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terça-feira, 17 de junho de 2008

Perita diz que local da morte de Isabella foi bem preservado

Portal Terra

SÃO PAULO - A perita Rosângela Monteiro afirmou que o local da morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, foi 'um dos mais bem preservados' que ela viu em sua carreira.
( MINHA NOSSA SRA. DE APARECIDA DO NORTE !!!! IMAGINEM OS OUTROS CASOS, DÁ ATÉ MEDO!SOCORROOOOO ! )

A declaração foi dada em depoimento ao juiz Maurício Fossen, no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo.

A perita criminal respondeu à pergunta do advogado de defesa do casal Nardoni, Marco Pólo Levorin, que questionou a retirada da tela de proteção da janela pela qual a menina foi atirada.

Rosângela confirmou todas as constatações presentes no laudo entregue à polícia, entre elas a de que havia sangue humano no carro do casal e na fralda encontrada no apartamento.

De acordo com ela, foi possível apenas constatar tratar-se de sangue humano, pois as amostras não eram suficientes para um exame de DNA. Nem juiz nem promotor questionaram de quem seria o sangue, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, que acompanhou a primeira hora do depoimento.

Depois de Rosângela, prestam depoimento o legista Paulo Sérgio Tiepo Alves, o perito José Antônio de Moraes e a delegada Renata da Silva Pontes.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá acompanham os depoimentos algemados, segundo o Tribunal de Justiça, e os dois não podem recomendar perguntas aos advogados. Na sala, estão os três advogados de defesa do casal, além do promotor Francisco Cembranelli. O casal fica em frente ao juiz Maurício Fossen.

Amanhã, outras 10 testemunhas indicadas pelo Ministério Público prestarão depoimento.

Nacional: Erros cometidos durante a investigação da morte de Isabella

Araraquara, 23 de abril de 2008


1) O local do crime não foi preservado
- O apartamento só foi lacrado pela polícia três dias após a morte da menina, depois que várias pessoas estiveram no local

2) Pedido de prisão temporária
- O pedido da polícia A Justiça considerou que não havia provas suficientes contra Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá e nem indícios de que o casal poderia prejudicar as investigações

3) Divulgação de porcentagem da conclusão da investigação
- Delegados responsáveis pelo caso disseram no dia 9 de abril que 70% do que havia acontecido na noite do crime havia sido descoberto

4) Juízo de valor sobre o caso já no início das investigações
- Horas após o crime, uma delegada chamou Alexandre Nardoni de `assassino". Nesse mesmo dia, o delegado titular do 9º DP Calixto Calil Filho disse não acreditar na versão do casal

5) Roupas, fralda e toalha apreendidas mais de dez dias após o crime
- Além da demora para a apreensão das roupas usadas pela madrasta, uma fralda e uma toalha, onde foram encontrados vestígios de sangue de Isabella, só foram recolhidas do apartamento pela perícia no dia 15 de abril, após terem sido lavadas

6) Decretação de sigilo das investigações
- Quando era questionada de maneira contudente sobre as provas contra o casal, a polícia afirmava que a investigação estava sob sigilo. Por outro lado, divulgava, de maneira velada, informações negativas contra o casal

7) A polícia não procurou os vizinhos dos fundos do edifício London
- Operários e moradores da rua que fica atrás do prédio disseram, 11 dias depois do crime, que não tinham sido procurados para testemunhar. Um pedreiro afirmou à Folha de S.Paulo que a obra em que trabalhava foi arrombada na noite do crime, mas negou a versão à polícia

8) Disputa entre setores da polícia para conduzir inquérito
- Houve uma disputa de bastidores entre os delegados do 9º DP, que queriam ficar com o caso, e parte da cúpula da Polícia Civil, que defendia que o inquérito fosse encaminhado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa)

9) Anúncio de coletiva para divulgação de laudos
- Antes mesmo de anexar os documentos oficialmente ao inquérito da morte de Isabella, convocaram uma entrevista. Depois, tiveram que voltar atrás
Folhapress




Caso Isabella: perita é primeira testemunha a depor

Portal Terra

SÃO PAULO - O depoimento da perita Rosângela Monteiro, teve início às 13h55, no Fórum de Santana. Ela é a primeira das oito testemunhas do caso Isabella Nardoni a serem ouvidas hoje pela Justiça de São Paulo. Amanhã, outras 10 testemunhas indicadas pelo Ministério Público prestarão depoimento.

