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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CHICO DEVOLVE O JABUTI : Uma resposta a Caetano Veloso

16/12/2010

às 13:41


Em sua coluna de domingo no Globo, Caetano Veloso volta a citar este blogueiro e comenta um post da nossa querida Yara Chiara, que responde ao colunista. Reproduzo o texto de Yara e volto com mais Caetano no post seguinte.

*
Rei, Caetano me citou em um artigo. Achei por bem escrever algo que encerre minha participação no episódio do “Jabuti”. Não tenho outro espaço senão o desse blog tão “grosseiro” e “reacionário” que acha que alianças com Collor e Sarney não tornam “menos pior” o “melhor Lula”; que não vê a ética como epifania momentânea que, incapaz de conduzir e alimentar o show por todo o tempo, deve dar espaço, polidamente, para o avanço histórico que nos torna um “pré-” de algum “pós-” difícil de discernir. Beijo!

Não sei como se responde a Caetano Veloso. Na verdade, não sei nem se é possível responder a Caetano Veloso: ele é emblemático demais para a modéstia que a vida, não o capricho ou a dissimulação afetada, me impôs. Se eu tenho algo em comum com Machado, trata-se da condição de pessoa míope inegavelmente cabeçuda e irreversivelmente prosaica, “condenada ao lado prático das coisas”.

Caetano Veloso me desconcerta. Não é seu nome nem seu legado, porque a honestidade me obriga a dizer que pouco conheço de sua música e, na medida em que músico e música encarnam a história, pouco entendo do passado e do presente também. Caetano me desconcerta por descobrir tendências profundas naquilo que me toca por diversão, hábito, gosto ou ingênuo prosaísmo.

Não estou - como achava até então - discutindo, em tom educado e sem maiores pretensões, a qualidade de um livro que eu comprei na livraria porque precisava ler algum romance para contrabalançar a leitura técnica e muitas vezes entediante do dia a dia. Sendo um romance brasileiro, pensei, tanto melhor, contanto que seja bom.

Caetano me diz que, de alguma forma, com minha modesta e quase envergonhada crítica, reflito o estado da educação no Brasil; a trajetória sinuosa e cruel de nossas mazelas; a reação histérica, mas compreensível, que a ânsia pela integração no mundo letrado provoca.

Eu achei que havia apenas encontrado um romance ruim. Não é verdade. Caetano também me ajudou a descobrir quem sou nesse processo todo: fui a Budapeste e voltei para o Brasil como uma histérica complexada, latindo estridente e inutilmente contra uma inferioridade histórica que devo ter herdado em algum ponto da minha vida e da qual provavelmente jamais me desvencilharei.

Desse modo, confesso-me incapaz de discutir com Caetano Veloso, por irrelevante - eu, não ele; por histérica e complexada; por preconceituosa contra o vôo destemido do cantor que se projeta do palco para saltitar nas teclas do computador ou dançar, entre erros e acertos, nas pautas de um caderno.

A última consideração, porém, me deixa cética quanto a meu total desacerto: jamais deixei de ouvir Vinícius por amar sua escrita, nem deixei de amar sua escrita por gostar de sua música. Será que, sem precisarmos chamar Sérgio Buarque ou Leonard Cohen, podemos simplesmente perguntar se Chico tem o mesmo talento multiforme do Vinícius, (ainda) tão mais próximo de nós?

Quanto à parte do WikiLeaks, reconheço o dilema de Caetano com seu amigo: sendo a não-escolha uma escolha, é preciso fazer escolhas, sempre. Eu penso que nada há de ilegal no WikiLeaks e não me oponho a que continuem divulgando o que quer que seja, assim como considero a publicação dos “Papéis do Pentágono” por Noam Chomsky um marco da historiografia, embora estejamos tão afastados pela idade quanto pela ideologia. Os “Papéis” eram bem mais subversivos então do que o Wikileaks é hoje, quando celebridades se mostram dispostas a pagar uma fiança astronômica para libertar este novo símbolo do antiamericanismo em que se tornou Julian Assange.

Talvez seja essa mania de decidir que me faça chatear um amigo israelense ao me posicionar contra as políticas de Israel ou que leve Caetano a repetir, pela enésima vez, que gosta do livro “Budapeste”. A tal da “História”, em que tenho dificuldade de pensar se não estivermos falando de memória ou historiografia, pode me esmagar entre suas muretas, mas a verdade é que não ligo: a morte se encarregará desse trabalho com muito mais certeza e eficiência.

Mas sou assim, uma pobre coitada - visto não saber se há “diaba” como existem “presidentas” - “condenada ao lado prático das coisas” e, de mais a mais, “míope, cabeçuda e prosaica”.

Por Reinaldo Azevedo
  • ivaldo

    -

    16/12/2010 às 22:04

    É ISSO AÍ GAROTA ! O FATO DE UM INDIVIDUO TER ” UMA CAUSA NOBRE ” OU DEFENDER UM REGIME ASSASSINO COMO É O DOS IRMÃOS CASTRO DE CUBA ; NÃO TORNA AUTOMATICAMENTE BRILHANTE OU PESSÍMO UM TEXTO LITERARIO SEU ! NEM MESMO EM SE TRATANDO DE UMA CELEBRIDADE !

  • Ney S. Monteiro

    -

    16/12/2010 às 21:54

    Quem é Yara Chiara?
    Não sei, mas certamente compraria um livro que ela escrevesse.
    Vai escrever bem assim na…
    (esse comentário não é irônico, é realmene o que penso).

  • Weimar

    -

    16/12/2010 às 21:48

    Não li o que escreveu o Caetano. E, ainda falando a verdade, não me importa o que ele tenha ou não escrito. Caetano não me interessa, ainda que em alguns momentos ele me pareça uma pessoa interessante. Na maioria das vezes, acho-o um bobo metido a sábio: tipo de gente horrível! Superficial, fingindo-se hermético.

    Mesmo sem saber o que ele escreveu, fico com a Yara, antes mesmo de ler o que ela sobre o episódio escreveu.

    Sou mais a Yara. Sempre.

    Weimar

  • Rubens Vaz

    -

    16/12/2010 às 21:44

    Reinaldo, peço licença para me dirigir a Yara Chiara.
    Cara comentarista, desde muito no Brasil, governos autoritários lançam mão da “sensisibiliadde” de seus artistas e intelectuais para se legitimarem. Getúlio lançou mão disso a três por dois, inclusive nomeando no dia seguinte quem tinha prendido na véspera.
    Seu comentário, singelo e preciso, me lembrou Oswaldo Goeldi, um dos maiores artistas gráficos brasileiro, contemporâneo de Getúlio: “Não acredito em bom artista mau caráter”.
    Já fui muito contestado por insistir na frase. Fazer arte é uma oportunidade de ser um agente revelador da sociedade. Que responsabilidade estva querendo dizer Goeldi. Ou hoje, um belo negócio, principalmente tendo o poder público como seu mecenas.
    Daí surgem as “vacas sagradas”, formando um gueto mundano em torno do poder e do dinheiro. Daí, a cultura brasileira fica entregue às baratas. Não tem serventia alguma para a grande massa. Retira seu imposto por renúncia fiscal e lhe devolve “um algo cultural”.
    No bojo desse aparelhamento de estado, seria previsível que a cultura viesse junto. Uma dinheirama sem tamanho que não serve a nada.
    Pois bem, e a cultura brasileira despareceu? Muito pelo contrário. Manifestações como a do Reinaldo quando atacou, com Sergio Machado, Anderson e você o maldito jabuti, sacudiram a mitomania que blinda as vacas sagradas e trazem o discurso arejado.
    Parabéns aos contestadores do blog.

