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sábado, 28 de agosto de 2010

Favoritismo leva Dilma a brincar de esconde-esconde


Danilo Verpa/Folha



É curioso o burburinho que se ouve ao redor de Dilma Rousseff. Carregada por Lula, ela se tornou um portento eleitoral.



As pesquisas informam que, em sua primeiríssima eleição, Dilma está na bica de impor a José Serra, político rodado, uma surra homérica.



Um observador incauto poderia supor que, em alta, Dilma deslizaria sobre o ringue com desenvoltura ainda maior. Engano.



Os operadores da campanha da pupila de Lula querem agora reduzir-lhe a taxa de exposição. Dito de outro modo: querem esconder Dilma.



O jogo de esconde-esconde passa pela redução do número de viagens e eventos públicos. “Exposição” pra valer, só na bolha da propaganda de TV.



Por quê? Deseja-se retirar da trilha da candidata o risco do tropeço. À platéia foi reservado o papel de tola. Por ora, os tolos dividem-se em dois grupos.



Há os que duvidam de tudo. Poucos, muito poucos, pouquíssimos. E há os que não duvidam de nada. Muitíssimos.



Nunca antes na história desse país os comitês eleitorais estiveram tão dominados por pretensos especialistas.



Eles têm o privilégio de tudo saber. Os outros? Dispõe de prerrogativa inversa, a de tudo ignorar.



Submetida ao filtro do marketing político, uma forca pode ganhar a aparência de um instrumento de cordas.



Na quadra atual, a marquetagem já fez de um candidato de oposição um situacionista de ocasião.



Uma candidata de cara lisa e prosa tecnicista ganhou barba grisalha e a lábia solta de um língua presa.



O que importa não é a eleição do melhor candidato. Deseja-se impor ao eleitorado a vitória da encenação mais competente.




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