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terça-feira, 10 de março de 2009

Ação antidrogas da ONU não coíbe abusos, diz Comissão Europeia

VIENA (Reuters) - A iniciativa da ONU contra o fornecimento e uso de drogas ilegais não apresenta progressos em nível global nos dez anos desde que foi lançada, disse um relatório da Comissão Europeia na terça-feira.

O texto do Poder Executivo da União Europeia foi lançado na véspera de uma reunião ministerial promovida pela Comissão da ONU para Drogas Narcóticas, em Viena, para avaliar os resultados obtidos desde que a Assembleia Geral estabeleceu metas para o combate às drogas.

Encobrindo dissidências internas, os membros da ONU devem assinar uma declaração se comprometendo novamente a lutar contra o tráfico de drogas por mais dez anos.

O relatório da Comissão Europeia diz que a repressão às drogas acabou apenas levando os traficantes para regiões relativamente menos policiadas. A proibição do consumo estimula usuários de drogas injetáveis a compartilharem seringas -- propagando doenças --, já que não há centros de apoio que forneçam material descartável.

O consumo de cocaína e heroína diminuiu no Ocidente, mas se tornou uma "uma séria epidemia" em partes do Leste Europeu e da Ásia Central, o que resultou em um aumento global no uso desde 1998, segundo o relatório.

"Não foram achadas evidências de que o problema global das drogas tenha se reduzido durante o período de 1998 a 2007", diz o texto.

"Falando em termos gerais, a situação melhorou um pouco em alguns dos países mais ricos, enquanto para os outros piorou, e para alguns piorou aguda e substancialmente, entre eles alguns grandes países em desenvolvimento ou países em transição."

"Em outras palavras, a situação mundial das drogas parece estar mais ou menos no mesmo estado que em 1998", disse a Comissão Europeia.

"Há poucas evidências de que controles possam reduzir a produção global total (...) para o tráfico. Os controles sobre a produção e o tráfico só redistribuíram as atividades. A repressão contra os mercados locais fracassou na maioria dos países."

O relatório diz que os preços das drogas ilegais caiu de 10 a 30 por cento.

"Os mercados para as drogas ilegais são em geral competitivos, não verticalmente integrados ou dominados por grandes vencedores ou cartéis. Os laços com o terrorismo e a insurreição armada são importantes, mas só em uns poucos países, como Afeganistão e Colômbia."

O relatório se baseou em pesquisas em 18 países -- África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Estados Unidos, Grã- Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, México, Portugal, Rússia, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.

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