sexta-feira, 9 de Outubro de 2009 | 14:01 |
O presidente do Instituto Robert Koch (RKI) advertiu hoje para o risco de aumento do número dos casos graves de pacientes com o vírus H1N1 da gripe A, depois de confirmados os dois primeiros óbitos na Alemanha.
Em declarações a jornalistas em Berlim, Joerg Becker disse que se até agora a maioria das infecções foram debeladas rapidamente, isso "não é motivo para se minimizarem os riscos do vírus H1N1, que tem o potencial de se transmutar e desenvolver".
Assim, o RKI, onde funciona o laboratório alemão de coordenação de combate à pandemia, "está a preparar o que é necessário", garantiu o biólogo molecular.
Até terça-feira, a Alemanha já tinha registado quase 22 mil casos de infecções com o vírus da gripe A (H1N1).
Becker aproveitou para rejeitar críticas de alguns especialistas que consideram tardio o início da vacinação contra a gripe A (H1N1) na Alemanha, em meados de Outubro.
"Só fomos confrontados com o novo vírus desde fins de Abril, princípios de Maio, não era possível produzir uma vacina mais depressa", alegou o presidente do RKI.O biólogo molecular contestou também opiniões de que a vacina contra a gripe A (H1N1) é desnecessária e serve apenas para dar lucros à indústria farmacêutica.
"A vacina é sempre a melhor forma de prevenção de uma doença infecciosa", observou Becker.
O director da Clínica da Universidade de Witten-Herdecke, Stefan Schmidt-Troschke, é um dos crítimos mais acérrimos da vacina e acusou os políticos de "tomarem decisões que representam uma ofensa corporal contra as pessoas".
Schmidt-Troschke, que é também presidente da Associação dos Médicos pela Decisão Individual de Vacinação, afirmou que "os estudos actuais não correspondem às medidas tomadas" para combater a pandemia.
O clínico alemão explicou que a vacina a aplicar na Europa contém catalizadores que podem "enfraquecer grandemente" o sistema imunológico de vários grupos de risco, nomeadamente jovens, grávidas e crianças, e provocar doenças do referido sistema."Os EUA foram mais cuidadosos, a vacina que vão utilizar não contém catalizadores e é muito mais benévola para o sistema imunológico", sublinhou.
Na opinião de Schmidt-Troschke, o Estado alemão "está a agir de forma negligente e a fazer publicidade gratuita à indústria farmacêutica com a gripe A" (H1N1).
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