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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Vacina previne diabetes em ratos

Cristine Gerk, Jornal do Brasil

RIO - Uma nova vacina experimental que mira células do sistema imune conseguiu impedir a aparição da diabetes do tipo 1 em ratos. Na revista Diabetes, Nick Giannoukakis, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, e seus colegas contam que uma única injeção da vacina atrasou significativamente a aparição da doença, e oito injeções consecutivas preveniram totalmente o mal.

Estudos similares em ratos com hiperglicemia mostraram que uma aplicação da vacina duas vezes por semana, por mais de 25 dias, mantém os níveis de açúcar no sangue num padrão normal, mesmo depois do fim do tratamento. Segundo os pesquisadores, investigações anteriores também já mostraram que a proteína contida na vacina é capaz de capacitar as células imunes humanas a suprimir o diabetes.

– Certamente, esta vacina não reverte a doença numa pessoa diabética há mais de cinco anos – pondera Giannoukakis.

A vacina será testada em voluntários humanos com diabetes do tipo 1 daqui a dois anos, segundo Giannoukakis. Uma vez que a segurança seja confirmada, a habilidade de a vacina reverter a diabetes recém-diagnosticada e de impedir a evolução da doença será testada.

Marcos Tambascia, presidente do departamento de diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, revela que há um estudo feito em Ribeirão Preto, na faculdade de medicina da USP, em que médicos testam em ratos uma forma de acabar com o sistema imunológico dos animais e criar um novo.

– A idéia é implantar um sistema que não destrua o pâncreas. Mas o tratamento pode ser muito agressivo – opina Tambascia.

No diabetes tipo 1, o sistema imunológico do paciente passa a destruir as células beta do pâncreas, produtoras de insulina, por reconhecê-las como estranhas.

– Os estudos com vacinas que previnem esta futura destruição das células beta são muito interessantes. Hoje, é possível identificar que crianças terão diabetes, logo as vacinas podem ser usadas para impedir o desenvolvimento do mal – conta o médico. – Mas os estudos ainda são muito incipientes, é preciso saber se as vacinas funcionam em humanos e se causam efeitos colaterais. Isso ainda deve demorar de cinco a seis anos.

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