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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Questões sobre "Os Maias" de Eça de Queirós

Questões sobre "Os Maias" de Eça de Queirós

In exames nacionais

1 - Da geração de 70 destacou-se o autor do romance “Os Maias”. Numa cuidada composição, clara, concisa, e correcta sobre todos os aspectos, exponha o que sabe sobre a sátira feita nessa obra através das seguintes personagens: João da Ega, Tomás de Alencar, Dâmaso e Eusébio.

2 - Considerando “Os Maias” como uma pintura da sociedade lisboeta, faça uma composição em que, centrando-se em dois quadros desse imenso painel, refira:
. a classe social focada,
. o modo como é definida pelo narrador,
. o processo pelo qual o narrador lhe confere realidade.

3 - “Independente! Só por isso os jornalistas me negam as colunas”.
A falta de dignidade de certa imprensa é também motivo de crítica em Eça de Queirós. Refira-se a passos de “Os Maias” que condenam, o mau jornalismo da época.

4 - “Ela cruzava-o numa bela tarde, bela como uma deusa transviada”.
Estabeleça um confronto entre a visão que Carlos tem de Maria Eduarda com a concepção da mulher que pôde apreciar em textos de poética trovadoresca.

5 - “... meu amado...” e “... meu marido...” definem a ligação que Maria Eduarda e Maria Monforte estabelecem com duas personagens em “Os Maias”. O amor por elas inspirado é um dos responsávis pelo clima trágico vivido no romance.
Numa cuidada composição, desenvolva os aspectos implícitos nestas afirmações.

6 - Numa cuidada disertação, comente as seguintes afirmações de Ernesto Guerra da Cal sobre “Os Maias”: Todas as personagens são derrotadas duma maneira ou doutra, todo o mundo mais ou menos falha” diz João da Ega - Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação.”

7 - Aprecie criticamente a afirmação abaixo transcrita, baseando-se na actuação de Carlos e Ega ao longo da obra:
“ - E que somos nós? - exclamou Ega - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão”.

8 - Atente no seguinte passo de “os Maias”:
“... Era uma manhã muito fresca, toda azul e branca, sem uma nuvem, com um lindo sol que não aquecia, e punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres de claridade dourada. Lisboa acordava lentamente: as saloias ainda andavam pelas portas com os seirões das hortaliças; varria-se devagar a testada das lojas; no ar macio morria à distância um toque fino de missa”.
Numa dissertação cuidada, explique como Eça de Queirós põe em prática neste passo e ao longo da obra as ideias expostas na 4ª Conferência do Casino, subordinada ao título “O Realimo como nova expressão de Arte”:
“O Realismo deve ser perfeitamente do seu tempo, tomar a sua matéria na vida contemporânea. Deste princípio, que é basilar, que é a primeira condição do Realismo, está longe nossa literatura.”

9 - No romance “Os Maias” encontramos personagens planas, personagens modeladas ou meros figurantes. Refira-se de forma especial a esta última categoria, indicando por meio de exemplos devidamente seleccionados a função que desempenham na obra.

10 - Também Carlos, que julgava encontrar um paraíso no seu amor por Maria Eduarda, acaba por cair num inferno sentimental que ocasiona a morte inesperada do avô. Mostre, numa curta mas cuidada composição, que existem n’Os Maias além de crítica mordaz aos costumes da época, uma tragédia familiar.

11 - No final d’Os Maias, Carlos da Maia e João da Ega percorrem o Chiado, onde encontram Dâmaso Salcede.
Trace o perfil deste figurante e ponha em relevo sua função na obra.

12 - Os Maias reflectem a sobreposição de valores materiais às forças criadoras no mundo artístico da Lisboa da Regeneração, já que nos é possível confrontar o ponto de vista do narrador e de algumas personagens sobre literatura (no jantar do Hotel Central, por exemplo), a conduta de alguns artistas (como Tomás de Alencar e Cruges) e a reacção do público (no Sarau da Trindade).
Analise os elementos acima referenciados e demonstre o seu valor para a caracterização da sociedade da época.

13 - Há, em OS MAIAS, vários espaços físicos descritos.
Numa cuidada dissertação, indique esses espaços a defina as suas funções no romance a partir da perspectiva do narrador e das personagens que com eles se relacionam.

14 - “Se soubermos ler Os Maias, Carlos fraquejou... apesar da educação recebida. Quais portanto os motivos da sua frustração? Dois basicamente: o temperamento, portuguesmente mole e apaixonado; o meio lisboeta, portuguesmente ocioso.”
J. Prado Coelho, Ao Contrário de Penélope

Numa redacção organizada, baseando-se na leitura de Os Maias, desenvolva opinião citada.

15 - “EÇA DE QUEIRÓS (...) Incorporou assim o trágico do amor impossível, com todas as suas românticas implicações, no realismo do romance de costumes. E não se pretenda que o dissolveu pela ironia ou pela censura crítica. O trágico subsiste n’ Os Maias como um dos valores estéticos maiores.”
Jacinto do Prado Coelho, “Ao Contrário de Penélope”
Baseando-se na citação transcrita e na leitura que fez do romance “Os Maias”, elabore uma composição cuidada, mostrando que o trágico subsiste na obra como “um dos valores estéticos maiores”.

16 - “As personagens de Os Maias, tanto como as situações, os sentimentos, os conceitos, são múltiplas peças dum grande jogo de contrastes, ora categóricos, violentos, ora ténues, de simples cambiantes.”
Jacinto do Prado Coelho, “Ao Contrário de Penélope”
Numa composição cuidada, desenvovlva afirmação de J. Prado Coelho, a partir do contraste entre a educação de Carlos e Eusebiozinho e seus reflexos na construção daquelas personagens, considerando o seu percurso na obra.

IN http://www.netprof.pt/

1. O problema da Educação em " Os Maias " adquire uma importância fundamental.

  • Explique devidamente as características fundamentais de cada modelo educacional, apresentado na obra e os seus reflexos no percurso vivencial das personagens que os representam.

2. Explique devidamente a existência de um subtítulo na obra.

3. Esclareça a articulação entre a Intriga principal e a Intriga secundária.

4. Comente o valor da amizade que se estabelece entre Carlos da Maia e Ega.

5. Alencar e Ega representam duas concepções filosóficas e literárias distintas e antagónicas.

  • Identifique-as e comente a polémica gerada entre as duas personagens.

6. Explique, à luz das actuações das personagens ao longo da obra, as afirmações de Carlos e Ega, no último capítulo da obra:

  • " - E que somos nós ?- exclama Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de Latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão..."

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