  • Claudio

    -

    16/12/2010 às 21:21

    Feliz do blogueiro que tem Yara Chiara como leitora! Parabéns pelo texto, menina.

  • Risa

    -

    16/12/2010 às 21:08

    Eu se fosse Caetano Veloso e Chico Buarque, seguiria o conselho de Gil: “xo, xua, cada macaco no seu galho, xo, xua eu nao me canso de falar…”. Pode ficar pior o vexame que estao dando para o Brasil que pensa. Eu, ainda, me importo e muito com o Brasil que pensa.

  • Mario C.

    -

    16/12/2010 às 21:01

    Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Alberto Campos. Por que não Yara Chiara?

  • Dom Quixote

    -

    16/12/2010 às 20:34

    Que texto primoroso!!! Mesmo que falasse bem do tal Caetano, ainda assim, eu o adoraria.

  • Yara Chiara

    -

    16/12/2010 às 20:14

    Rei, muito obrigada, como sempre, e parabéns pelo post acima, que dispensa comentários. Agradeço aos leitores as palavras carinhosas e sei que muitos possuem reservas quanto à minha opinião sobre alguns assuntos. A eles agradeço também, porque nunca me deixam sair do hábito constante de pensar!

    Não ligo de “perder” um debate quando aprendo. Entro em debates sabendo que posso ter de reavaliar minhas posições e repensá-las, e que esse é um processo bem mais penoso do que eu poderia supor há alguns anos.

    E, no entanto, aprendo, quando é o caso. Um pequeno debate com o Olavo de Carvalho me deixou durante um mês em banho-maria, pensando, lendo, estudando e observando, sem opinar sobre (quase) nada. Artigos como os seus, ou como esse do Olavo sobre o aborto, são dessas coisas que a gente agradece depois de ler e antes de concordar ou discordar.

    E me lembro daquela frase da música do Caetano, em que um cardeal vê “tanto espírito no feto e nenhum no marginal.” Mais menina, a frase me impressionava. Hoje, ela me provoca risos: justo a Igreja Católica brasileira, em que uma ala influente e importante viu, e ainda vê, abundância de espírito no marginal e nenhum no feto! Seria indelicado mencionar nomes.

    No final das contas, enquanto debatemos o Jabuti, José Dirceu nos humilha. O que somos Caetano e eu diante de um ex-deputado cassado sorridente nas câmaras e seguro de uma impunidade de que jamais sonharíamos em fruir, transitando normalmente no escalão mais alto do poder?

    Quando vejo José Dirceu sorrir junto aos poderosos da vez, que estão se tornando os poderosos de sempre, bate-me aquele sentimento de apatia: não somos nada. Se houvesse a tal História, e se Caetano a encarnasse, quero crer que eu seria poupada de tão tétrico espetáculo.

    Enquanto José Dirceu estiver lá, rindo da punição que lhe impusemos, continuaremos com a cerviz quebrada, tentando nos refazer com estilhaços de razão e lucidez.

    Dirceu é inocente mesmo após ter sido considerado culpado pela população, que se manifestou por meio de seus representantes. Chico Buarque, a quem esse estado de coisas não parece repugnar, a julgar por seu apoio entusiasmado a Dilma, é bom escritor ainda que se demonstre que as coisas talvez não sejam bem assim: tornou-se um inimputável cultural assim como Dirceu se tornou um inimputável político.

    Não, Chico Buarque não é José Dirceu. Trata-se, de resto, de um músico talentoso, assim como Caetano Veloso, cujas canções não conheço tão bem, mas que sempre me pareceram interessantes.

    Gostaria que Caetano escrevesse a coluna que é a sequênca lógica de “Analfabeto”, publicada no domingo: a coluna intitulada “Inimputável”.

    Caetano, depois do “Analfabeto” só pode vir o “Inimputável”. Mas, daí, é mexer no vespeiro, não é?

    Claro que Chico Buarque tem todo direito de escrever. O fato de ser um compositor de sucesso facilita sua inserção no mercado e aumenta seu apelo junto aos leitores. Eu não acho que um músico não deva escrever: não tenho esse preconceito.

    Só não aceito que sejamos obrigados a aceitar, não importa qual seja a qualidade, a literatura de um dado escritor apenas porque ele foi um compositor importante.

    Chico cantou contra uma ditadura injustificável. Elie Wiesel e Primo Levi sobreviveram ao campo de morte de Auschwitz e escreveram livros magníficos. Nem a obra deles ficou isenta de crítica: produziram boa e má literatura. E foram criticados sem assombro.

    Por que tem de ser tão diferente com Chico Buarque, cuja breve carreira literária já se encontra em declínio? Estorvo não é um bom livro, mas é, ainda assim, infinitamente melhor que Budapeste e Leite Derramado.

    Tem de ser assim porque criamos não só analfabetos. Criamos inimputáveis também.

  • mrbooz

    -

    16/12/2010 às 20:09

    Também sou da época em que falar e ouvir caetano, gil e chico era intelectualidade pura.O que nos mata - boa parte de nós - é esse endeusamento barato de quem não entendemos direito, contudo abraçamos a causa.Passa o tempo e alguns tipos acabam mostrando o que sempre foram: prolixos e sem-fim.
    Boa, Rei, em mostrar Yara como ela é, e os em questão como nunca foram e nem serão.

  • Laudelino Marcos Silva

    -

    16/12/2010 às 20:03

    Os dois deveriam fazer uma turnê: O Jabuti e o Cágado…

  • Roubocoop

    -

    16/12/2010 às 20:02

    Matou os dois “Coelhos de elite” com uma cajadada só.

  • Anônimo

    -

    16/12/2010 às 20:02

    Também sou da época em que falar de caetano, gil e chico era intelectualidade pura.O q

  • LUCIO ROSA

    -

    16/12/2010 às 19:59

    Acho uma perda de tempo querer levar Caetano Veloso a sério. Todos sabemos do aproveitador que é! Agora mesmo pegou carona no sucesso de uma menina, que está no gosto da mídia, para gravar uma pontinha no disco dela. Foi sempre assim. Nada contra os baianos, mais Caetano é como Gilberto Gil, veste uma camisa do Fluminense, quando o time se torna campeão brasileiro. Fora da Globo ele se torna um qualquer. Não vale a pena o destaque.

