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sábado, 12 de julho de 2008

Polícia portuguesa fecha sem sucesso investigações do caso Madeleine, diz jornal

da Efe, de Lisboa

A PJ (Polícia Judiciária) portuguesa concluiu sem sucesso suas investigações sobre o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann em 3 de maio de 2007, e reconheceu que não sabe o que aconteceu e não há provas incriminatórias.

"Não é possível obter um resultado concreto e objetivo do que aconteceu naquela noite, assim como o paradeiro atual da menor desaparecida", afirma o relatório final entregue pela PJ à Procuradoria que tramita o caso, publicado hoje pelo jornal "Expresso".

O documento afirma que, neste momento, a PJ não deve realizar "nenhuma diligência suscetível de produzir algum resultado útil".

Após saber o conteúdo do relatório, o procurador-geral do Estado português, Fernando Pinto Monteiro, já havia pedido esta semana aos responsáveis do caso que decidam antes do fim de mês se seria necessário realizar novas diligências ou se "o processo está pronto para a conclusão final".

O documento elaborado pela PJ reconhece que não tem provas suficientes que apontem nenhum dos "argüidos", ou suspeitos formais neste caso, o cidadão britânico Robert Murat e os pais da menor, Kate e Gerry McCann.

Sobre os pais, médicos de profissão, o relatório explica que foram considerados suspeitos depois que cães britânicos especialmente treinados detectaram cheiro que seria de cadáver em objetos pessoais do casal e no apartamento onde desapareceu a menor.

Um dos cachorros detectou cheiro de cadáver "no quarto do casal, em uma esquina, junto ao armário e na sala de estar, atrás do sofá, junto à janela lateral do apartamento", afirma o relatório.

A PJ diz que, no caso de Kate, foi considerada suspeita formal pela "mera possibilidade de estar envolvida com um possível cadáver".

A polícia portuguesa reconhece também que, sobre Murat, "não encontraram nenhum elemento que relacionasse com o crime", apesar da "exaustiva e pontual investigação" realizada sobre ele e seu círculo próximo.

Explica que consideraram Murat "argüido" por diversas "informações", em referência a que levantou suspeitas entre os jornalistas britânicos aos quais serviu de intérprete devido a sua curiosidade sobre o desenvolvimento da investigação.

Murat, que mora a pouco mais de 100 metros de onde Madeleine desapareceu, foi declarado suspeito formal 12 dias depois de a menor sumir enquanto seus pais e um grupo de amigos jantavam em um restaurante próximo ao apartamento, onde a menina dormia com os irmãos gêmeos.

A PJ afirma que não "economizou esforços" em meios técnicos, humanos e financeiros "excepcionais" para resolver o caso, e que esta investigação não pode ser comparada com nenhuma outra realizada no país até o momento.

O rapto ou a morte acidental de Madeleine foram as duas hipóteses consideradas sobre o paradeiro da menina britânica, cujo caso se transformou em um fenômeno midiático em nível mundial e que tudo indica que será arquivado nas próximas semanas, antes da suspensão do sigilo de sumário em meados de agosto.

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