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domingo, 27 de setembro de 2009

Metrô de SP desapropria 370 imóveis de 4 bairros nobres

Por AE

São Paulo - A Rua Rita Joana de Sousa, no Brooklin, é um daqueles oásis no meio da São Paulo caótica e de trânsito infernal. Residencial, estreita, com sobrados da década de 1960 e bem arborizada, a via tem seus quatro quarteirões cercados pelos corredores quase sempre congestionados das Avenidas Santo Amaro e Vereador José Diniz. Nessa rua moram há três décadas os vizinhos Mirella Munhoz, secretária de 50 anos, e José David, aposentado de 72. Em fevereiro, Mirella e outros moradores da rua foram surpreendidos com cartas da Companhia do Metropolitano (Metrô), informando os proprietários que teriam as casas desapropriadas. Os meses se passaram e David nunca recebeu a notificação.

Mirella vive hoje a angústia de não saber o quanto vai receber pela casa que nunca quis vender. Já David não quer ser remanescente em uma rua que se tornará um pátio para caminhões por três anos. Mas ambos concordam que a chegada do metrô vai valorizar ainda mais a região e ajudará a desafogar o tráfego. Os vizinhos do Brooklin estão em um momento de dúvidas e de apreensão, que também é vivido por centenas de moradores de quatro bairros nobres da zona sul, por onde vai passar a Linha 5-Lilás. As obras de expansão começaram há 40 dias e devem durar até o segundo semestre de 2012. Segundo o Metrô, as casas que não foram desapropriadas e estão localizadas próximas das futuras obras serão monitoradas por técnicos diariamente. Eventuais rachaduras e danos nos imóveis serão reparados.

Serão desapropriados, até março, 370 imóveis, totalizando uma área equivalente a 20 campos de futebol, nas regiões de Moema, Alto da Boa Vista, Campo Belo e Brooklin. Nos quarteirões vizinhos das futuras estações, dezenas de famílias que não receberam os avisos de remoção agora temem dividir o muro com as obras. Quando ficar pronta, porém, a linha deve valorizar em até 50% as casas e os apartamentos ao longo da Avenida Santo Amaro - segundo previsão do mercado imobiliário, que já usa a chegada do transporte como principal atrativo para vender novos empreendimentos.

De loja de colchões e lanchonetes a vilas de casas antigas, as desapropriações vão atingir 53 terrenos ao longo da Avenida Santo Amaro e nas quadras vizinhas. Na sequência, o traçado se curva na direção da Avenida Ibirapuera, em Moema, onde donos de lojas de móveis e de concessionárias de carros já informam os clientes sobre a futura mudança. Mas é nas partes residenciais que a vinda do Metrô causa mais incertezas.

Há moradores antigos que nem estão dispostos a aguardar a chegada dos trens. O receio de transtornos causados pelo barulho de britadeiras e de explosões subterrâneas já faz dezenas de famílias programarem uma mudança temporária das casas, fazendo explodir a oferta de imóveis para locação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.








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