[Valid Atom 1.0]

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

“O maior pico foi de 10 mil carros em uma hora”, diz gerente de pedágio



EDUARDO ZANELATO - 07/01/2010 - 10:02

Mãe de dois filhos se divide entre a casa, na Baixada Santista, e o dia a dia de uma das maiores praças de pedágio de São Paulo


Juliana Pereira da Cruz, Gerente de Praça de Pedágio, 31 anos, três de profissão.

Renato Stockler
Juliana não pediu autógrafo para Fábio Assunção e ignorou Paulo Vilhena: "Nem sequer deu boa-noite"

Comecei no pedágio há três anos, como arrecadadora. Fui chamada para trabalhar na alta temporada, a partir de outubro. Agora, sou controladora da praça, uma espécie de gerente do pedágio. Trabalho das 6h20 às 14h45 chefiando uma equipe de 14 pessoas nos dias de semana. Nos finais de semana e feriados, o número pula para 60. É o necessário para dar conta dos 3 mil carros que passam por hora nesses dias.

Muitos famosos passam por aqui, vários na minha cabine. O Fábio Assunção, por exemplo, foi muito educado, simpático. A menina da cabine ao lado até desceu para pedir autógrafo. Não pedi, pois não gosto de incomodar. Passou também o Paulo Vilhena. Esse fingi que não reconheci, porque ele nem sequer deu um boa-noite. Passou a Caroline Bittencourt, aquela modelo. Ela foi simpática, até porque estava sem dinheiro. Eu disse que aceitava cheque, ela se surpreendeu, pagou e foi embora feliz.

Não aceitamos cartões. Quando a pessoa não tem dinheiro nem cheque, analisamos a situação e podemos abrir uma exceção. Emitimos um boleto com os dados que o usuário fornece e ele tem três dias úteis para efetuar o pagamento. Mas geralmente o usuário dá um jeitinho e acha o dinheiro perdido no carro ou na bolsa. Ou passa um cheque. Só não vale pré-datado (risos).



Uma vez ajudei a socorrer uma moça que estava apanhando do namorado (risos). Era noite e estava uma neblina muito forte. Só consegui ver uma pessoa correndo no meio da pista. Depois de prestar socorro, chamar a família e a polícia, soubemos que ela estava indo com o namorado para a praia e, buscando sinceridade no relacionamento, contou que tinha traído o parceiro. Ela quis desabafar, e ele não aceitou. Esse dia foi bem complicado.

O maior pico de movimento, desde que comecei, foi de 10 mil carros em uma hora. Quem está de fora não tem noção do que passa por aqui. É carro pra caramba. Os dias mais críticos são 30 e 31 de dezembro. Já virei o ano trabalhando na praça de São Vicente. Deu 23h30 e esvaziou, ficou sem ninguém. Mal terminaram os fogos e vi os faróis chegando. À 0h10, a praça já estava cheia de carros voltando. A gente nem pôde comemorar muito.



Sulamérica Trânsito












LAST






Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters