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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hospital Unimed Sobral : Criança morre após injeção



Publicado em 5 de outubro de 2011

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Menino de um ano e seis meses morreu segunda-feira no Hospital Unimed
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Sobral. Uma criança de um ano e dois meses morreu, na última segunda-feira, após a aplicação de uma injeção, em Sobral. O menino estava internado no Hospital Unimed Sobral com febre. A injeção foi aplicada pela técnica em enfermagem Noemi da Silva Plácido, para diminuir uma febre de 39 graus, denuncia o avô do menino, o advogado Gilberto Feijão.

Ele promete processar o Hospital para saber a causa mortis do neto. "Eles colocaram no atestado de óbito causa morte indefinida. Eu quero saber de que morreu meu neto, que estava saudável. Apenas com uma febre", questiona Gilberto Feijão.

"Nada vai dar de volta a vida do meu neto, mas quero, com este processo, que os hospitais de todo o Brasil tenham mais cuidado ao aplicar medicamentos, pois o Hospital Unimed Sobral negou-se a mostrar o prontuário, o remédio e a seringa utilizada no meu neto".

O nome do menino é Gilberto Alves Feijão Neto e era o filho mais novo do casal Cesário e Jaqueline Feijão, que fica com um filho. "Não sei se houve negligência, erro, mas o fato é que tiraram a vida do meu neto, que no sábado estava bem, servindo inclusive de pajem no casamento de uma tia dele. Foi ele quem levou a aliança", contou.

O avô diz que "no domingo à tarde ele apresentou esta febre e foi levado para o hospital, onde o médico Francisco Plácido Nogueira Arcanjo recomendou que ele ficasse em observação para, na manhã de segunda-feira, fazer exame de sangue e urina. Brinquei com o meu neto na noite de domingo e, na manhã de segunda, coletaram sangue e urina para os exames".

O avô diz que, na segunda-feira, "veio a técnica em enfermagem para dar esta injeção que foi fatal. Ela aplicou a injeção dizendo que era dipirona para baixar a febre que estava em 39 graus. Mesmo com o grito agudo do menino, ela continuou a injeção. O meu neto logo ficou roxo e morreu em questão de segundos", relata.

O diretor administrativo do hospital, Luiz Aquino, informou que a criança já apresentava há algum tempo um quadro de infecção urinária recorrente, com febre persistente, além de um estado de anemia importante. "Houve o infortúnio de uma morte súbita após a introdução de uma medicação que ele já estava acostumado a tomar", explica Aquino.

Segundo o médico, a sindicância instaurada não constatou nenhum erro técnico no processo de tratamento da criança, sendo recomendado um estudo cadavérico, serviço médico-legista. "Pelo que soubemos, a família se recusou a fazer este estudo que seria fundamental para sabermos a real causa do óbito, visto que não temos dados suficientes para tal".

Luiz Aquino comenta que, muitas vezes, um quadro de saúde grave não é visível em crianças. Somente por meio de exames laboratoriais se pode confirmar a situação. "Neste caso, o paciente já possuia estas infecções. Mas, infelizmente, não podemos ligá-las à causa da morte sem o estudo cadavérico".

Gilberto Feijão garante que procurou a direção do hospital onde o neto faleceu. "Conversei com os diretores Luiz Aquino Assunção Júnior e Tadeu Xerez e com o médico Plácido Arcanjo. Fiz a seguinte pergunta que ficou sem resposta: de que morreu meu neto? Eles somente lamentaram a morte e negaram o prontuário do meu neto", afirmou. Feijão contratou os serviços dos advogados José Inácio Linhares e Rafael Pontes para saber do hospital a causa mortis do garoto e, com base no resultado, acionar judicialmente a Unimed Sobral.

LAURIBERTO BRAGAREPÓRTER

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