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sábado, 12 de julho de 2008

Pequim condena mais 12 tibetanos pelas revoltas de março


Pequim, 12 jul (EFE).- As autoridades chinesas condenaram 12 tibetanos, sem especificar as sentenças, devido a seu envolvimento nas revoltas de março no Tibete, as mais graves contra o poder chinês em duas décadas, informa hoje o jornal "South China Morning Post".

No total, já são 42 as pessoas condenadas por participar dos protestos, reprimidos pelo Exército chinês, o que custou a Pequim várias críticas na contagem regressiva para os Jogos Olímpicos que começam em 8 de agosto, e interrupções do revezamento da tocha por parte de ativistas pró-tibetanos.

O vice-presidente da região autônoma do Tibete, Palma Trily, informou ontem sobre estas sentenças durante um encontro com jornalistas em Lhasa, a capital tibetana, sem dar detalhes das penas.

Outros 116 suspeitos estão sendo investigados ou à espera de julgamento, No mês passado, Pequim libertou mais de mil detidos, em um gesto de boa vontade antes do segundo encontro com emissários do dalai lama, líder tibetano no exílio, desde março.

O vice-presidente não descartou a aplicação da pena de morte.

"A lei chinesa determinará se será aplicada a pena capital aos suspeitos que estão sendo investigados", disse Trily em declarações recolhidas pela agência "Xinhua".

Segundo Pequim, 18 civis e um policial morreram durante as revoltas instigadas por tibetanos violentos, enquanto o Governo do dalai lama no exílio sustenta que foram mais de 200 os mortos pela repressão chinesa.

A maioria dos sentenciados até agora receberam penas por tumultos, incêndios, interrupção da ordem pública e ataques às propriedades estatais.

O Governo tibetano exilado em Dharamsala, na Índia, expressou sua preocupação com que estes julgamentos estejam acontecendo de maneira arbitrária.

"As autoridades chinesas deveriam convidar uma terceira parte, como observadores internacionais, para estes julgamentos", disse Tenzin Takha, porta-voz das autoridades tibetanas em Dharamsala.

Esta postura é apoiada por organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, que afirmam que os julgamentos estão sendo realizados em segredo e sem suficientes provas de culpa.

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