O ministro Nelson Jobim (Defesa) afirmou nesta sexta-feira que acertou com o governo de São Paulo a desapropriação de imóveis próximos ao aeroporto de Congonhas (zona sul) para fazer obras de ampliação da pista. Ele afirmou ainda não saber quando as obras começarão, mas disse que a segurança será priorizada.
"As desapropriações de Congonhas dependem da necessidade da pista. O que nós acertamos com o governador é que a ampliação da pista visa a segurança. Mas como não está definido o nível de ampliação, isso ainda vai depender um pouco do tempo", afirmou Jobim, durante o 8º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, no Rio.
Jobim reconheceu ainda que deve haver resistência com as desapropriações, mas disse que elas acontecerão mesmo assim e que são "ônus do desenvolvimento".
"Toda a desapropriação cria problemas, isso é o ônus do desenvolvimento. Se precisamos otimizar a segurança, é evidente que há sempre um sacrifício de alguns setores".
No encontro, Jobim voltou a defender a privatização dos aeroportos do Brasil, criticada por setores das Forças Armadas. O ministro confirmou que o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio, será mesmo entregue à iniciativa privada e disse que a questão não é de competência das Forças. Afirmou ainda que, a partir do ano que vem, "vamos caminhar pela privatização" dos aeroportos do país.
"Isso é uma questão da Infraero. O que nós vamos fazer é a concessão do aeroporto ao setor privado.
Isso é do âmbito do Ministério da Justiça, não da Defesa. É basicamente uma questão judicial, que poderá ter conseqüências inclusive nos tribunais, mas é estritamente judicial. E a análise interna do governo é de competência do Ministério da Justiça.
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