[Valid Atom 1.0]

domingo, 11 de abril de 2010

Vítimas de enchentes pelo país relatam como vivem após tragédia


FABIO RODRIGUES
da Reportagem Local

As imagens do cenário de destruição causadas pelas chuvas no Rio de Janeiro trazem de volta a dolorosa lembrança de quem já vivenciou situação semelhante. O trauma ainda é permanente na vida de Geni Mendonça, 41.

Moradora na cidade de Gaspar (SC), a catarinense perdeu a casa e sete membros da família por conta de um deslizamento ocorrido em 2008. "O morro desmoronou e levou tudo, minha cunhada, duas sobrinhas, dois filhos de uma delas, minha filha de 14 anos e o namorado. Esse drama não passa nunca", conta, emocionada.

Naquele ano, os temporais que atingiram o Estado provocaram a morte de 135 pessoas. Ao todo, 85 cidades decretaram situação de emergência, e outras 14 decretaram estado de calamidade pública. Geni, que possuía imóvel próprio, hoje mora de aluguel. Diarista, ela sustenta sozinha outros três filhos.

"Ficamos sem nada, saímos só com as roupas do corpo e ficamos na casa do meu irmão. Só Deus para me dar forças. Eu não tinha mais chão e dizia que não tinha mais nada para acontecer comigo, porque tudo de ruim já tinha acontecido", lembra a catarinense.

Outro que ficou sem casa foi Vitalino Carmo das Virgens, 50. Ele morava no morro do Bulé, em Angra dos Reis (RJ), onde um deslizamento destruiu moradias e deixou dez vítimas em janeiro último. As fortes chuvas que atingiram o município mataram mais de 50 pessoas.

A família de Vitalino e outros moradores conseguiram se salvar, pois foram retirados da área de risco a tempo pela Defesa Civil. "Meus pais e meus irmãos também perderam suas casas, foi uma tragédia, um acontecimento muito triste", relembra.

Atualmente, Vitalino recebe um auxílio de R$ 510,00 da prefeitura da cidade para pagar o aluguel enquanto aguarda a reconstrução de uma nova moradia.



๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑







LAST





Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters