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domingo, 12 de junho de 2011

#PT : Erros do MEC custam R$ 200 milhões



Ocimara Balmant, Mariana Mandelli e Rafael Moraes Moura

Dos escândalos nas duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aos erros graves no material didático de matemática distribuído a escolas rurais e à polêmica causada pelo kit anti-homofobia que seria destinado aos alunos do País, as falhas recentes do Ministério da Educação (MEC) envolvem contratos que, somados, chegam a R$ 200 milhões.

Em 2009, a prova do Enem vazou e o exame foi adiado. Em 2010, parte delas teve erro de impressão e 9,5 mil candidatos foram prejudicados. O kit anti-homofobia, que a presidente Dilma Rousseff mandou refazer no mês passado, custou R$ 1,8 milhões. Por fim, foram gastos R$ 13,6 milhões na coleção Escola Ativa, dirigida a escolas rurais, que trazia falhas graves, como a conta 10-7=4.

Na semana passada, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), braço do MEC responsável pelo Enem, determinou que o órgão apure os valores gastos com diárias e passagens de servidores e quaisquer colaboradores, até mesmo militares que escoltaram a prova, durante a reaplicação do exame.

“É um festival de mancadas, só quem não admite é o próprio governo”, diz o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que fez o pedido de auditoria do TCU.

Especialistas em educação ouvidos pela reportagem dizem que a repercussão dos erros e polêmicas que envolvem o MEC são, em parte, resultado de uma maior relevância e atuação da pasta. Por outro lado, pensam que é preciso que o governo reavalie suas práticas.

O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Antonio Carlos Caruso Ronca, atribui os erros dos livros didáticos a questões operacionais, para as quais pede maior rigor, mas diz que isso não deve ofuscar avanços da pasta.

“É só pensar no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e no Enem, que a cada ano tem maior adesão das federais.”

Para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), o MEC está mergulhado num sentimento de desconfiança. “Com essa série de falhas só pode passar a ideia de má gestão”, diz. Procurada para comentar a série de erros, a pasta se manifestou por e-mail. Sobre os livros de matemática, a assessoria do MEC disse que não fará nova impressão.

Em relação às falhas no Enem e aos contratos com o consórcio Connasel, o Inep afirmou que estava ocupado com a prova deste ano e se manifestaria amanhã. Não houve pronunciamentos sobre o kit anti-homofobia.





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