um mago das urnas até pelos adversários mais críticos, Duda foi preso dois anos depois da eleição acusado de participar de um campeonato de briga de galos – hobby ilegal que ele praticava no Rio de Janeiro, mas que era pinto diante do que estava por vir. Em 2005, em depoimento à CPI que investigou o escândalo do mensalão, Duda admitiu a participação em um crime muito mais grave. Ele confessou ter recebido 10,5 milhões de reais do PT em uma conta clandestina nas Bahamas, como parte do pagamento pelo trabalho na campanha do presidente Lula. Supostamente decepcionado com a sujeira na política e réu por lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Duda, na época, prometeu abandonar as campanhas eleitorais, mas logo mudou de ideia. Após ensaiar um retorno como consultor em 2006, o marqueteiro elegeu 2010 o ano de sua volta ao mundo das refregas eleitorais. Duda já se insinuou para dois presidenciáveis (Dilma Rousseff e Ciro Gomes), negocia com sete candidatos a governador e já está trabalhando para um deles. Entre os que pagarão pelos seus talentos deve figurar até mesmo o presidente da CPI que o investigou, o senador petista Delcídio Amaral.

O marqueteiro só não voltará na crista da onda porque foi vetado pelo presidente Lula para comandar a campanha de Dilma Rousseff, com quem chegou a se encontrar no fim do ano passado. Sua área de influência, porém, está longe de ser desprezível, e seu passe, apesar de todos os problemas, parece que só se valorizou depois do escândalo. O pacote de campanha estadual está sendo oferecido por 12 milhões de reais – o dobro do que cobram outras estrelas do ramo e muito mais do que custou oficialmente a campanha presidencial de 2002 (7 milhões de reais). Há duas semanas, Duda esteve no Maranhão gravando os comerciais regionais do PMDB. O trabalho já é parte do pacote negociado com a governadora Roseana Sarney, que disputará a eleição em outubro. Caro? "Não conheço os valores porque a contratação foi negociada pelo partido. O governo não tem nenhuma relação com essa negociação", garante o secretário de Comunicação de Roseana, Sergio Macedo. Ninguém disse que tinha, mas, numa de suas idas ao Maranhão para acertar detalhes da contratação, Duda foi recebido pelo próprio Sergio no palácio do governo. Explica o secretário, que, por alguns segundos, sofreu de um lapso de memória: "Reunião?... Ah!, É verdade. Mas ele veio aqui por outros motivos. Duda tem amigos no Maranhão, e nos encontramos só para bater papo".

O processo de fusão entre a política e a polícia tem atrapalhado um pouco o retorno de Duda Medonça ao Olimpo das campanhas eleitorais. Um dos primeiros clientes a fechar com o marqueteiro, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, foi preso em fevereiro passado. Com o mandato cassado, ele não poderá concorrer à reeleição. Outro empecilho é o valor de seus honorários. No Pará, a governadora Ana Júlia Carepa, que disputará a reeleição em outubro, tentou contratar Duda, mas desistiu quando viu a conta salgada. O senador Marconi Perillo, do PSDB, candidato ao governo de Goiás, tomou um susto quando Duda lhe apresentou o custo de seus préstimos. Os dois almoçaram recentemente em Brasília. "Ele tem ideias muito interessantes, mas ainda não há nada definido", explica o tucano. Duda também está negociando com os candidatos ao governo Zeca do PT, de Mato Grosso do Sul, João Alves, de Sergipe, Gim Argello, do Distrito Federal, Paulo Skaf, de São Paulo, e José Fogaça, do Rio Grande do Sul. Se for bem-sucedido, espera faturar 84 milhões de reais em sete eleições para governador.

