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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

#politica : PSOL denuncia propaganda eleitoral que imita cartão de crédito

Letícia Vieira

Os organizadores da campanha do candidato a governador do Rio pelo PSOL, Jefferson Moura, entregaram ontem ao chefe da fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho, uma denúncia sobre irregularidades na propaganda do deputado estadual e candidato à reeleição Fábio Silva (PR).

Fábio mandou a eleitores uma correspondência com um santinho semelhante a um cartão de crédito, chamado de “Votocard”. Na parte de trás, foi estampado o nome e o número de votação do candi$e de seus aliados: Eduardo Cunha, Jorge Picciani, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff.

Em debate na segunda-feira, o candidato Jefferson Moura acusou Sérgio Cabral de enviar o “Votocard”. Para Moura, a propaganda induz o eleitor a pensar que o voto pode ser comprado.

— A pessoa recebe o cartão com seu nome em alto relevo. Isso faz com que os eleitores pensem que o voto tem preço. Minha sogra tem 60 anos e, quando viu o santinho, achou que fosse um cartão de crédito — afirmou.

No debate, Sérgio Cabral negou envolvimento de sua campanha com o “Votocard”. O idealizador da propaganda, o candidato Fábio Silva, afirmou que não houve intenção de desvirtuar a função do voto.

— Foi uma peça de propaganda eleitoral criativa. Esse cartão não tem serventia, não pode ser caracterizado como brinde. Ele (Jefferson Moura) só está fazendo isso para atingir o governador — disse.

Além da denúncia do PSOL, o chefe da fiscalização do TRE recebeu outra reclamação de um eleitor sobre a propaganda.

— Vou analisar as denúncias e encaminhá-las para a Procuradoria Regional Eleitoral, que pode oferecer representação contra os candidatos — explicou o juiz.


‘Votocard Gold’ vai ter que sair de circulação

TRE manda recolher propaganda distribuída para eleitores em forma de cartão de crédito

Rio - A Justiça Eleitoral vai notificar os responsáveis pela distribuição do Votocard Gold, material semelhante a um cartão de crédito usado para pedir votos para o deputado estadual Fábio Silva (PR), o federal Eduardo Cunha (PMDB) e o governador Sérgio Cabral (PMDB), além dos candidatos a senador Jorge Picciani (PMDB) e a presidente, Dilma Rousseff (PT). O juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho mandou suspender a distribuição dos cartões e recolher todo o material que ainda não tenha sido distribuído. O caso vai ser encaminhado ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para investigação.

A distribuição dos cartões foi denunciada pelo candidato a governador Jefferson Moura (PSOL) durante debate na noite de segunda-feira, na Rede Record. A sogra de Moura, Creusa de Abreu Costa, foi uma das eleitoras que recebeu o Votocard pelo Correio, e o PSOL denunciou o caso ontem à Justiça Eleitoral.

‘POVO MERECE RESPEITO’

Apesar de não dar qualquer valor em troca do voto, o material pode confundir o eleitor. O “cartão de crédito eleitoral” tem até limite — “Do tamanho do país que você quer” — e data de validade: “01/2015”. Tem ainda o nome do eleitor gravado em alto relevo. Na parte de baixo, traz o bordão usado por Eduardo Cunha no horário eleitoral: “Afinal de contas o nosso povo merece respeito”.

No verso, aparece a chamada cola com a ordem de votação na urna: deputado estadual (Silva), federal (Cunha), senador (Picciani), governador (Cabral) e presidente (Dilma). E o conselho: “Use o crédito e cobre depois o resultado”.

Cabral negou, durante o debate, que o cartão tenha sido produzido por sua campanha. A assessoria de Picciani também negou que o candidato ao Senado tenha produzido o material. Eduardo Cunha afirmou que sabia da existência do material, que, segundo ele, foi confeccionado pela campanha de Fábio Silva. “É uma propaganda eleitoral criativa, que não tem nada demais. Não é um brinde porque não tem uso após a eleição”, disse o deputado.

Morador da Abolição, o autônomo André Luiz da Silva Lira, 27 anos, recebeu dois cartões Votocard pelo Correio. Ele chegou a acreditar que se tratava de um cartão de crédito. “Achei um absurdo. Como é que eles conseguiram meu nome completo e endereço? Primeiro, achei que era um cartão de crédito e pensei em usar. Depois, achei que precisava levar isso (o cartão) para votar”, disse André.

Procurado por O DIA ontem, Fábio Silva não retornou as ligações. A assessoria de imprensa da candidata Dilma informou que apenas o coordenador da campanha, José Eduardo Dutra, poderia falar sobre o caso. José Eduardo não foi encontrado.



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