Há coisas que provocam isso que as pessoas chamam por aí de “vergonha alheia”. É aquela sensação de constrangimento que experimentamos em lugar do outro, de modo que vivenciamos o mal-estar que caberia a essa outro pessoa sentir. Em Portugal, há uma tal “Comissão de Apoio Cesare Battisti”. Um grupo de artistas — suponho — resolveu gravar uma musiquinha, na linha “We are the world…”, pedindo a libertação do terrorista. O nome é “Hoje Battisti, amanhã tu”, sustentando que ele está sendo vítima de uma injustiça e que, se hoje o pegam, amanhã pode ser qualquer pessoa. Uma ova! Você pertenceu a algum grupo terrorista, leitor? Matou alguém? Vejam. Volto em seguida.
Voltei
“Mas quem é que manda nesse Brasil?” Ora, patrícios, por enquanto, é a lei. E que diabo de “falso juiz” é esse? Plagiando texto famoso do pastor Niemöller, preso pelos nazistas, os portugueses envergonham assim a língua de Camões:
Se não fazes nada
Espera p’la pancada
À tua porta baterão
É à tua porta que baterão
Também gostei do “pra que tanta pressa?” Que pressa? É uma pena que Battisti não possa nascer de novo para cumprir a pena A QUE TEM DIREITO na Itália!
E só pra encerrar: ainda bem que Tarso Genro não é ministro da Justiça nem Celso Amorim está no Itamaraty, né? Vai que Berlusconi se enrosque para valer na Itália… Talvez pedisse refúgio ao governo brasileiro…
Impressionante esse Battisti! Para quem se apresenta apenas como um pobre coitado, sem vinculações de natureza política com quem quer que seja, ele realmente fez muitos amigos mundo afora…
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