A campanha mais curiosa que Duda está prestes a comandar é a do senador Delcídio Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul. Em 2005, quando Duda revelou ao país que recebeu dinheiro ilegal do PT, Delcídio Amaral estava sentado ao seu lado. O senador era o presidente da CPI dos Correios, cuja investigação levou ao indiciamento de Duda por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. "Há uma negociação para o Duda ser o marqueteiro de uma chapa que inclui governador e senador. Como eu sou o candidato ao Senado, ele inevitavelmente seria o marqueteiro da minha campanha também", explica Delcídio Amaral. Algum constrangimento em razão das proezas de Duda Mendonça reveladas pela CPI, senador? "Absolutamente. Apesar do que aconteceu, Duda é reconhecidamente um publicitário brilhante. Além disso, nas reuniões que já tive com ele, Duda sempre fez questão de deixar claro que as coisas serão feitas com a mais absoluta transparência."

Fotos Sergio Lima/Folha Imagem/Folhapress, Titular Ag. Fotográfica e Dida Sampaio/AE
FÃS DE TODAS AS CORES
O marqueteiro é admirado por Delcídio Amaral (à esq.), o comandante da investigação que
o incriminou, já acertou com a governadora Roseana Sarney e negocia com outros
seis candidatos a governador, entre eles o tucano Marconi Perillo (à dir.)


Marqueteiro, que coordena cinco campanhas estaduais de diferentes partidos, foge de entrevistas desde que virou réu do mensalão
29 de agosto de 2010 | 0h 00

Malu Delgado - O Estado de S.Paulo

Ele agora diz que está "mais para guru do que para operário" e que voltou "para ganhar". Se há algo que Duda Mendonça sabe fazer bem é vender o seu peixe.

Depois das mazelas jurídicas que desgastaram sua imagem - o mensalão de 2005 que o levou ao banco dos réus no Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro, e a rinha de galos em 2004 que gerou um processo na 9ª Vara Criminal de Salvador -, o publicitário e marqueteiro volta atuante a um mercado cercado de sombras pelas altas somas que movimenta e não esconde o medo da imprensa.

"A imprensa torce tudo. E sabe o que acontece? Muitas vezes não é a minha vida, é a vida do candidato", disse ele na última terça-feira, quando acompanhava Paulo Skaf (PSB) no debate Estadão/TV Gazeta com candidatos ao governo de São Paulo. Por várias semanas o Estado tentou uma entrevista com Duda. Ele não retornou e-mails e ligações telefônicas. A chance de uma conversa rápida ocorreu em intervalos do debate no estúdio.

Duda Mendonça coordena, nestas eleições, a campanha de cinco candidatos a governador - Roseana Sarney (MA), Hélio Costa (MG), Paulo Skaf (SP), Ricardo Coutinho (PB), Siqueira Campos (TO) - e de outros oito candidatos ao Senado. Ninguém diz abertamente quanto o trabalho de Duda custa.

A partir de informações de integrantes das campanhas, é possível aferir alguns valores. O custo das campanhas para governador varia de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões. Para o Senado, o gasto seria de R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. Pacotes casados ficam mais baratos. Entendidos em publicidade explicam uma regra básica: o custo de uma campanha embute criação, produção e risco. Ou seja: um terço do custo equivale ao que o marqueteiro sabe que não vai receber.

Amigos, inimigos, marqueteiros, políticos e admiradores têm várias teses diferentes para a volta de Duda. A mais factível é que o marqueteiro-gênio precisa refazer um portfólio de vitórias e se prepara para deixar um legado à sua empresa, ainda que aos poucos deixe o marketing político. O Duda Mendonça que retorna tem um tom professoral. "O povo é muito esperto. Saca tudo. Depois de tanta campanha, foi o povo que virou marqueteiro", diz, nos intervalos do debate.

Respeitado por políticos, ele dá palpite sobre tudo. Usa as pesquisas qualitativas como Bíblia. "Ih, o eleitor não vai gostar disso, parece demagogia", comenta, após uma frase de Celso Russomanno (PP) no debate. Segundos depois, pisca na tela do seu computador o comentário de um eleitor recrutado num grupo de "qualis": "Ele é demagogo."

"Sou bruxo", diz o marqueteiro com seu sotaque baiano. Quando questionado sobre o excesso de citações que Aloizio Mercadante (PT) faz sobre Lula, dispara: "É over."

