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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

#dilma #LULA Terrorista italiano Cesare Battisti vai trabalhar em livraria no Rio





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DE BRASÍLIA
Livre há quase oito meses, o italiano Cesare Battisti, que vive no Rio de Janeiro, prepara-se para começar a trabalhar em uma livraria e lançar, em abril, seu 18° livro "Ao Pé do Muro".
O roteiro faz parte da tentativa do italiano, que recebeu asilo político no Brasil e causou estremecimento na relação diplomática do país com a Itália, de refazer a vida e afastar a ideia de que ainda vive como um clandestino.
Battisti pede julgamento 'verdadeiro' a presidente da Itália
Edison Vara - 26.jan.2012/Reuters
Battisti durante lançamento do seu livro no Fórum Social em Porto Alegre, RS
Battisti durante lançamento do seu livro em Porto Alegre
Battisti visitou nesta terça-feira a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e o gabinete do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Manteve-se quase o tempo inteiro calado. Trocou poucas frases com jornalistas e só foi enfático ao negar que tenha conhecimento de uma ação do Ministério Público pedindo a revisão de seu asilo. "Não conheço".
Ele afirmou ainda que a passagem pelo Congresso era para "agradecer" o apoio dos deputados pela liberdade e justiça. Foi recebido por técnicos da comissão e entregou um livro.
Sua mais recente obra, "Ao Pé do Muro", segundo interlocutores, é de ficção e fala em prisão, liberdade, justiça. Ele buscou inspiração nos cerca de três anos de vida clandestina no Brasil e foi concedido ao longo dos quatro anos na prisão. O livro deve ser lançado entre 10 e 12 de abril em Brasília.
Segundo o ex-senador José Nery (PA), que o acompanhou na visita, Battisti quer distância de polêmicas. "Foi uma decisão soberana que concedeu o refúgio político e ele espera ter tranquilidade para tocar a vida".
O futuro local de trabalho de Battisti ainda é mantido em reservado, mas a livraria é no Rio de Janeiro.
Ex-integrante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos nos anos 1970 na Itália, não tem problemas com a lei brasileira --já tirou até RG e CPF.



Battisti volta a Brasília pela primeira vez e visita Congresso

TERRORISTA italiano foi recebido por parlamentares e disse que pretende ser um 'cidadão comum'

07 de fevereiro de 2012 | 16h 46
Eduardo Bresciani, do estadão.com.br
O ex-ativista italiano Césare Battisti, que desfruta no Brasil da condição de asilado político, desfilou nesta terça-feira, 7, pelos corredores da Câmara e do Senado para agradecer o apoio recebido de parlamentares durante os anos em que esteve preso e com sua situação sub judice no Supremo Tribunal Federal. Escritor, ele prepara o lançamento de seu 18º livro e procurou a todo tempo enfatizar seu desejo de viver como "cidadão comum". É a primeira vez que ele retorna a Brasília desde que deixou o presídio da Papuda em junho de 2011.
O ex-senador José Nery (à esq.), o Domingos Dutra (centro) e o ex-ativista Cesare Battisti - Ed Ferreira/AE - 07/02/2012
Ed Ferreira/AE - 07/02/2012
O ex-senador José Nery (à esq.), o Domingos Dutra (centro) e o ex-ativista Cesare Battisti
Battisti começou o périplo pela comissão de Direitos Humanos da Câmara. Em conversa descontraída com os deputados Domingos Dutra (PT-MA), Erika Kokay (PT-DF) e Chico Alencar (PSOL-RJ) contou estar morando no Rio de Janeiro e falou sobre seus planos para brincar o carnaval. Depois, o ex-ativista esteve no Senado onde foi recebido por Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Tentou encontrar-se ainda com Eduardo Suplicy (PT-SP) e Inácio Arruda (PC do B-CE), mas não obteve sucesso.
O ex-senador José Nery (PSOL-PA) acompanhou o italiano durante seu passeio pelo Congresso. Diz ter ouvido diversas vezes de Battisti o desejo de manter distância da política. O italiano falou ainda sobre uma oferta de emprego recebida no Rio de Janeiro, onde reside atualmente. "Ele é escritor, está morando no Rio de Janeiro e disse ter um convite para trabalhar em uma livraria. Ficou evidente que ele tem consciência que precisa buscar meios de sobrevivência".
Nery disse estar no semblante de Battisti a principal mudança em relação aos tempos do cárcere. "Quando nós o visitávamos na cadeia percebíamos o stress, o mal estar que aquela condição causava, agora ele está melhor, com saúde, com tranquilidade."

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