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quinta-feira, 8 de julho de 2010

#casobruno Delegado: intenção era matar também filho de Eliza


08 de julho de 2010 17h15 atualizado às 18h14


O goleiro Bruno segura uma bíblia ao ser transferido para Bangu II  Foto: Severino Silva/O Dia

O goleiro Bruno segura uma Bíblia ao ser transferido para Bangu II
Foto: Severino Silva/O Dia


Ney Rubens
Direto de Belo Horizonte

O delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, disse nesta quinta-feira que a intenção inicial dos assassinos de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, do Flamengo, era matar também o filho, de 4 meses. Segundo depoimento de Sérgio Rosa Sales (conhecido como Camelo), também primo do atleta, que foi preso, foi Bruno quem desistiu do assassinato do bebê. "Talvez a intenção fosse mesmo matar a criança, por isso ela foi levada para o local da execução", disse o delegado.

O delegado afirmou ainda que o crime foi premeditado, já que Bruno teria feito uma "saída estratégica" do sítio em Esmeraldas. De acordo com Moreira, na noite do dia 8 de junho, por volta das 19h30, Bruno saiu da propriedade em um Fiat Uno prata, que pertence a Flavinho, que presta serviços ao jogador no sítio.

Mais tarde, um Ecosport deixou o local com Luis Henrique Romão, Macarrão, o adolescente de 17 anos, Eliza e o bebê. Ela teria sido iludida, segundo o delegado, com a promessa que iria para um apartamento. No meio do caminho para a casa do ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos, que fazia segurança para o jogador, em Vespasiano, também na região metropolitana, Bruno teria embarcado na Ecosport.

O ex-policial, em uma moto, teria escoltado então o veículo até sua casa, onde Eliza foi morta, segundo a investigação. O Ecosport foi apreendido e está no Instituto de Criminalística para perícia. O delegado disse que o carro está em nome de terceiros.

Participação da mulher de Bruno
O delegado afirmou que a participação de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, que está presa, é investigada. Segundo Moreira, ela não estava na casa em Vespasiano, onde Eliza teria sido morta.

De acordo com depoimento dos caseiros do sítio, Dayanne estava no sítio entre 5 e 9 de junho. Sérgio Rosa Sales, em depoimento, disse que a mulher de Bruno não estava na propriedade. "Quem estiver mentindo, vai responder por falso testemunho", disse Moreira.

Advogado invade coletiva
Ércio Quaresma, advogado de Bruno em Minas Gerais, invadiu a coletiva no DIHPP gritando que ainda não teve acesso ao inquérito. O delegado Moreira disse que a conduta de Quaresma não condizia com a de um "profissional do Direito" e mandou policiais o retirarem do prédio.

O caso
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncia anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em depoimento, admitiu participação no crime. Segundo o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, o menor apreendido relatou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, estrangulou Eliza até a morte e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. Segundo o delegado, no dia do crime, o goleiro saiu do sítio com Eliza e voltou sem ela, o que indicaria que o goleiro presenciou a ação.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Os três negam participação no desaparecimento. A versão do goleiro e da mulher é de que Eliza abandonou o filho. No dia 8, a avó materna obteve a guarda judicial da criança.



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