"Esse mundinho aqui não interessa. O cara está falando para o eleitor lá fora", emenda.

Videoblog. Duda Mendonça quer aparecer, mas não está disposto a ser colocado na berlinda. Há algumas semanas ele criou um videoblog (www.videoblogdoduda.com.br) onde conta histórias sobre as campanhas que coordena e sobre o passado.

"Depois de tudo o que sofri eu fui chamado pelo Brasil inteiro para fazer campanha, de todos os partidos, e em muitos Estados dos dois partidos, um de um lado e um do outro", diz ele, referindo-se ao PT e ao PSDB.

O retorno de Duda vem cercado de polêmicas. Uma delas é a disputa em São Paulo. Ele faz a campanha de Marta Suplicy (PT) ao Senado e a de Paulo Skaf ao governo. A campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo é tocada por Augusto Fonseca, que já trabalhou com Duda.

"Duda aproximou Skaf de Marta, o que foi bom para a campanha", afirma o presidente do PSB paulista e coordenador político da campanha de Skaf, deputado Márcio França. Aliados de Mercadante não escondem o constrangimento. A campanha de Marta segue dando passos próprios, já que é impossível discutir estratégias com o marqueteiro que faz a campanha de um adversário de Mercadante. Ainda assim, Duda e Mercadante têm ótimo relacionamento. O petista foi um dos que defenderam, em 2002, a integração de Duda à campanha de Lula.

Aliás, Duda é figura respeitada entre os petistas com os quais já trabalhou, como Jaques Wagner e José Genoino. Já o atual marqueteiro de Dilma Rousseff, João Santana, é um aliado de Antonio Palocci.

O compromisso de Duda com Skaf é fazer com que ele chegue a dois dígitos na pesquisa. O publicitário, que prestou consultoria para a Fiesp, presidida por Skaf até maio, teria nesta campanha sua conta mais generosa (10% do total do custo da campanha), segundo comenta o mercado.

O rompimento de Duda com Lula se deu não apenas por conta do mensalão e de sua rixa com João Santana. Segundo dirigentes petistas, Duda passou a se considerar o responsável pela vitória do presidente em 2002 e a "se meter em política", tentando pilotar uma agência de publicitários que trabalhavam para o governo e definir suas contas.

Em Minas, o queridinho de Duda é o ex-ministro Patrus Ananias, que passou a ter protagonismo na campanha a partir de resultados de qualitativas que mostravam sua ótima imagem entre os eleitores.

No Maranhão, Duda surpreendeu ao trabalhar para Roseana, já que havia mantido conversas com Jackson Lago (PDT). Segundo aliados da governadora, o PMDB local o convenceu a mudar de lado.




MANIFESTAÇÃO CONTRA AS RINHAS - SP

Fotos: Erico Mabellini


Por conta do Galogate, o imbroglio em que o marqueteiro

Duda Mendonça se envolveu, tendo sido preso em flagrante num luxuoso clube de brigas de

galos no Rio de Janeiro, realiza-

mos uma manifestação pública no dia 5/11, em frente ao prédio da Justiça Federal, em São Paulo, praticamente tendo ao lado, na rua Peixoto Gomide, um dos prédios do Ministério Público.

Foi um evento pequeno porém muito barulhento e que chamou bastante atenção. A av. Paulista em frente ao Parque Trianon é um local de muito trânsito, tanto de carros quanto de pedestres. Além disso, o que berramos foi ouvido diretamente por quem nos interessava que ouvisse, o MP e a Justiça Federal, sem intermediários.

O ato começou pontualmente às 10h. Exibimos faixas de protesto contra o Galogate, enquanto três "galos" brigavam na calçada.

Duda Medonho circulava, dando carteiradas e palpites arrogantes ao microfone, repetindo o que afirmou no dia de sua prisão: "Eu sou o assessor do Presidente!" Lembramos ao publicitário que crime não pode ser hobby de ninguém. Do carro de som saíam constantemente mensagens de protesto contra brigas de animais - cães, galos e canários - e, é claro, contra a tentativa de se punir os "mocinhos" da Polícia Federal , no caso os Delegados Antonio Carlos Rayol, Lorenzo Pompílio da Hora e toda a equipe, deixando impune o "bandido" Duda Mendonça. Os protetores de animais presentes ao evento foram convidados a dar a sua mensagem sobre o tema.

