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quarta-feira, 26 de março de 2008

Ana Paula Arósio, Marcello Antony e Cléo Pires gravam 'Ciranda de pedra' no Ibirapuera


SÃO PAULO - Pilotando um luxuoso Jaguar modelo XK120 ano 1952 Ana Paula Arósio parou o trânsito na manhã desta terça-feira nas proximidades do Parque do Ibirapuera. O dia da atriz começou cedo. Ao lado de Tammy Di Calafiori, Ana Paula dirigia o carro conversível verde escuro em volta do "Monumento às Bandeiras", de Vítor Brecheret, por volta das 6h30 da manhã, sob os primeiros raios da manhã. Postes de iluminação foram "maquiados" para parecerem antigos. O trânsito foi bloqueado e, no lugar de carros modernos, outros veículos antigos ocupavam as ruas.

Veja fotos das gravações no Ibirapuera.

Tudo para criar a ambientação da São Paulo de 1958, quando se passa a história de "Ciranda de pedra", a próxima novela das 18 horas, cuja estréia está prevista para 5 de maio. A novela, escrita por Alcides Nogueira, é baseada em um romance de Lygia Fagundes Telles. Não é a primeira vez que a teledramaturgia baseia-se nesta obra da escritora. Em 1981, Teixeira Filho também fez uma adaptação para a TV em 155 capítulos estrelada por Lucélia Santos e Eva Vilma que foi um estrondoso sucesso de público.

- Não estou fazendo um remake. Minha versão não tem nada a ver com a novela de 1981. O que há em comum é que ambas são baseadas no livro de Lygia, nossa maior autora. "Ciranda de pedra" é uma obra-prima - disse Alcides Nogueira.

Ana Paula Arósio vive Laura, uma mulher belíssima, elegante e culta, casada com Natércio Silva Prado (Daniel Dantas), um advogado bem-sucedido. Os dois vivem em uma mansão no Jardim Europa, em São Paulo, e tem três filhas: Bruna (Anna Sophia Foch), Otávia (Ariela Massotti) e Virgínia (Tammy di Calafiori).

Como costuma ser, as aparências perfeitas escondem muita dor. Laura é uma mulher doente, que sofre graves crises emocionais e passa longos períodos ausente, internada em clínicas de repouso. Natércio é incapaz de cuidar e compreender a doença da mulher e dedica-se exclusivamente ao trabalho. Laura encontra os cuidados de que necessita, tanto médicos quanto afetivos, no médico Daniel (Marcello Antony).

Os dois acabam se apaixonando e Virgínia, a filha caçula de Laura, é fruto do relacionamento dela com Daniel. No entanto, para manter as aparências, Laura, Natércio e Daniel decidem esconder de todos a verdade e Virgínia é criada como se fosse filha legítima de Natércio.





Não poder viver o amor que sente por Daniel e ser obrigada a manter as aparências agrava a já frágil condição de saúde de Laura.

- A personagem foi irrecusável. Laura tem uma densidade dramática muito difícil de encontrar. Não acho que ela seja maluca. Ela tem desequilíbrios. Foi mal medicada e mal tratada e tem que viver com uma série de culpas. Viveu uma relação extra-conjugal, fez um acordo incomum para a época, tenta proteger Virgínia, sente-se distante das outras filhas - explica Ana Paula Arósio.

A atriz descreve Laura como uma mulher que é "resultado de seu tempo".

- Ela é diferente de minhas outras personagens, que lutavam por liberdade. Laura não quer liberdade pura e simples. Quer apenas viver o amor que sente por Daniel e ficar saudável. Ela adoece porque é obrigada a viver em seu tempo - resume.

Ana conta que sua personagem morre no capítulo 80 da trama, mas deve continuar presente na memória da filha Virgínia.

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