Depois de Rosângela prestam depoimento o legista Paulo Sérgio Tiepo Alves, o perito José Antônio de Moraes e a delegada Renata da Silva Pontes, segundo informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá chegaram ao Fórum de Santana, às 10h15 e 10h30, respectivamente. Os dois deixaram a Penitenciária Dr. José Augusto Salgado (P-2) e a Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), no início da noite de ontem. Anna Carolina passou a noite na penitenciaria de Santana e Alexandre, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, ambos na capital
paulista.


Tecnologia ajuda a esclarecer caso Isabella?
por Adauri Antunes Barbosa


Laudos técnicos foram fundamentais para formar convicção da polícia sobre envolvimento de pai e madrasta

SÃO PAULO. Nunca se viu tanta tecnologia reunida na apuração de um crime. Todos os conhecimentos e equipamentos disponíveis em São Paulo na Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) estão sendo utilizados para se chegar ao assassino que esganou e jogou Isabella Oliveira Nardoni, de 5 anos, do sexto andar do apartamento de seu pai, Alexandre Nardoni. Os peritos vasculharam tudo no Residencial London, do apartamento 62, de onde a menina foi atirada, até corredores, elevadores e gramado do jardim onde o corpo foi jogado, e até os arredores do edifício. A conclusão dos laudos dos peritos é de que o pai e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, mataram Isabella.

Equipes de peritos estiveram no apartamento pelo menos oito vezes para que todas as dúvidas fossem esclarecidas.

O reagente químico “luminol”, que emite uma luz fosforescente indicando a presença de sangue mesmo que lavado, ajudou a polícia a descobrir pistas importantes. Uma delas, de que o rosto da menina sujo de sangue foi limpo com uma fralda e uma toalha que já tinham sido lavadas. Até a construção nos fundos do edifício, da qual teria entrado uma suposta terceira pessoa, foi vasculhada. Os menores vestígios foram recolhidos para montar o quebra-cabeça.

Outro equipamento de ponta da SPTC utilizado pelos peritos foi o “crimescope”, também conhecido como “luz forense”, que identifica materiais orgânicos, como sangue, pêlos e sêmen. O micrótomo e o inclusor, equipamentos de ponta da Polícia Técnico-Científica, também colaboraram decisivamente para a elaboração dos laudos. Esses aparelhos permitem a análise microscópica de tecidos. Permitiram saber que a garota foi esganada e morreu em conseqüência de politraumatismo e asfixia provocados pela queda.

Em 2006, 46 mil homicídios

Uma mostra de que há uma valorização para a resolução de crimes por meio da ciência é a participação da SPTC no orçamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado. Há dez anos o R$ 1,48 milhão que a Superintendência recebia representava 0,05% do total. Hoje são R$ 191,5 milhões, ou 2,25% do orçamento, o que parece não ser muito, mas significa um aumento de 12.841%.

Os avanços técnicos com a aquisição de aparelhagem de ponta e a contratação de mais peritos — na última sexta-feira foram encerradas as inscrições para o concurso que vai contratar mais 68 peritos criminais — que se juntarão ao quadro de cerca de 1.100 que trabalham em campo, em laboratórios e na administração, ainda não são suficientes para que mais crimes tenham solução.

— Tudo tem seu limite. Com certeza há uma limitação técnica.

A tecnologia vai sendo incorporada conforme a necessidade — admite o diretor do Núcleo de Física do Instituto de Criminalística (IC), Adilson Pereira.

