AE - Agencia Estado
Na quinta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu sua anuência prévia à venda de 49,01% do capital da operadora para a HiTs Telecom, grupo da Arábia Saudita que também controla operadoras no continente africano e tem ações negociadas na Bolsa do Kuwait. A história da companhia esteve envolvida em polêmicas e mistérios até agora. Em 2006, ela foi a única interessada pelas licenças de celular no Estado de São Paulo que a Anatel já havia tentado vender três vezes sem sucesso. Mas o pagamento das garantias foi feito apenas via liminar judicial.
A documentação da companhia também fez com que o processo de assinatura do contrato levasse quase seis meses para ser feito na agência. Um erro na documentação chamava a Anatel de Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), agência reguladora do setor elétrico, o que contribuiu para a demora, segundo reportagens da época. Tanto Melo da Silva quanto o investidor que ele apresentou (o americano Edward Jordan) eram desconhecidos de boa parte da mídia que acompanha o setor de telecomunicações no Brasil.
A própria operadora chegou a anunciar que teria escolhido a Ericsson para montar sua rede, mas a dificuldade de obter recursos fez com que o negócio não fosse adiante. Na negociação com outro investidor - dessa vez a HiTs -, a antiga Unicel acertou também outro fornecedor para a rede, a chinesa Huawei, com quem a HiTs tem contrato global. Edward Jordan deixou o negócio.
Hoje, ainda resta uma disputa. Apesar de ter comprado licenças para todo o Estado de São Paulo, um dos lotes é alvo de um pedido de reconsideração por parte da TIM na Anatel. Por isso, por enquanto a operação está restrita à região metropolitana (código 011).
A HiTs Telecom tem uma opção de assumir o controle total da operadora em um período de três anos, segundo Melo da Silva. Além disso, o grupo árabe "procura outras oportunidades de investimento nos países sul-americanos", de acordo com o executivo, já que até então a HiTs não tinha nenhum negócio na região. O grupo declarou ter investido US$ 62 milhões para comprar 49,01% da Unicel.
Portabilidade
A marca Aeiou foi escolhida com o objetivo de associação ao público jovem, mercado prioritário para a companhia neste primeiro momento. A chegada da portabilidade numérica, desde o dia 1º de setembro, beneficia operadoras estreantes como a Aeiou, mas Melo da Silva afirma que era algo já previsto no modelo de negócios da empresa. Além disso, a portabilidade só chega ao código 011 em março, quando, além da Aeiou, também a Oi já estará em São Paulo, além de Vivo, TIM e Claro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo Sphere: Related Content
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