Quanto à cobertura da imprensa, foi muito boa. No entanto, como já temíamos, apenas o jornal Diário de São Paulo (Globo) publicou foto e notícia da manifestação na página 2.



A equipe do Programa Late Show cobriu toda a manifestação, inclusive a entrega do documento no MP.



Ao lado Angela Caruso Presidente da ONG Quintal de São Francisco e Luisa Mel

O canal de TV SBT mostrou nossa manifestação em seu jornal de 0h. Tivemos muita divulgação pelas rádios: CBN, Bandeirantes, Capital, Eldorado. Entrevistas pela rádio Capital e Globo. Demos também uma entrevista à All TV, programa Web News. Os jornalistas Ancelmo Gois (O Globo) e Ricardo Boechat (Jornal do Brasil) também divulgaram nossa manifestação. Grandes reportagens já sabíamos que não iriam sair, pelo fato de Duda Mendonça ser publicitário, inclusive do Governo Federal, portanto um grande anunciante, com enorme poder de pressão sobre os meios de comunicação e amigo da Nomenklatura que lidera o país.

Às 11h30min encerramos o evento e uma pequena comissão foi ao prédio do Ministério Público entregar um documento de apoio à capacidade de investigação do MP, que muito nos tem ajudado em questões de proteção animal e de solicitação de continuidade nessa ação de proteção da fauna contra abusos e crueldade, como no caso das brigas de animais, atividade aliás prevista no Decreto Federal 24.645/34, que complementa a Lei 9.605/98 - a Lei dos Crimes Ambientais.

Rogério Gonçalves, um advogado dos animais, dando a sua mensagem

Uma coisa é certa: o filme do Sr. José Eduardo Mendonça, sócio benemérito do Clube Privê, está bem chamuscado.


http://www.forumnacional.com.br/manifestacao_rinhas.htm



MANIFESTAÇÃO CONTRA AS RINHAS - SP

Fotos: Erico Mabellini






Por conta do Galogate, o imbroglio em que o marqueteiro

Duda Mendonça se envolveu, tendo sido preso em flagrante num luxuoso clube de brigas de

galos no Rio de Janeiro, realiza-

mos uma manifestação pública no dia 5/11, em frente ao prédio da Justiça Federal, em São Paulo, praticamente tendo ao lado, na rua Peixoto Gomide, um dos prédios do Ministério Público.

Foi um evento pequeno porém muito barulhento e que chamou bastante atenção. A av. Paulista em frente ao Parque Trianon é um local de muito trânsito, tanto de carros quanto de pedestres. Além disso, o que berramos foi ouvido diretamente por quem nos interessava que ouvisse, o MP e a Justiça Federal, sem intermediários.



O ato começou pontualmente às 10h. Exibimos faixas de protesto contra o Galogate, enquanto três "galos" brigavam na calçada.







Duda Medonho circulava, dando carteiradas e palpites arrogantes ao microfone, repetindo o que afirmou no dia de sua prisão: "Eu sou o assessor do Presidente!" Lembramos ao publicitário que crime não pode ser hobby de ninguém. Do carro de som saíam constantemente mensagens de protesto contra brigas de animais - cães, galos e canários - e, é claro, contra a tentativa de se punir os "mocinhos" da Polícia Federal , no caso os Delegados Antonio Carlos Rayol, Lorenzo Pompílio da Hora e toda a equipe, deixando impune o "bandido" Duda Mendonça. Os protetores de animais presentes ao evento foram convidados a dar a sua mensagem sobre o tema.



Quanto à cobertura da imprensa, foi muito boa. No entanto, como já temíamos, apenas o jornal Diário de São Paulo (Globo) publicou foto e notícia da manifestação na página 2.






A equipe do Programa Late Show cobriu toda a manifestação, inclusive a entrega do documento no MP.