  • Hugo Conrado

    -

    16/12/2010 às 19:54

    Parabens Yara Chiara!
    Mais uma alma livre nesta terra que, ao meu ver, tenta perder seu sentido de ser…
    Ainda bem que nenhum de nos para sempre vivera, assim as ideias erradas morrem com as pessoas erradas…

  • Carla Teixeira

    -

    16/12/2010 às 19:53

    Salve, Yara Chiara!! Mandou muito bem!!

  • jayme guedes

    -

    16/12/2010 às 19:48

    Chiara,que show. Texto irretocável. Na forma, no conteúdo e na medida. Discordo de quem viu preciosismo. Era importante marcar o território, deixar bem visível a distância intelectual que separa a Chiara da dupla Chico e Caetano. Como disse o Marcello das 19.02, se somar Chico e Caetano não dá meia Chiara.

  • Rio18

    -

    16/12/2010 às 19:44

    Yara passou a ignorar o rio… —Amor de minha vida, captei outro de seus segredos… Você raramente precisa de palavras… Você fala diretamente aos sentidos com sua propria vida… ” Se você ao menos tivesse… Se nós tivéssemos podido… “
    —Somente os tolos preferem o passado, eu sei!

  • Lúcia Helena

    -

    16/12/2010 às 19:43

    Sinceramente Chiara…. assim não é possível.
    Sinto-me iletrada ao ler seus comentários porque tenho plena conciência de que sou incapaz de escrever desta forma.
    Ótima resposta, não só pela forma mas principalmente pelo conteúdo…

  • naldig

    -

    16/12/2010 às 19:37

    Yara Chiara, míope, cabeçuda e MARAVILHOSA. Já o Caetano cantando aquela ‘cu curru cu cu paloma’ não é fácil de digerir. Caetano esta vivendo a síndrome do ‘fading out’.
    Ele sente que tem que ser lembrado a qualquer custo!
    Oh xente!!

  • Marcello

    -

    16/12/2010 às 19:02

    Nossa, não é sempre que eu leio os comentários, mas esse li porque estava na primeira página. E devo dizer: a moça é boa. Um post desse vale por 300 jabutis, litros de leite derramado e uma Europa inteira.
    Em outras palavras: pegue um Gil, um Caetano e um Chico, bata tudo num liquidificador e sirva: não dá meia Yara.
    Parabéns a ela e a você, que a publicou.

  • Tamara

    -

    16/12/2010 às 18:47

    Para Perseus

    Menino, vc está aí? Sinto sua falta, juro por Deus, ontem quase fiz xixi nas calças com seu comentário onde vc misturou Cabral, a namoradinha, o livro e o Jabuti.
    Abs

  • ricardo

    -

    16/12/2010 às 18:38

    Caetno é legal, mas cantar cucurrucucu palooooma com a boxexa tremilicando é over … morreu e não foi enterrado. A época de Caetano já passou. Mas merece um respeito que toda as senhoras idosas merecem. Ele foi importante mas perdeu a efervecencia; Como um prossecco mal tampado. E … nossa Yara Chiara é chiquérrima. Já o livro de Buarque … não vejo a hora de não le-lo.

  • Alexandre

    -

    16/12/2010 às 18:34

    Sobre wikileaks: não creio que se trata de “achar” que um crime foi cometido, porque, como demonstra a Ann Coulter, um crime FOI cometico (na verdade uma “felony”, se o Tio Rei fizer o favor de me ajudar com a tradução):

    “Among the criminal laws apparently broken by Assange is 18 U.S.C. 793(e), which provides:

    “Whoever having unauthorized possession of, access to, or control over any document, writing, code book, signal book, sketch, photograph, (etc. etc.) relating to the national defense, … (which) the possessor has reason to believe could be used to the injury of the United States or to the advantage of any foreign nation, willfully communicates (etc. etc) the same to any person not entitled to receive it, or willfully retains the same (etc) …

    “Shall be fined under this title or imprisoned not more than ten years, or both.” ”

    Assange não cometeu crime de opinião, mas isso é irrelevante. Ele cometeu um crime (ou uma “felony”)e deve sim ser julgado por isso, não? Se não o for, seria o mesmo que não multar/prender um jornalista que dirigisse bêbado, apenas por ser um jornalista…

  • Netto

    -

    16/12/2010 às 18:25

    O Caetano adora o “odor” da ideologia petista. Sendo assim, semelhante atrai semelhante. Nada de novo no pau de galinheiro do qual o coisa pura, dorme igual aos seus.

  • ANTI-PETISTA

    -

    16/12/2010 às 18:24

    ESSE CAETANO É UM VELHO PATÉTICO,RÍDICULO E IDIOTA,É O MESMO QUE SEMPRE GOSTOU DE DROGAS JUNTO COM AQUELA GENTE CHATA DA TROPICÁLIA,SE ACHA UM VERDADEIRO BALUARTE DA OPINIÃO PÚBLICA,NÃO PASSA DE UMA FIGURA CARICATA DO BRASIL,ABAIXO ESSES BOBALHÕES DA MPB COM SUAS IDEOLOGIAS E OPINIÕES.

  • malu campos

    -

    16/12/2010 às 18:19

    Nossa, Chiara desse jeito o Caê deve estar “se procurando” até agora.

  • Benedito Ferreira

    -

    16/12/2010 às 18:08

    Gil, Chico e Caetano fazem parte da “família” LULA SILVA SAURO. Não importa a “nhaca” que escrevam, as “besteiras” que dizem ou a “porcaria” que cantem. No fim a exigência é a mesma: VOCES TEM QUE ME AMAR.
    ÔH CAETANO! QUE PARTE QUE VOCE E O CHICO NÃO ENTENDERAM? O LEITE DERRAMADO É TAL QUAL O BUDAPESTE: UMA TREMENDA PORCARIA. TÁ TÃO DIFICIL ASSIM DE ENTENDER?

  • THOR

    -

    16/12/2010 às 18:04

    EU acho que ninguem devia falar mais em chico e caetano
    são chatos pobres de espirito enfim, ja morrerão e esquecerão de deitar; mas na verdade são todos um bando
    de comunistas disfarsados de cantores

  • NélsonX

    -

    16/12/2010 às 18:03

    Alguém poderia avisar o Chico Buarque de que as ditaduras militares na América Latrina acabaram há mais de 25 anos. Mas a ditadura que elle tanto defende ainda vigora naquele paraíso insular - Fidel a Múmia e o irmão assassino mantem o povo numa prisão depois de mais de 50 anos. Será que elle poderia escrever uma música defendendo o povo cubano desses criminosos de esquerda…???

  • Marcos

    -

    16/12/2010 às 17:40

    O Chico ficou tanto tempo vendo “a banda passar” que, como um peteba assumido, daqueles que não para de proferir “neologismos” tais como reacionário, preconceito, preconceituoso, elite dominante, burguesia, e outros que prnunciávamos na nossa já longinqua juventude, palavras surradas e desgastadas, que, hoje, coitado do Chico, ficou fora de moda. Está ultrapassado, velho e, o pior, não se deu conta! O seu ídolo, Lulla, já dissera: todo esquerdista, socialista, que assim permanece depois dos 60 anos deveria procurar um psiquiatra. Ou seja, até elle, o Lulla. E o Chico? Continua dormindo. Ei, Chico, acorda, tu que dormes! Chico, o demodée!!!

