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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

#corrupção Orlando Silva Outro programa do Esporte pôs R$ 1,3 mi em contas de fantasmas

 
 

Ministério do Esporte aponta desvio de R$ 17 mi em relatório
24 de outubro de 2011 08h20 atualizado às 08h23


Um relatório apresentado pelo Ministério do Esporte em julho aponta desvios de R$ 17 milhões em convênios que a pasta assinou com organizações não governamentais sediadas em Brasília e em seus arredores. Encaminhado em resposta a um pedido de informações de um deputado do Distrito Federal, o documento descreve 15 projetos em que os recursos repassados pelo governo teriam sido desviados de sua finalidade. Embora as irregularidades tenham sido detectadas pelo próprio governo, o relatório mostra que em muitos dos casos o ministério demora para agir, levando anos para cobrar as entidades em que encontra problemas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o ministério, as ONGs apontadas no relatório não prestaram contas do dinheiro que receberam, usaram notas fiscais frias para comprovar gastos e atenderam menos crianças do que o previsto em seus contratos. Os projetos receberam recursos do programa Segundo Tempo, que repassa dinheiro público a ONGs, prefeituras e governos estaduais para incentivar a prática de atividades esportivas em comunidades carentes. O programa está no centro da crise enfrentada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, desde a semana passada, quando foi acusado de usar os convênios para desviar recursos públicos para os cofres do seu partido, o PC do B. Ele nega as acusações. O levantamento feito pelo ministério foi entregue após um requerimento do deputado federal Izalci Lucas (PR-DF), aliado do ex-governador Joaquim Roriz e adversário do atual governador, Agnelo Queiroz (PT), que foi ministro antes de Orlando Silva. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou nos últimos anos irregularidades em 67 convênios do ministério com ONGs, prefeituras e governos estaduais e cobra a devolução de R$ 26,5 milhões repassados a essas entidades. O Ministério do Esporte afirma trabalhar para recuperar a verba desviada do Segundo Tempo e que não houve repasses ou renovações nos convênios, após os problemas detectados. Segundo a pasta, parte dos convênios já está com a tomada de contas instaurada. Ou seja, uma auditoria é feita para calcular o prejuízo e apontar as falhas. Em outros casos, os convênios ainda estão em fase de análise interna.

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