Ao lado Angela Caruso Presidente da ONG Quintal de São Francisco e Luisa Mel



O canal de TV SBT mostrou nossa manifestação em seu jornal de 0h. Tivemos muita divulgação pelas rádios: CBN, Bandeirantes, Capital, Eldorado. Entrevistas pela rádio Capital e Globo. Demos também uma entrevista à All TV, programa Web News. Os jornalistas Ancelmo Gois (O Globo) e Ricardo Boechat (Jornal do Brasil) também divulgaram nossa manifestação. Grandes reportagens já sabíamos que não iriam sair, pelo fato de Duda Mendonça ser publicitário, inclusive do Governo Federal, portanto um grande anunciante, com enorme poder de pressão sobre os meios de comunicação e amigo da Nomenklatura que lidera o país.

Às 11h30min encerramos o evento e uma pequena comissão foi ao prédio do Ministério Público entregar um documento de apoio à capacidade de investigação do MP, que muito nos tem ajudado em questões de proteção animal e de solicitação de continuidade nessa ação de proteção da fauna contra abusos e crueldade, como no caso das brigas de animais, atividade aliás prevista no Decreto Federal 24.645/34, que complementa a Lei 9.605/98 - a Lei dos Crimes Ambientais.


Rogério Gonçalves, um advogado dos animais, dando a sua mensagem



Uma coisa é certa: o filme do Sr. José Eduardo Mendonça, sócio benemérito do Clube Privê, está bem chamuscado.

Publicitário Duda Mendonça disse que dinheiro ilegal pagou a campanha de Lula à Presidência do Brasil

Origem: Wikinotícias, a fonte de notícias livre.
Duda Mendonça decidiu comparecer espontaneamente para falar na CPI dos Correios do Brasil. Foto: Valter Campanato/ABr.

11 de agosto de 2005

BrasilDuda Mendonça, o publicitário responsável pela campanha do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o custo da campanha de 2002 para a Presidência foi pago com dinheiro ilegal, oriundo de fundos não declarados (caixa 2) e de paraísos fiscais. A campanha de Lula e outras campanhas políticas do Partido dos Trabalhadores (PT) foram pagas com dinheiro ilegal, disse Duda.

As declarações de Duda ocorreram em Brasília durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Estava presente à reunião, a sócia de Duda, Zilmar Fernandes da Silveira. Duda Mendonça compareceu à reunião espontaneamente, sem ter sido previamente convocado. Ele deu a entender que agiu assim porque viu que sua reputação pessoal e profissional começavam a ser atingidas.

O publicitário que há dias negava não ter recebido dinheiro do empresário Marcos Valério —suspeito de ser operador do suposto esquema de compra de votos de parlamentares brasileiros conhecido como mensalão— voltou atrás e admitiu a participação do empresário e do tesoureiro do PT Delúbio Soares no pagamento de seus serviços. Duda disse que seu trabalho para as campanhas políticas do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Presidente foram legais e que só aceitou o suposto pagamento ilegal porque não havia outra alternativa para receber o dinheiro referente à dívida do partido pelas campanhas.

Segundo Duda, sua empresa de propaganda recebeu pagamentos em dinheiro do empresário Marcos Valério e de contas de banco no exterior, de países como as Bahamas, considerado "paraíso fiscal" por causa das leis locais que facilitam a sonegação.

A sócia de Duda Mendonça, Zilmar Fernandes, disse que por volta de 2003 Marcos Valério procurou-a e sugeriu a abertura de uma conta bancária no exterior, porque disse que estava difícil fazer o pagamento da dívida do PT. Duda disse que foi ao Banco Boston e que foi aberta uma empresa nas Bahamas chamada Dusseldorf.

Duda contou que o empresário Marcos Valério foi autorizado pelo tesoureiro do PT Delúbio Soares a fazer o pagamento da dívida que tinha o PT com a sua agência de publicidade. O publicitário apresentou para a CPI dos Correios vários faxes que comprovariam a remessa de dinheiro do exterior.