  • Heloah

    -

    16/12/2010 às 17:23

    Parabéns, Yara!
    Liga não. Essa turma aí quer ver o mundo as avessas, sabe, nivelar por baixo.
    Em vez de promoverem a educação, querem que todos se habituem a mediocredade.
    Qué sabê? Dá moral prá Caê, não!

  • Rogerlando Gomes Cavacante

    -

    16/12/2010 às 17:16

    NOTA

    Rogerlando

    Poros (abertos) por prosa e eis a literatura… difusa
    de Chico - que turvou-se numa espécie de medusa
    da arte à brasileira - a que os influeentes autores,
    MalASartes, consagrados não por quaisquer legados
    às artes universais - mas por seus humores:
    importam, pois, mais que suas obras, os enfatuados.
    Obras cujos teores (e temperos) ditam aquém
    Deles que as assinam e se põem além das assinaturas
    e muito mais além ainda do que os meros e mortais
    Shakespeare, Rogerlando, Cervantes, Edney…gente sem… urdiduras.

    Ao lado de Francisco, somente o cara ou outro caricaturista
    das artes - e política- nacionais, Caetano, também poroso -
    também inigualavelmente brasileiro - e prosista
    e articulista e artista e arrivista e… ser humano primoroso.

    Primorosos, os…imortais, enquanto a gente aqui, Edney, se bota
    a ir silenciando até que alguém toque e ouça quem nem se nota.

  • Marcelo

    -

    16/12/2010 às 17:04

    Yara, nem vou me interessar pelo que o Caetano escreveu, mas seja lá o que tenha dito, sua resposta foi de uma delicadeza e ao mesmo tempo, de uma eloquência incrível. Infelizmente poucas pessoas neste país têm condições de apreciar a boa literatura, até por má formação educacional, preferindo a leitura fácil. Daí as editoras priorizando o caráter comercial, elevando figuras famosas a autores best sellers, se importando em último lugar com a qualidade do livro. Parabéns Chiara pela coragem, continue publicando sempre seu pensamento, nunca deixe se intimidar por quem não suporta a crítica. A propósito, tantos livros maravilhosos me aguardando, silenciosamente fechados ansiando por minha atenção, que não posso desperdiçar precioso tempo com estes novos premiados autores… Abraço

  • Pedro Erik

    -

    16/12/2010 às 17:00

    Ok, Chiara, em relação ao Caetano, mas você não vê nada de criminoso com Assange?
    Bom, posso começar dizendo que ele expõe muitas vidas em risco, mas Ann Coulter traz os detalhes jurídicos (http://townhall.com/columnists/AnnCoulter/2010/12/15/like_a_condom,_the_first_amendment_cant_protect_you)

    Ela cita leis americanas, como 18 U.S.C. 793(e), que diz:

    “Whoever having unauthorized possession of, access to, or control over any document, writing, code book, signal book, sketch, photograph, (etc. etc.) relating to the national defense, … (which) the possessor has reason to believe could be used to the injury of the United States or to the advantage of any foreign nation, willfully communicates (etc. etc) the same to any person not entitled to receive it, or willfully retains the same (etc) …

    “Shall be fined under this title or imprisoned not more than ten years, or both.”

    Abraço,
    Pedro Erik

  • edson

    -

    16/12/2010 às 16:57

    Budapeste: não li e não gostei.
    Com tanto livro bom por aí, acha que vou gastar o meu suado dinheirinho para ler chico buarque? Tenha dó.

  • O locutor

    -

    16/12/2010 às 16:54

    A tia Anastácia(Caetano), Chico, Lula são todos do século passado. São dignos de dó, comiseração e pena!!!

  • costamcs

    -

    16/12/2010 às 16:33

    sellba, também assisti à homenagem ao Niemeyer. Foi um espetáculo grotesco e também tive ganas de mudar de canal. Mas assisti àquele homem de 103 anos, acabrunhado, balbuciando palavras incompreensíves e sendo paparicado por sua nova esposa como de tivesse 5 anos de idade. Meu Deus, que constrangimento! Mas é tudo em nome do Partidão e do comunismo. Ele é apenas um soldado, sem vontade ou dignidade, a serviço de um “bem maior”, que ao modelo de Cuba, salvará toda a humanidade. Nojo!!!!!!!!!!

  • Luciana

    -

    16/12/2010 às 16:30

    “De quem é a terra? Ora, de quem a ocupava pacificamente há anos: os palestinos”
    Não acreditei quando a Yara soltou essa falando sobre a questão árabe-israelense. Ela riscou da história vários massacres e ações violentas cometidas por árabes (que na época se diziam sírios e afirmavam que a palestina era uma lenda inventada pelos sionistas) antes da ‘ocupação’, como o Massacre de Hebron, os ataques de 1920-21 em Jerusalém e Yaffo, a Revolta Árabe de 36, só pra citar alguns.
    Além do mais ela esquece de notar que além de os judeus também ocuparem aquela terra há muito mais tmepo, eram também a maioria esmagadora da população, como mostram os numeros de Adriaan Reland no seu “Palaestina ex monumentis veteribus illustrata” de 1796 onde afirma que os judeus eram mais da metade da população, maior que o número de cristãos, muçulmanos e samaritanos juntos. E o mais inacreditável é que nesse mesmo levantamento ele afirmava que a população de Gaza, ‘o’ território palestino era de apenas 550 habitantes - 300 judeus e 250 cristãos.
    Marx, que em 1854 visitou Jerusalém afirmava que os muçulmanos eram apenas 1/4 da população (e ainda considerava os muito nativos turcos e mouros como árabes…) e que a maioria judia era alvo da intolerância e opressão desses mesmos muçulmanos, gregos e latinos.
    Ou sejam: ocupavam sim, mas em números muito menores e, nem de longe, pacificamente.

  • CACO

    -

    16/12/2010 às 16:23

    Sugiro uma nova petição: “Deixe a Chiara em paz” ou então “Solta do pé, jacaré”. Se “pegarem no pé” de um comentarista, é bom que saibam que estão provocando todos nós.

  • Fatima

    -

    16/12/2010 às 16:21

    Caetano REVELA-SE bizarro, tardiamente decidiu se inserir na vida politica brasileira e se juntou aos fascistas da hora. Quero colocar aqui o meu APLAUSO ao comentario de Yara Chiara, tambem NAO gosto da “literatura chico-buarqueana” e considero tanto Caetano quanto Chico DECADENTES que fazem qualquer coisa para aparecer, sao DISCIPULOS de lula, precisam dos holofotes.

  • Olga

    -

    16/12/2010 às 16:20

    O que esperar do sujeito quando ele mesmo diz ter deficiência mental??? Réu confesso.Vale a pena perder tempo com ele??? Dar-lhe o “palco”que não merece??? Caetano??? Mais um “vampiro brasileiro”!!! Cuspida.