Não há dados oficiais, mas estima-se que apenas entre 5% e 8% dos homicídios cometidos no país tenham o autor revelado. De acordo com o “Mapa da Violência dos Municípios”, em 2006 foram cometidos 46.660 homicídios no Brasil. Além de insuficiente para toda a demanda no estado, onde aconteceram em média 28 homicídios por semana em 2007, o aparato técnico-científico também pouco ajuda quando há falhas de procedimento. É comum os peritos encontrarem o local do crime totalmente adulterado. Como não é lacrado, peças do local, fundamentais para a investigação, são retiradas, mudadas de lugar.

A média nacional de 5% dos homicídios solucionados é baixíssima. Se o homicídio, que é um dos crimes mais graves por atentar contra a vida, tem esse índice de solução, imagine os outros. Isso mostra que a vida no Brasil não é prioridade — observa o advogado Ariel de Castro Alves Ariel de Castro Alves, conselheiro nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos e diretor do Sindicato dos Advogados de São Paulo.

Para a advogada Flávia Rahal Bresser Pereira, presidenta do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), a falta de estrutura para que os crimes sejam investigados é um problema gritante.

— O caso da menina Isabella não serve como referência de forma alguma. A falta de estrutura é absolutamente gritante.

Esse caso é específico por causa da repercussão e, por isso, foi utilizado tudo de melhor para resolver — afirma a advogada.

Sem a mesma repercussão do caso de Isabella Nardoni, o publicitário Oriovaldo Ferreira Júnior, de 22 anos, morreu ao cair do 18oandar de um edifício no Brás, bairro próximo ao centro de São Paulo, em 26 de março de 2006. O caso sequer foi noticiado pela mídia.

Não foi feita perícia no apartamento, que ficou sem lacre. O inquérito, que corria no 8oDistrito Policial, não foi concluído até hoje. Na última sexta-feira os familiares de Oriovaldo foram ouvidos pela primeira vez, depois que o inquérito passou para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

— Esse caso não teve a repercussão de mídia que o caso de Isabella está tendo. Essa é a diferença. Os delegados do 8oDP não atenderam nem os pedidos do Ministério Público para que testemunhas fossem ouvidas — conta o advogado Francisco Lúcio França.

Empenho em outros caso.

A falta de interesse em esclarecer a morte do publicitário é tanta, segundo o advogado, que foi ignorada no inquérito a presença no apartamento da namorada de Oriovaldo, Maria Juliana Lendimuph Araújo Augusto, de onde ele supostamente caiu, do irmão dela, João Gilberto Lendimuph Araújo Augusto.

— Só recentemente a família de Oriovaldo ficou sabendo da existência de imagens que mostram que havia mais de uma pessoa no apartamento — diz Francisco Lúcio.

De acordo com o advogado, houve uma acalorada discussão no apartamento, provavelmente entre Oriovaldo e João Gilberto, antes da queda.

Quando vizinhos chamaram o porteiro, avisando da briga, uma outra pessoa, segundo ele Jéssica Barbosa Lima, impediu que o funcionário do edifício entrasse. Quando voltou ao seu posto, o porteiro encontrou o corpo do publicitário estirado na entrada do edifício.

— Se outros casos, principalmente os que envolvem pessoas pobres, tivessem a atenção que o caso da menina Isabella está tendo, não tenho dúvida de que teríamos muitos mais crimes solucionados.

É preciso o mesmo empenho, que os casos sejam tratados de igual para igual — afirma Francisco Lúcio França.




"Quando a Polícia passa a proteger a Polícia, como acontece agora, o Estado dá sinais de fraqueza, mostra medo. E o Estado tem de demonstrar que manda"
Guaracy Mingardi,

E.T. A OBSERVAÇÃO ACIMA , NÃO TEM LIGAÇÃO COM O CASO ISABELLA, MAS SERVIU COMO UMA LUVA

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