Mais informações sobre o ciclone do RS

Em função da repercussão à respeito do novo ciclone extratropical que deve atingir os gaúchos neste fim de semana, a equipe do www.tempoagora.com.br traz novas explicações sobre o fenômeno. É importante apontar que este ciclone com previsão de se formar entre a sexta-feira (23) e o sábado (24) não tem o mesmo posicionamento do último que ocorreu no início de maio. "Na realidade, todas as frentes frias que passam pelo sul do Brasil estão associadas à um ciclone extratropical. A diferença da intensidade está intrinsecamente ligada ao núcleo de formação do evento que, geralmente, ocorre em alto mar." - explica Marcel Rocco, um dos meteorologistas responsáveis pelo Tempo Agora.


Esse novo sistema que terá um reflexo entre a costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai, no que diz respeito ao centro de pressão, é até mais intenso do que o do início de maio, mas a diferença é que este ciclone se encontra a mais de 400 km da costa. Com toda esta distância, as conseqüências para a Defesa Civil do Estado não serão tão grandes como as enfrentadas anteriormente. As chuvas provocadas pelo ciclone do início do mês deixaram dezenas de pessoas desabrigadas e sem energia elétrica. Os estragos foram maiores entre o litoral norte do Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina, totalizando mais de 280.000 pessoas atingidas.


No sábado, os ventos podem chegar a 125km/h apenas em alto mar. Portanto, a atenção deve ficar reservada às embarcações de pequeno porte. Além disso, por conta dos ventos, a rotina dos portos pode ficar prejudicada. Na região costeira os ventos são mais fracos, mesmo assim, as rajadas podem chegar aos 90km/h nas praias do litoral sul do Estado. Com esta intensidade, o que pode ocorrer é o destelhamento de algumas casas na praia.


A frente fria que está associada ao ciclone avança rapidamente pelo país e chega ao litoral de Santa Catarina e do Paraná ainda no sábado, causando apenas chuva fraca até o final do dia. A temperatura despenca e a sensação será de frio em boa parte do Rio Grande do Sul e no oeste e sul de Santa Catarina.


No domingo, a frente fria e o ciclone extratropical começam a se afastar do Brasil. Mesmo assim, o sistema ainda pode causar chuvas fracas em parte do Paraná. Na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina as rajadas de vento já não passam dos 55km/h. Depois do afastamento deste sistema, os ventos voltam a soprar de quadrante sul, deixando as temperaturas mais amenas. A mínima fica em torno dos 11°C em Porto Alegre e pode cair aos 7°C na Serra gaúcha. Abaixo veja a diferença entre os dois sistemas:

Uma região de baixa pressão, ou área de instabilidade, passa pelo sul do Rio Grande do Sul e Uruguai. Ao chegar ao oceano, este sistema se intensifica e atinge a superfície.

O centro de baixa pressão já estava formado nos níveis médios da atmosfera (em torno de 5 km de altura), quando avançou pelo sul do Brasil, casusando os estragos. Sobre o oceano, este sistema intensificou-se e atingiu a superfície.

A equipe do Tempo Agora mantém um monitoramento 24 horas por dia para trazer todas as informações do tempo aos seus usuários. Fique ligado!

Pryscilla Paiva

Assessoria de Imprensa Somar Meteorologia

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