  • anonimis

    -

    16/12/2010 às 16:09

    Algumas curiosidades que gostaria de confirmar:
    Caetano e Gil foram presos durante o governo militar pelo uso ultrajante da bandeira nacional em um show?
    Caetano e Gil são candidatos ou ja racebem a bolsa ditadura?

  • costamcs

    -

    16/12/2010 às 16:03

    Vamos combinar que o Caetano Veloso ter citado o nome da Yara foi muito cretino. Sabendo que ela era uma voz anônima no meio da multidão de outros que não gostaram do livro e que não teria, como ele tem, uma coluna para chamar de sua, o que lhe daria oportunidade de escrever a réplica. Ele foi covarde e moleque. Que bom que ela teve esse espaço. Agora, afinal, o Caetano achou o livro bom ou pensa que devemos ser condescentes com o Chico? Porque ele usou os dois argumentos, que no meu ponto de vista são excludentes. Mas, convenhamos, como exigir coerência daquela mente lisérgica

  • Leonardo Borges
  • Leonardo Borges

    -

    16/12/2010 às 16:03

    Yara, sempre precisa nos comentários. É o “Celso Arnaldo” do Reinaldo. rsrs

    Abraço.

  • Anttonioarq

    -

    16/12/2010 às 16:02

    Meu irmão uma vez me disse: não perco tempo lendo os “contemporâneos”, continuo com Machado de Assis… Respeito a obra de Chico (musical), mas sua obra literária é mais que sofrível.

  • capitão

    -

    16/12/2010 às 16:01

    A ALDEIA GLOBAL.

    Como escreve bem essa danada!
    Nem sempre concordo com ela, mas como expõe o pensamento de uma forma elegante. Neste país de rádio e TV McLuhan, o teórico canadense, encontraria o paraíso para as suas pesquisas.
    O Brasil é o exemplo mais acabado da idéia da Aldeia Global daquele autor. Um país de iletrados que vivem no clima audiovisual da era televisiva.
    Como quem está no rádio e na TV é só o que existe para o imaginário popular de uma gigantesca massa de gente que despreza a leitura, são estes - os artistas, os palhaços, os músicos - os ouvidos e cultuados pela imprensa. Foram todos transformados em intelectuais.

  • Hugo Leandro Venturini
  • Hugo Leandro Venturini

    -

    16/12/2010 às 15:56

    Não sou entendido de literatura e não queria entrar neste assunto, por reconhecer minha limitação, mas não posso deixar de notar que há um padrão que se repete. Há sempre um “queridinho”; seja quem for, Lula, Chico Buarque ou qualquer outro, eleito para esta condição sabe-se lá por quem, e que recebe com isto um salvo-conduto para dizer, escrever, cantar, fazer todo e qualquer tipo de bobagem, sem que ninguém possa criticá-lo por isto. Ao fazê-lo deve-se estar preparado para o revide, pois o crítico, independentemente de pertinência, correção ou justiça, será massacrado e desqualificado como tal. Triste retrato de um Brasil que aos meus olhos vai desmistificando gradativamente todas as “qualidades” que por anos vi exaltadas e festejadas. O brasileiro que sempre foi pintado como boa praça, cara legal, receptivo e festeiro, vai se revelando a cada dia um ser mais autoritário e intolerante, quanto tolo e preconceituoso.

  • Carlos M.

    -

    16/12/2010 às 15:51

    Nossa mãe,

    O cara um dia faz sucesso, e até as corneadas que leva são notícia de primeira página. Desse jeito logo teremos os comentários da Carla Perez (ou Peres?) do Alexandre Frota, da Rita Cadillac, da Hebe Camargo….

  • Alvie Singer

    -

    16/12/2010 às 15:51

    O Caetano seria capaz de abrir a portinha do sanitario qdo alguem entrasse no banheiro publico, para aparecer e ser visto empunhando, sentado no troninho, um exemplar de Budapeste.

  • Brasileiro de Luto

    -

    16/12/2010 às 15:50

    Reinaldo, não conheço essa senhora.


    Sempre tive restrições a quem segue a onda, seja ela qual for… sabemos, você melhor do que eu, que existem os aproveitadoes, os que não têm opinião própria e seguem a onda do momento. NÃO ESTOU DIZENDO QUE É OC ASO DESSA SENHORA, como disse, não a conheço.


    Costumo analisar as coisas, os fatos de forma diferente, assim, NUNCA ACEITEI o chamado ” massacre dos Carajas”. Procro ver sempre a legalidade das ações, de ambos os lados. Nãoa cho correto a divulgação de uma noticia sem os comentários, ela pode ser disvirtuada… CREIO, ser papel da mídia informar, EDUCAR, assim, noc aso do “massacre”, eu começaria pro dizer que a ação dos manifestantes era ilegal ( bloquear rodiovias, etc,etc,) como o é partir apra cima dos policiais, agredi-los, etc,e tc, o qeu vimos no video. Diria, também, que é função, dever da polícia manter a ordem e a segurança, FAZER CUMPRIR A A LEI. Daí em dante, o que foi divulgado.


    Tido isso, voltemos a o caso.


    ESSA INFORMAÇÕES FROAM OBTIDAS DE FORMA ILEGAL, certo??


    Pergunto: Será que essa senhora, o Lula e todos que estão a apoiar esses bandidos (será que tem outra qualificação)ficariam calados se tivessem seus dados ou suas falas em telefones granpeados divulgada por bandidos?


    Pimenta no olhos dos outros é refresco. Ou será porque o principal atingido foi os USA???????


    QUANTO AO CAETANO, só o Rui. Talvesz com essa frase…
    -
    “A vida parlamentar, a administração e o jornalismo têm sido, em toda parte, os mais poderosos corruptores da língua e do bom gosto.” [ Rui Barbosa ]
    -
    - ou essa
    ” A miopia intelectual é a mais constante geradora do egoísmo.” [ Rui Barbosa ]

  • sellba

    -

    16/12/2010 às 15:49

    Não sei porque foram cutucar algumas vacas sagradas nestes tempos de presidente “sainte”, presidenta “entrante” e jabuti com CEP. Alguns são intocáveis. Ontem, assistia o Jornal das Dez da Globo News quando mostraram o Oscar Niemeyer, acho que comemorando seus 103 anos. O Trigueiro então disse : eis o Oscar Niemeyer com seus 103 anos e lúcido ainda. Com todo respeito ao velhinho eu pergunto : como pode alguém que ainda acredita em comunismo ser considerado lúcido? Mudei da Canal!

  • Orlando

    -

    16/12/2010 às 15:41

    Talvez a figura emblemática do Caetano tenha intimidado a nossa amiga a fazer um texto rebuscado demais, o que acabou tornando-o tedioso. Às vezes, menos é mais. Dessa forma, Yara foi quase tão eruditamente incompreensível quanto o alvo dos seus comentários.