O publicitário afirmou que foram depositados no exterior cerca de R$ 10 milhões. Os valores foram repassados aos poucos e chegavam através dos seguintes bancos: Florida Bank, Banco de Israel, Banco Rural Europa e Trade Link.

Duda Mendonça disse que sua empresa nunca tinha trabalhado antes com "caixa 2" e admitiu que embora pudesse ter cometido um erro fiscal, não cometeu um erro de caráter. “Eu não tinha opção. Era receber ou não receber pelo trabalho", disse Duda para justificar a sua atitude.

Duda também declarou que o PT ainda lhe deve R$ 14 milhões, pelos trabalhos de 2004, entre os quais estão as campanhas para prefeito dos candidatos do PT em Recife (João Paulo), São Paulo (Marta Suplicy), Goiânia (Pedro Wilson), Belo Horizonte (Fernando Pimentel), e Curitiba (Ângelo Vagnoni).

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Repercussão

A se comprovar os fatos relatados pelo publicitário, o Partido dos Trabalhadores (PT) corre o risco de ter o seu registro cassado pela Justiça. Pelas leis brasileiras um partido político não pode receber dinheiro não contabilizado e não declarado à Justiça Eleitoral. Um partido também não pode receber dinheiro de uma conta no exterior do país.

O Presidente da CPI dos Correios Delcídio Amaral (PT-MS) disse que hoje a comissão recebeu uma "saraivada de informações". O relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou que o depoimento foi "revolucionário".

Para o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) está claro que uma parte da campanha de Lula à Presidência foi paga com recursos financeiros obtidos ilegalmente. Ele afirmou: O que é gravíssimo é que o partido operou uma conta no exterior, algo vedado pela legislação. O PT corre sério risco de perder seu registro.

Muitos parlamentares no Congresso e no Senado Federal começaram a comentar sobre a possibilidade de impeachment do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse:

Bastou um depoimento verdadeiro para o país ser jogado no limiar de uma crise política sem precedentes. Temos que buscar a melhor saída para o país, todas as alternativas devem ser discutidas, lamentavelmente até a do impeachment. A crise se agudizou de tal forma que é possível que se conclua que esta possa ser a melhor alternativa, embora eu não a deseje.

Vários políticos do Partido dos Trabalhadores choraram hoje no Congresso Nacional, como Walter Pinheiro (PT-BA) e Orlando Desconsi (PT-RS). Para a deputada Iara Bernardi (PT-SP) o Presidente Lula tem a obrigação de fazer um pronunciamento à população: Construímos juntos o partido com ele e, se estamos exigindo explicações do líderes do PT, Lula não pode ficar de fora.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse: Quem vendeu o presidente Lula como a mudança e a solução ética para o Brasil compromete o presidente, porque assumiu hoje pelo menos três crimes: contra a ordem tributária, contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro.

O Presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-Ministro da Educação, Tarso Genro, já tinha reconhecido o financiamento ilegal de algumas atividades do partido. Numa entrevista para o Jornal da Catalunha, Genro disse: uma visão pragmática da governabilidade nos levou a estabelecer alianças, com forças de centro-direita, que não eram transparentes. Assim se criou, com o ex-tesoureiro Delubio Soares à frente, uma estrutura informal paralela de poder que não obedecia a lógica do partido e que desta maneira financiava suas atividades. Seu alcance ainda não foi todo esclarecido. Ainda estamos verificando a profundidade do fato.

Tarso Genro explicou que o financiamento se realizava com empréstimos outorgados às empresas de Marcos Valério, e afirmou que seu partido pode levar anos para recuperar a credibilidade.

O Presidente do Senado Federal brasileiro, Senador Renan Calheiros demonstrou preocupação com as revelações do publicitário Duda Mendonça. Calheiros disse: O depoimento nos remete a um cenário pantanoso de ilegalidade, incompatível com a legislação brasileira. Sonegação fiscal, evasão, conta no exterior, são coisas que precisam ser investigadas o mais rapidamente possível. Nada pode ficar sem resposta. Ele preferiu não comentar sobre a possibilidade de impeachment para o Presidente da República.

