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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Eu queria tomar um banho com aquele petróleo", diz Lula em MG

03/09/2008 - 23h20


Rayder Bragon
Especial para o UOL
Em Belo Horizonte
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou evento em Belo Horizonte nesta quarta-feira (03) para ressaltar mais uma vez a importância da descoberta da camada do pré-sal para o futuro do Brasil. Lula disse que a Petrobras deverá concentrar esforços para exportar os produtos derivados do petróleo retirado do local e não simplesmente comercializar o produto cru com outros países. Lula deu continuidade ao show de frases da véspera sobre a exploração do petróleo.

Lula não escondeu sua felicidade pelo início das atividades do campo de Jubarte, localizado no Espírito Santo e disse que sentiu vontade experimentar na pele o petróleo prospectado do local. Na terça (02), o presidente esteve no campo petrolífero e, em cerimônia que marcou o início simbólico da extração, havia sujado as mãos com a primeira remessa do campo, que será utilizado como base de estudos para a viabilidade da camada pré-sal.

"Eu na verdade queria tomar um banho com aquele petróleo", disse Lula.

Ao atrelar o lucro que o país terá com a retirada do petróleo ao resgate de "dívida secular com os pobres", Lula condicionou a retirada do produto a um avanço nas políticas sociais e elegeu a educação como prioridade para a aplicação dos recursos obtidos com a comercialização do petróleo a ser retirado dos poços da camada pré-sal.

Falando de improviso, o presidente ainda aproveitou revelou a construção de 5 refinarias destinadas a extrair o produto.

Lula ainda determinou ao grupo interministerial que cuidará do pré-sal para se ater a essas condicionantes no desenrolar dos estudos e da viabilidade da descoberta.

Oficialmente, a presença de Lula fora programada para entregar carrinhos elétricos destinados a catadores de material reciclável no 7º Festival Lixo e Cidadania, em Belo Horizonte, mas ficou como pano de fundo em evento que contou com a presença de Dilma Rousseff, da Casa Civil, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marcio Fortes (Cidades) e Luiz Dulci (Secretária Geral da Presidência). O grupo e a platéia formada por catadores de papel escutaram um Lula bem-humorado, que elogiou o esforço e a tecnologia empregados no campo inaugurado por ele.

"Eu tenho medo de piscina, (agora) imagina descer 1.400 metros de água, depois furar mais 3.000 metros de rocha, depois furar uma camada de 400 metros de sal e trazer petróleo. Eu digo em todo lugar que eu vou que o buraco é tão fundo que qualquer dia a Petrobras vai trazer um japonesinho na broca. Eu fiquei muito orgulhoso de saber que temos uma engenharia capaz de fazer isso", disse Lula.

Lula ainda descreveu para a platéia a sensação do contato com o petróleo de Jubarte.

"Eu fui lá ver e botei a mão. Se vocês soubessem a sensação de botar a mão numa coisa tirada 4.000 do fundo do mar. Eu sujei o macacão da Dilma (Roussef - ministra da Casa Civil) e do (Edison) Lobão (Minas e Energia)", disse o presidente.

Inimigos do pré-sal
O presidente ainda revelou a sua contrariedade com críticos do pré-sal ao ler notícias veiculadas na imprensa que deram conta de possíveis entraves na extração do petróleo da camada, mas usou ditado popular para encerrar a discussão.

"Cheguei em casa ontem e a televisão estava falando do pré-sal, foi bonito, mas teve uma segunda parte na qual colocaram pessoas para criticar o projeto. Porque tanta má vontade com o país, mas há um ditado que diz que para baixo todo santo ajuda, e o a perfuração é para baixo", ensinou Lula.

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