  • Júnior

    -

    16/12/2010 às 15:40

    Boa tarde Reinaldo.
    Infelizmente nosso Brasil está infestado de cigarras. Todo mundo quer é cantar, interpretar. Trabalhar mesmo que é bom nem pensar.
    O Sr. Caetano, o Sr. Chico nada mais são do que essas cigarras ultrapassadas que ainda povoam nosso pais.
    Adorei o comentário da Sra. Yara Chiara. Essa turma dos “anos dourados” tem é que desaparecer no ostracismo.
    Abraços.

  • Vera L.

    -

    16/12/2010 às 15:40

    O mais enrolado dessa história toda é Caetano Veloso. Quando Caetano escreve : “ Então, entendo quando Wilson Martins ou Yara Chiara(uma mulher que li porque me mandaram um link do blog de Reinaldo Azevedo, cujo nome errei não por maldade mas por deficiência mental) se sentem na obrigação de desautorizar Chico a escrever romances. Eles erram, se enrolam, mas expressam um mal-estar real”..E por aí vai.
    Wilson Martins, que não está mais aqui, NÃO desautorizava ninguém a NÃO escrever romances, ele era um CRÍTICO e CRITICAVA. Ele e Bárbara Heliodora são os melhores que li até hoje. Se Caetano coloca Yara Chiara ao lado de Wilson Martins, para mim é um elogiou para Yara.
    Então, ao final das contas Caetano confessa que ELES, os “intocáveis”, Chico, Jô, e o próprio Caetano podem escrever o que quiserem, mas CRÍTICA NÃO, NEM PENSAR.
    E é tão verdade que o Reinaldo mostrou que o prêmio que é dado para um dos amigos dos amigos várias vezes e NÃO dá para criticar, vieram em chusmas DESAUTORIZAR Reinaldo Azevedo de escrever sobre o que estava escancarado, o tal Jabuti é na verdade uma premiação de cartas marcadas, Chico escreve um livro, Chico ganha o Jabuti, nem que o livro seja ruim feito um cabra da peste.

  • abe

    -

    16/12/2010 às 15:38

    Bravo! Parabéns! Espetacular!

    Sem cometarios…

  • RT

    -

    16/12/2010 às 15:33

    Ei, acho que já está na hora de alguém abrir um espaço para essa “menina” Yara. Considerando o teor dos comentários, ela já merece um blog na Veja.

  • Luiz Correa

    -

    16/12/2010 às 15:31

    A premissa da qual partem os defensores do Chico Buarque romancista é de uma profunda ignorância: esquece propositadamente que a avaliação de uma obra escrita - romance, poesia, conto, novela, etc. - é basicamente subjetiva. O leitor gosta ou não, e muitas vezes nem sabe explicar direito porque gostou ou não apreciou o que leu. Muita gente, mas muita gente mesmo, no mundo inteiro, gosta dos livros do Paulo Coelho. E daí?
    Eu não gosto, mas outros gostam. Eu posso considerar que ele não escreve bem, de acordo com os meus critérios de avaliação; outros podem ter opinião diferente.

    O mais curioso é que o Caetano Veloso é músico (e poeta, escreve letras com sentido poético, enfim), e a sua obra é avaliada e considerada com toda essa mesma carga de subjetividade. Muitos gostam, outros não.

    Portanto, ele não pode querer impor as suas preferências aos demais. Tem todo o direito de achar os romances do Chico Buarque bons, e daí? Nós temos todo o direito de achá-los ruins, e pronto!
    Quanto a desqualificar as pessoas que acham os romances do Chico Buarque ruins, bom, este é um comportamento fascista típico, que é muito comum entre as pessoas que se consideram de “esquerda”, embora elas fiquem irritadíssimas quando dizemos isso a seu respeito (já tive essa desagradável experiência várias vezes, mas não vou mudar meu comportamento por causa disso).

    Nada mais fascista (e reacionário, retrógrado, atrasado, deplorável, deprimente, etc.), do que a auto-louvação do Luiz Inácio ontem, registrando os seus “feitos” no cartório.

    O FHC poderia ter registrado o Plano Real (juntamente com o Itamar Franco), a Lei de Responsabilidade Fiscal, etc. Mas não o fez, felizmente. Além de fascista, o comportamento do Lula e do lulopetismo é ridículo, mas ele (e todos os demais) não tem esse senso. Para mim, é o presidente mais chato, aborrecido e ridículo da História do Brasil.

    E o povo aprova, conforme as últimas pesquisas, cada vez mais? Bom, talvez o povo goste de tudo isso. Então pergunto de novo: e daí? Se o povo aprecia tudo isso, não vou mudar o meu modo de pensar. Não é a preferência do povo que conduz o meu pensamento e as minhas atitudes. Para isso, recebi da natureza a consciência, e dos meus pais o ensinamento de como usá-la.

    O Chico Buarque não é um bom escritor, e o que ele escreveu até agora é ruim, viu, senhor Caetano! Inútil (e fascista) tentar nos convencer do contrário, e nos obrigar a gostar dele.

  • Luciana

    -

    16/12/2010 às 15:28

    Já vi a Yara comentando muitas vezes sobre a questão árabe-israelense aqui e devo dizer que se fosse ela eu parava de chatear o amigo israelense e me concentrava no Chico e no Caetano. Ou nos livros de história daquela região.

  • Desculpe o Off

    -

    16/12/2010 às 15:27

    Segundo o Ibope, 62% acham que Dilma fará um ótimo ou bom governo. Desculpem, estou traumatizado com esse negócio de pesquisa. Isso quer dizer que Dilma, a que já é sem ainda não ter sido, tem 62% de aprovação, 19% acham seu governo regular, 9% acham-na ruim ou pessima e 11 não quiseram ou não sabem opinar? Socorro, já li esse livro antes e me parece que não gostei dele.

  • Jorge Luiz

    -

    16/12/2010 às 15:27

    Nossa, Tio Rei! Esse texto cansou a minha vista! Rebuscado, confuso! Sei que você é um ardoroso defensor da “inculta e bela”, mas a Yara se perdeu em suas palavras! Sugiro que no próximo texto dela, exista uma tecla “SAP”. Aliás, sinto saudades da escrita do Tio Rei, pois o blog está muito cheio de clippings. Você me inspira, nada pode substituir o seu talento “literário”.
    Abraços!
    Jorge

  • Paulão

    -

    16/12/2010 às 15:21

    Boa tarde Reinaldo,
    Artistas internacionais de sucesso, quando envelhecem e ficam decadentes, vêm ao Brasil e outro banânias fazer shows para milhares de fãs e, é claro, para faturar boladas de dólares. Tiram proveito dos resquícios de memória de seus antigos fãs, que se babam e se extasiam assistindo aqueles corpos decadentes e aquelas vozes sem vibração nos palcos montados pelas globos da vida.
    Desculpem-me os fãs de paul macartney, rollingstones, madona e outros, mas sua boa-fé está sendo explorada ao máximo e direcionada pela globo, para que vocês pensem que aqueles artistas senis são os mesmos que embalaram suas juventudes. Não são mesmo! Vocês são apenas fonecedores de dinheiro para eles, nada mais d que isso.
    No âmbito interno, artistas que fizeram sucesso no passado, e que hoje estão decandentes e envelhecidos, compram briga pública com blogueiros de sucesso, para contiuar em evidência na “mídia”(sorry).
    De minha parte, já alertei, e digo novamente, para que os leitores deste blog não fiquem enchendo a bola de tais pessoas. Se são fãs de chico buaraque e de caetano, comprem e ouçam seus discos do tempo em que eles eram músicos inspirados, mas não alimentem polêmica com eles, por favor!

