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quarta-feira, 16 de junho de 2010

'Não aguento mais fazer só as boazinhas', diz Gabriela Duarte


10 de junho de 2010

Por Dani Telles


Depois de 20 anos de carreira, Gabriela vê a chance de se livrar do estigma de personagens certinhos, melosos e chatos (Foto: Getty)

Aos 36 anos, Gabriela Duarte comemora seu primeiro papel cômico em novelas. Na pele da espevitada e possessiva Jéssica, de Passione, diz que fazer comédia é, acima de tudo, algo libertador. Depois de 20 anos de carreira, Gabriela vê a chance de se livrar do estigma de personagens certinhos, melosos e chatos, como a Maria Eduarda de Por Amor. Mais importante do que isso, a atriz finalmente decidiu se libertar de mamãe Regina.



"É claro que amo minha mãe, admiro muito sua trajetória profissional, mas chega. Tive que me dar um tempo, repensar o rumo que queria dar à minha carreira e tentar mudar", diz Gabriela, que já avisou: não quer mais homenagens e papéis parecidos com os de Regina.

Hoje, ela não aceitaria um convite como o de Luís Fernando Carvalho, que em 1995 convenceu-a a reviver a Ritinha de Irmãos Coragem, papel que fora de Regina em 1971. "O auge da simbiose foi em 1998, em Por Amor, quando trabalhamos juntas e em papéis de mãe e filha", arrepia-se.

Mais perto do público - É por isso que Jéssica tem feito tão bem à atriz. A oportunidade de fazer um trabalho diferente deu nova motivação à carreira e trouxe um contato mais estreito com o público, algo que ela atribui à comédia. "As pessoas ficam agradecidas quando alguém as faz rir. É uma cumplicidade bacana", comemora Gabriela, que tem na ponte-aérea Rio-São Paulo seu melhor termômetro de popularidade. "Desde a moça do cafezinho até a aeromoça, muita gente fala comigo, brinca e elogia a química, o fogo da Jéssica com o Berilo (Bruno Gagliasso)."

Esse é o lado bom da ponte-aérea. O difícil é que o aeroporto é a expressão da distância entre Gabriela e Manuela, sua filha de 3 anos com o fotógrafo Jairo Goldflus. A menina continuou em São Paulo, onde a família mora, enquanto a mãe vem gravar no Rio. Gabriela acha que está valendo a pena.

"Durante algum tempo achei mesmo que era pra me dedicar só a ela. E foi uma boa parada. Pude reavaliar um monte de coisas, ver o que queria e o que não queria mais na minha vida profissional. Agora Manu está maiorzinha, dá para eu ficar na ponte-aérea sem traumas."

Animada, Gabriela já pensa num segundo filho. Mas não neste momento. A prioridade é a nova fase do trabalho. Com Jéssica, a atriz quer mostrar que ator pode e deve fazer de tudo. "Quero ter a oportunidade de fazer coisas novas. E também não é porque sou filha da Regina (Duarte), porque tenho a voz parecida, o jeito parecido, que tenho que moldar minha carreira por isso. Não agüento mais fazer as boazinhas!", desabafa.



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