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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Delegado Edson Moreira: '#Bruno é um monstro pelo que fez com Eliza'


Policial conta detalhes do crime cometido em Minas Gerais e solta o verbo: 'Este crime é realmente chocante'

Belo Horizonte (MG) - Em entrevista coletiva, realizada nesta quinta-feira em Belo Horizonte, o delegado Edson Moreira, um dos responsáveis pelo Departamento de Investigação de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou que o goleiro Bruno é um monstro pelo que fez com Eliza Samudio. "Este crime é realmente chocante. Um ídolo de um grande time e um monstro pelo que fez com ela (Eliza Samudio)", disse Edson Moreira.

Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
Delegado Wagner Pinto (E) e Dr. Edson Moreira, chefe do departamento de investigação, durante entrevista coletiva | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia

O delegado afirmou também que agora sim a polícia pode considerar que a estudante esteja morta. "A materialidade indireta está comprovada. Agora sim podemos dizer que a Eliza está morta", completou.

Delegado conta detalhes do assassinato

Demonstrando estar emocionado, o delegado Edson Moreira contou detalhes do crime. Ele afirmou que Eliza foi morta com requintes de crueldade e que 80% do que foi dito pelo menor J., apreendido na casa de Bruno no Recreio dos Bandeirantes, pode ser considerado verdade.

Na versão da polícia de Minas, Eliza foi estrangulada, asfixiada, morta e ainda teve o corpo desovado. O responsável direto pela morte foi o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Marquinhos Paulista ou Bola - ele teria beijado, cheirado as mãos de Eliza e, em seguida, amarrou os braços da jovem para trás dando uma gravata.

Antes de morrer, Eliza apanhou muito e chorava compulsivamente. Poucos antes de morrer, disse: 'Não aguento mais apanhar'. Marquinhos Paulista teria respondido: ' você não vai apanhar mais, você vai morrer'. Após o crime, o ex-policial teria jogado partes do corpo para um cão Rottweiler.

Foto: João Laet / Agência O Dia
Bruno ao chegar na Delegacia de Homicídios, na Barra. Ele não prestou depoimento | Foto: João Laet / Agência O Dia

As investigações mostram que Bruno estava na casa de Marquinhos paulista na hora da execução de Eliza e saiu para beber cerveja logo após o crime. O filho de Eliza e Bruno, Bruninho, presenciou o crime na casa de Marquinhos Paulista, no município Vespaziano. No período em que manteve Eliza em cárcere privado, o goleiro mandava a jovem ligar para as amigas e dizer que estava tudo bem - ele usava um aparelho de som que ficava próximo à piscina em volume máximo para parecer que a ex-amante estava em uma festa.

Participação de Dayanne fica para depois

A polícia acredita que no dia em que as autoridades estiveram na casa de Marquinhos Paulista, na tarde de quarta-feira, uma pessoa estava na casa e teria fugido após perceber a movimentação policial - a pia desmonstrava uso recente e a janela estava aberta. O delegado Edson Moreira disse ainda que durante as investigações a polícia vai descobrir outros pontos onde o restos mortais podem ter sido jogados.

Perguntado sobre o destino de Dayanne de Souza, esposa de Bruno, que continua presa em Belo Horizonte, Edson Moreira não quis dar mais detlahes. "Sobre a Dayanne vamos ver isso depois. Agora é a hora de olharmos para os outros", disse o delegado.

Bruno e Macarrão vão para Bangu

Bruno e Macarrão passaram a noite em celas separadas na Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Eles dormiram em colchões e com cobertores levados por seus advogados. Ele não comeram nada durante a noite e, antes de dormir, ainda conversou sobre futebol com policiais. Após ter o pedido de transferência para Minas Gerais negada, a dupla será transferida para o presídio de Bangu 2, em Bangu, na Zona Oeste. Um avião da Polícia Civil está no aeroporto Santos Dumont caso a Justiça dê parecer favorável à transferência deles.

Foto: Carlos Moraes / Agência O  Dia
Avião da Polícia Civil está à disposição para levar Bruno e Macarrão para Minas Gerais | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa. Contudo, foi colocada em liberdade logo depois. O bebê foi entregue ao avô materno. O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.


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