  • luiz

    -

    16/12/2010 às 15:18

    Yara vc é tudo isso e é uma diletante, eu completo, do latim, ou talvez grego, deleite, que age pra deleitar-se, ou por mero prazer, enqto Caetano, um profissional das letras, um psiquiatra da música, este sim um profissional da vida, porque sentiu sabores estranhos, merece-se o dom da razão, o dom de ter razão. E nós somos meros ignorantes piscóticos vítimas de nós mesmos. Olavo Carvalho disse no seu blog que a nossa cultura chegou a um nível tão baixo que nem mais somos capazes de sentir falta da boa cultura.

  • José Carlos

    -

    16/12/2010 às 15:17

    Reinaldo, desculpe por abordar assunto de outro tópico, mas é muito importante.

    Já havia alertado ontem. A turma derrotada no STF na questão da Lei da Anistia não se dará por vencida facilmente.
    Como disse aqui, uma ala minoritária de especialistas em direito internacional público, capitaneada pelo prof. Luiz Flávio Gomes (dono da Rede LFG - ensino jurídico via satélite), vai fazer muito barulho. E já começaram. Hoje, o Sr. Luiz Flávio Gomes já escreveu artigo condenando as declarações dadas por Peluzzo, afirmando que o STF deverá cumprir a decisão da CIDH. E fará isso diuturnamente, até que o STF reveja sua posição (não duvide, ele tem grande poder nas mãos na área jurídica, fará grande lobby).
    Os (fraquíssimos) argumentos dele estão aqui, no segundo artigo que escreveu:
    http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=201012161204147

  • indignado

    -

    16/12/2010 às 15:16

    Você quer dizer Caetano Seboso.

  • Jota

    -

    16/12/2010 às 15:16

    Talvez o que esteja faltando, como diz Yara, seja justamente olharmos o lado prosaico e prático das coisas.

    Assim sendo, quando, no futuro, olharmos para a figura de Lula, poderemos “apenas achar que estivemos diante de um governante ruim e incompetente” - e não diante da lenda-viva que pinta o lulopetismo.

    O perigo é o homem morrer durante o interregno Dilma… aí vamos ver uma profusão incrível de Avenidas, Estádios, Escolas e Aeroportos Luiz Inácio da Silva sendo inaugurados ou rebatizados Brasil afora, ou quem sabe encomendem à alguma megaempreiteira a construção superfaruda de um memorial Lula à Nieymeier em Brasília para rivalizar em tamanho e visibilidade com o de JK, é claro. Ou talvez mudem o nome da cidade de São Bernardo do Campo para Lulópolis. Não duvidem do que essa gente é capaz.

  • anônima-RJ

    -

    16/12/2010 às 15:14

    Esta menina, Yara, coloca Chico e Caetano no bolso: em inteligência, estilo, escrita, conteúdo, maturidade…
    Coitados!!!

  • Sandra

    -

    16/12/2010 às 15:12

    Caetano é muito talentoso, mas não para discutir com a Yara. Ela argumenta com sutileza ímpar.

  • Simone Miranda

    -

    16/12/2010 às 15:10

    Yara Chiara!!!!!
    Quem é você?????
    Nossa!! Me desculpe, mas morri de inveja do seu texto(no bom sentido hh). Queria saber escrever assim, além de compactuar com tudo o que escreveste. Parabéns. Bom final de semana, e bom natal também
    Abç

  • Lilyane

    -

    16/12/2010 às 15:09

    Comprei o livro quando foi lançado e achei horrível. Melhor dizendo, achei que eu não tinha capacidade de entender a linha de raciocínio do personagem, e portanto, do autor. Preciso reavaliar meu grau de auto-estima e de capacidade de interpretar textos. Yara Chiara, você não tem idéia do quanto me ajudou nesse processo.

  • leo

    -

    16/12/2010 às 15:09

    Caetano, não se indisponha com a Yarinha que vc perde feio.
    Aproveita outra obra do seu amigo Chico para salvar tua pele: Cálice!!!!

  • gustavo de minas gerais

    -

    16/12/2010 às 15:07

    …deixa pra lá sua boba,
    ela (a cae) é uma vaca de divinas tetas deixando seu leite derramado pro xico bento dezesseis beber…
    um socorro tardio ao dilema buarqueano de se tornar algo próximo de machado… quando sua música já esquecida mofa nas prateleiras do esquecimento… eles querem ser pensadores mas não sabem para onde irem… se pegam uma carona na fama de Gadú (é com acento sim, e daí?), se correm para os braços torneirantes “de graxados” do lulismo ou se benzem no sangue derramado de milhares de cubanos dizimados…

    o legado dessa gente se perdeu na egolatrina… que o tempo deu a descarga…
    .
    agora minha cara, eles (esses bostas intelectuais) falam fino diante de uma ditadura sindical…
    agora minha cara, eles falam grosso diante de um jabuti indefeso…

    eles não têm saída, eles precisam disso…

  • José de Arimatéia

    -

    16/12/2010 às 15:01

    Repito: caetano sabe é rebolar.

  • Vânia Cavalcanti

    -

    16/12/2010 às 15:01

    (Reinaldo, com licença…)

    Olá, Yara Chiara!
    Oh, brava menina linda que não conheço e admiro, sejamos míopes, cabeçudos, procaicos e condenados ao lado prático das coisas e, acima de tudo, não caetaneemos, mas chiaremos. Palmas!

  • Malur

    -

    16/12/2010 às 14:59

    Yara, você é mesmo uma diaba. Foi incomodar justamente o leãozinho. O coraçãozinho dele não aprova maldades com os amigos, como não aprovou as vaias ao superhipermega ataque de estrelismo de João Gilberto, num show em São Paulo.Alguém se lembra?

  • Lucas

    -

    16/12/2010 às 14:53

    A referência a “Papéis do Pentágono, por NOam Chomski” está correta? Penso que não…

  • Romano

    -

    16/12/2010 às 14:47

    Será que em Banania algum esquerdopata conseguirá traduzir para o Caetano o que a Yara escreveu?…

  • Lourdes Regina

    -

    16/12/2010 às 14:42

    A mediocridade se disseminou pela cultura brasileira. Nossos escritores do passado nunca nos pareceram tão bons.

  • Ricardo

    -

    16/12/2010 às 14:42

    Será que chico “leblon” Buarque, já leu “O apanhador no campo de centeio” ???

  • Ricardo

    -

    16/12/2010 às 14:40

    XXiii !!! agora mesmo que Cae e Chico, não vão enteder !!!

