HUMOR : Conheci o mensalão pela TV, afirma Palocci

21 de outubro de 2009 • 20h20 • atualizado às 20h59

O deputado Antônio Palocci negou que sabia da existência do mensalão
26 de agosto de 2009
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Marina Mello

Direto de Brasília

O ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) afirmou nesta quarta-feira, após prestar depoimento à Justiça Federal, que só ficou sabendo da existência do mensalão pelos jornais e TVs. "Tive conhecimento dos fatos divulgados em jornais da época e televisão. Não tenho conhecimento algum além do que foi publicado", disse.

Palocci foi arrolado como testemunha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, no processo do mensalão, nome dado pelo próprio petebista ao suposto esquema que seria executado pelo governo em meados de 2006. Segundo Jefferson acusou na época, os governistas distribuíam dinheiro para parlamentares da base aliada em troca de apoio para a aprovação de projetos no Congresso.

Hoje, Palocci afirmou que, apesar de dificuldade que o governo teve para aprovar temas como a Reforma da Previdência, ele nunca teve conhecimento de que isso tivesse ocorrido mediante a troca de verbas por favores. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e Palocci é um dos 39 réus.

"Nenhum parlamentar exigiu recompensa financeira para apoiar o governo. As reuniões eram de cunho político para saber como realizar uma reforma tributária e da previdência. Nunca tratavam de coisa alheia a esse tipo de discussão", afirmou.

Palocci disse ainda que nunca conheceu o publicitário mineiro Marcos Valério, apontado por Jefferson como operador do esquema corrupto.

Já em relação ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Palocci afirmou que o petista não se envolvia em assuntos do Congresso desde que assumiu a pasta.

"Ele não tinha (influência). Desde que se tornou ministro em 2003, ele, até onde eu tenho conhecimento, não desempenhava funções partidárias", afirmou. Na época do escândalo do mensalão, Dirceu foi afastado da Casa Civil e depois teve seu mandato de deputado federal cassado pela Câmara.

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