Pronunciamento à nação

Espera-se que o Presidente Lula fale à nação em rede nacional na sexta-feira (12).

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pede para que o Presidente fale a verdade nesse pronunciamento. Ele advertiu:

A esta altura, o presidente Lula está atingido. Dezoito deputados do PT subiram à tribuna e exigiram uma tomada de posição enérgica, alegando que não admitem o que está acontecendo. O próprio líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), garantiu que nada sabia. A hora do presidente da República falar é essa. A partir da segunda-feira as investigações da CPI tomarão outro rumo.

Contra Lula há uma suspeita sobre um empréstimo não bem explicado de R$ 28 mil que o Partido dos Trabalhadores (PT) lhe fez. A oposição suspeita de que esse empréstimo utilizou dinheiro do "caixa 2" do partido. O PT diz que o partido tem inúmeras outras fontes de recursos e que pode explicar o empréstimo.

Após a notícia de que dinheiro ilegal fôra usado na campanha de Lula ter sido divulgada por várias agência de notícia e pela internet, Duda Mendonça procurou resguardar o Presidente e disse acreditar ser possível que o dinheiro usado nas campanhas das eleições de Lula e do senador Aloízio Mercadante (PT-SP) terem sidos recursos oficiais e contabilizados.

O empresário Marcos Valério, ao tomar conhecimento de que Duda Mendonça disse que recebera dinheiro oriundo de paraísos fiscais, compareceu à reunião da CPI do Mensalão para prestar esclarecimentos. Valério disse que nunca sugeriu a Duda para que ele abrisse contas no exterior.

Multimédia

(video)
Duda admite ter recebido dinheiro ilegal (info)
O publicitário Duda Mendonça depõe para a CPI dos Correios do Brasil e diz que não teve outra alternativa a não ser aceitar dinheiro ilegal para ser pago pelos seus serviços. (1,7 MB, 01:12). Fonte: TV Câmara.
Duda cita os paraísos fiscais (info)
O publicitário Duda Mendonça depõe para a CPI dos Correios do Brasil e cita vários faxes referentes a supostas contas em instituições financeiras no exterior (1,8 MB, 01:35). Fonte: TV Câmara.
Problemas para ver o vídeo? Ajuda media.


Fontes

Réu do Mensalão, Duda Mendonça coordena cinco campanhas

Agência Estado -

Publicação: 28/08/2010 14:14 Atualização: 28/08/2010 15:03

Ele agora diz que está "mais para guru do que para operário" e que voltou "para ganhar". Se há algo que Duda Mendonça sabe fazer bem é vender o seu peixe.

Depois das mazelas jurídicas que desgastaram sua imagem - o mensalão de 2005 que o levou ao banco dos réus no Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro, e a rinha de galos em 2004 que gerou um processo na 9ª Vara Criminal de Salvador -, o publicitário e marqueteiro volta atuante a um mercado cercado de sombras pelas altas somas que movimenta e não esconde o medo da imprensa.

"A imprensa torce tudo. E sabe o que acontece? Muitas vezes não é a minha vida, é a vida do candidato", disse ele à reportagem na última terça-feira, quando acompanhava Paulo Skaf (PSB) no debate Estadão/TV Gazeta com candidatos ao governo de São Paulo. Por várias semanas a reportagem tentou uma entrevista com Duda. Ele não retornou e-mails e ligações telefônicas. A chance de uma conversa rápida ocorreu em intervalos do debate no estúdio.

Duda Mendonça coordena, nestas eleições, a campanha de cinco candidatos a governador - Roseana Sarney (MA), Hélio Costa (MG), Paulo Skaf (SP), Ricardo Coutinho (PB), Siqueira Campos (TO) - e de outros oito candidatos ao Senado. Ninguém diz abertamente quanto o trabalho de Duda custa.