  • gilmar

    -

    16/12/2010 às 14:39

    Reinaldo o Caetano deve gostar de apanhar , quanto mais ele abre a boca mais apanha e nessa ele ja apanhou mais que o chico o esquerdista de beira de piscina como vc disse, a musica destes dois e uma chossa nossa musica melhorou muito desde o tempos destes e não foi por eles pois cantores e compositores muito melhores surgiram.Nada de util fizeram pela país e se acham no direito de julgar quem não gosta de seus trabalhos como todos os ptralhas o fazem, como vc disse a ditadora ja a passou a 25 anos e eles deveriam ter ido junto, essa nação os agradeceria muito mais.Quanto a opinião da Yara esta dez é isso que deve ter deixado eles irritados elaq escreve melhor que eles e esta isufrindo de um direito que consta em nossa carta e não precisa da autorização deles.

  • Sandra

    -

    16/12/2010 às 14:39

    Caetano, desculpe-me, mas Yara também nasceu para ser a super-bacana! E Reinaldo também!
    Não li Budapeste. Parei em Estorvo, que achei um HORROR!!!!

  • Moisés Carvalho

    -

    16/12/2010 às 14:39

    Uai. Caetano se intimidou com o dono do blog e foi atacar leitores?
    Sorte dele que nesse blog a fala é mais mansa.

    Tô loco pro Olavo de Carvalho entrar no debate.
    Aí a humilhação é certa. Não se trata porcaria com delicadezas. Esses lixos, Caetano e Chico têm que ter o tratamento que merecem.

  • Ricco Ricardo
  • Ricco Ricardo

    -

    16/12/2010 às 14:38

    Sério mesmo. Prefiro um gibi da Mônica a ler um romance de qualquer Chico. Prefiro o barulhinho da chuva a qualquer disco modorrento de uns ‘inventores do rock no Brasil’, ou, de novo, um Chico qualquer. Prefiro ensinamentos de Buda (não o de ‘peste’) ou um Ghandi, a um Che qualquer. Preferências…

  • antonio

    -

    16/12/2010 às 14:29

    continuando…
    Curiosamente, o ultimo disco do caetano que ouvi chamava-se livro. Curiosamente é como Budapeste. Não devia ser aberto.

  • Mauricio

    -

    16/12/2010 às 14:29

    Yara, eu também, quando li “Budapeste, achei que estava apenas diante de um romance sofrível.

  • antonio

    -

    16/12/2010 às 14:28

    o que faz um livro, é a diferença que ele faz em voce.
    Budapeste, lido, nada acrescentou. Foi indiferente.
    Agora a essa turminha quer dizer até o que voce tem que gostar. Viva o Chico, sim, o compositor e músico. e basta.

  • SelSil

    -

    16/12/2010 às 14:28

    Yara
    Arrasou!

    “Se todos fossem
    Iguais a você
    Que maravilha viver
    Uma canção pelo ar
    Uma mulher a cantar
    Uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedir
    A beleza de amar
    Como o sol, como a flor, como a luz
    Amar sem mentir, nem sofrer

    Existiria a verdade
    Verdade que ninguém vê
    Se todos fossem no mundo iguais a você”

    Tom Jobim e Vinicius de Moraes

  • Blumenau

    -

    16/12/2010 às 14:28

    Rei.
    O caetano não merece tanta delicadeza,pois elle não percebe a grossura de baixa intensidade que envolve sua alma.Orgulhoso e prepotente.Elle devia ter apanhado mais daquela ex esposa Paula não sei de que.Paulada na moleira.
    Yara,parabéns,escolha melhor seus livros e discos,e fique só com os bons.

  • Carlos

    -

    16/12/2010 às 14:23

    Ninguém é tão eficiente quanto a esquerda no tal patrulhamento ideológico.

    Chico, Lula, Caetano, Chavez, Evo, Che, Fidel…, são tudo “incriticáveis” vacas sagradas.

    Se alguém falar um “ai”, eles já te picham dos mais variados adjetivos tão caros ao vocabulário esquerdóide, tais como: reacionário, conservador, elite burguesa…
    Essas besteiras que a esquerda têm como sapiência.

  • elizio

    -

    16/12/2010 às 14:23

    Caro Reinaldo:
    penso que daqui mais uns dias, não conseguirei acompanhar a linhagem do seu blog.
    O nível de assuntos, comentários, formas de pensar, acredito não poder mais acompanhar.
    Trocando em miúdos, excepcional texto (no sentido de excelente), dentro de minha forma de pensar: conseguiu colocar o Corcunda de Notre Dame no papel de Cinderela.

  • Anouk

    -

    16/12/2010 às 14:14

    Excelente! A sua nao resposta Yara, foi a melhor resposta que Caetano recebeu nos últimos 68 anos. Essa menina só me dá orgulho. Rssss… Beijos.

  • Jota

    -

    16/12/2010 às 14:03

    Parabenizo Yara pelo texto!

    Realmente vivemos um tempo estranho, onde parece que virou tabu, crime, pecado ou preconceito criticar Chico Buarque, Caetano Veloso, Lula ou alguma outra figura mítica criada, admirada, ou venerada pela esquerda. Ao invés de discutir honestamente os fatos, os esquerdistas partem para a desqualificação de quem os critica.

    Criticas fazem parte de uma sociedade livre e democrática. Ou alguém acha que algum cidadão chinês pode criticar publica e livremente seu governo, sem maiores consequências?

    Dizer que Chico não merece o Jabuti, que seu livro não é tão bom assim, que Lula não é o maior governante desde Tomé de Souza, virou sinônimo de ser alienado, desqualificado, reacionário ou mal intencionado.

  • Gustavo Silva

    -

    16/12/2010 às 14:02

    Não entendo porque Yara se sente diminuída frente a Caetano Veloso, aquele que Paulo Francis descreveu (com imensa exatidão) como “pajé doce e maltrapilho”. Caetano Veloso é um compositor de algum talento, alçado à condição de celebridade por uma imprensa que transformou o Brasil em uma imensa “Revista do Rádio”. Mais nada. E haja nada …

  • irredutibilidade da sustentabilidade

    -

    16/12/2010 às 14:00

    vocês dão muito crédito para esses “bichos-grilo”

  • Atento

    -

    16/12/2010 às 13:58

    “Eu achei que havia apenas encontrado um romance ruim.”

    Ótima! E o restante do parágrafo, sempre em tom de modéstia, arrebenta com a empáfia prolixa de Caetano.

    Mandou bem, Yara!!!

  • Guinevere

    -

    16/12/2010 às 13:54

    Budapeste é um livro chatésimo. Só li completo para nao perder o meu dinheiro. E também para ver se pelo menos ao final tinha algo bom, mas, nao houve jeito.

  • gaúcha indignada

    -

    16/12/2010 às 13:52

    O Caetano é tão ignorante quanto o Chico. Quem disse que eles entendem de literatura? Vergonha! Sambista, devolve o JABUTI AFANADO! CHEGA DE MARACUTAIA!

  • Cris Azevedo

    -

    16/12/2010 às 13:47

    Pensei em chamar sua atenção, mas depois achei que nem iria precisar. Tinha certeza de que vc daria destaque à resposta da Yara! É isso aí.




  • LAST

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