A partir de informações de integrantes das campanhas, é possível aferir alguns valores. O custo das campanhas para governador varia de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões. Para o Senado, o gasto seria de R$ 3 milhões e R$ 5 milhões. Pacotes casados ficam mais baratos. Entendidos em publicidade explicam uma regra básica: o custo de uma campanha embute criação, produção e risco. Ou seja: um terço do custo equivale ao que o marqueteiro sabe que não vai receber.

Amigos, inimigos, marqueteiros, políticos e admiradores têm várias teses diferentes para a volta de Duda. A mais factível é que o marqueteiro-gênio precisa refazer um portfólio de vitórias e se prepara para deixar um legado à sua empresa, ainda que aos poucos deixe o marketing político. O Duda Mendonça que retorna tem um tom professoral. "O povo é muito esperto. Saca tudo. Depois de tanta campanha, foi o povo que virou marqueteiro", diz, nos intervalos do debate.

Respeitado por políticos, ele dá palpite sobre tudo. Usa as pesquisas qualitativas como Bíblia. "Ih, o eleitor não vai gostar disso, parece demagogia", comenta, após uma frase de Celso Russomanno (PP) no debate. Segundos depois, pisca na tela do seu computador o comentário de um eleitor recrutado num grupo de %u2018qualis%u2019: "Ele é demagogo."

"Sou bruxo", diz o marqueteiro com seu sotaque baiano. Quando questionado sobre o excesso de citações que Aloizio Mercadante (PT) faz sobre Lula, dispara: "É over."

"Esse mundinho aqui não interessa. O cara está falando para o eleitor lá fora", emenda.

Videoblog

Duda Mendonça quer aparecer, mas não está disposto a ser colocado na berlinda. Há algumas semanas ele criou um videoblog (www.videoblogdoduda.com.br) onde conta histórias sobre as campanhas que coordena e sobre o passado.

"Depois de tudo o que sofri eu fui chamado pelo Brasil inteiro para fazer campanha, de todos os partidos, e em muitos Estados dos dois partidos, um de um lado e um do outro", diz ele, referindo-se ao PT e ao PSDB.

O retorno de Duda vem cercado de polêmicas. Uma delas é a disputa em São Paulo. Ele faz a campanha de Marta Suplicy (PT) ao Senado e a de Paulo Skaf ao governo. A campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo é tocada por Augusto Fonseca, que já trabalhou com Duda.

"Duda aproximou Skaf de Marta, o que foi bom para a campanha", afirma o presidente do PSB paulista e coordenador político da campanha de Skaf, deputado Márcio França. Aliados de Mercadante não escondem o constrangimento. A campanha de Marta segue dando passos próprios, já que é impossível discutir estratégias com o marqueteiro que faz a campanha de um adversário de Mercadante. Ainda assim, Duda e Mercadante têm ótimo relacionamento. O petista foi um dos que defenderam, em 2002, a integração de Duda à campanha de Lula.

Aliás, Duda é figura respeitada entre os petistas com os quais já trabalhou, como Jaques Wagner e José Genoino. Já o atual marqueteiro de Dilma Rousseff, João Santana, é um aliado de Antonio Palocci.

O compromisso de Duda com Skaf é fazer com que ele chegue a dois dígitos na pesquisa. O publicitário, que prestou consultoria para a Fiesp, presidida por Skaf até maio, teria nesta campanha sua conta mais generosa (10% do total do custo da campanha), segundo comenta o mercado.

O rompimento de Duda com Lula se deu não apenas por conta do mensalão e de sua rixa com João Santana. Segundo dirigentes petistas, Duda passou a se considerar o responsável pela vitória do presidente em 2002 e a "se meter em política", tentando pilotar uma agência de publicitários que trabalhavam para o governo e definir suas contas.

Em Minas, o queridinho de Duda é o ex-ministro Patrus Ananias, que passou a ter protagonismo na campanha a partir de resultados de qualitativas que mostravam sua ótima imagem entre os eleitores.

No Maranhão, Duda surpreendeu ao trabalhar para Roseana, já que havia mantido conversas com Jackson Lago (PDT). Segundo aliados da governadora, o PMDB local o convenceu a mudar de lado.
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