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domingo, 10 de julho de 2011

Empresário denuncia esquema de corrupção após tragédia na Região Serrana do Rio


Redação SRZD | Rio+ | 10/07/2011 11h23

Foto: Reprodução de TVApós o cenário de caos e pânico na Região Serrana do Rio de Janeiro, uma investigação protegida por sigilo de Justiça, em curso ainda no Ministério Público Federal, revelou que um grupo de funcionários públicos e empresários teriam acertado o reajuste de propinas para obter aprovação de contratos sem licitação, embolsando verba destinada, sobretudo, para ajudar as vítimas do maior desastre natural do Brasil.

Em média, o percentual da propina é de 10%, contudo, a investigação indicou que na tragédia o índice foi quadruplicado, passado para 50%, segundo informou matéria publicada no jornal "O Globo".

As denúncias foram apuradas após um empresário contar ao MPF de Teresópolis. Ele fez relatos em troca de perdão judicial e proteção para sua família, recorrendo à delação premiada, quando há acordo de ajuda nas investigações entre o criminoso e a Justiça. Ele revelou, então, o suposto esquema de corrupção que funcionava na prefeitura, envolvendo empresas que atuaram em pelo menos quatro municípios da Região Serrana na época da tragédia.

Ainda segundo relatos dele, houve um encontro entre secretários municipais e empresários durante a semana das enxurradas, em 12 de janeiro, no qual foram divididos os contratos sem licitação e os recursos federais.

O dinheiro, cerca de R$ 100 milhões, enviada ao Estado do Rio pelo Ministério da Integração Nacional, por determinação da presidente Dilma Rousseff, foi o principal motivo do encontro encontro em um gabinete da prefeitura, administrada pelo PT.


Falsos empréstimos do mensalão somam R$ 75 mi, diz Gurgel

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DE SÃO PAULO

Hoje na Folha O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, concluiu que os empréstimos fraudulentos dos bancos Rural e BMG ao grupo do publicitário Marcos Valério e ao PT, que encobriram o caixa dois do mensalão, ultrapassaram R$ 75 milhões, informa reportagem de Felipe Seligman, publicada na Folha deste sábado (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A informação consta de suas alegações finais enviadas na quinta-feira (7) ao STF (Supremo Tribunal Federal). Gurgel não explica como chegou ao valor. Apenas diz que foram "pseudo" empréstimos que, segundo ele, abasteceram o esquema.

Procurador-geral pede a condenação de 36 réus do mensalão
Gushiken deve ser absolvido, diz procurador
Dirceu diz que acusação de procurador é 'interpretação peculiar'
Banco Rural chama parecer sobre mensalão de 'equívoco'

Em seu parecer de 390 páginas, Gurgel pede ao Supremo a condenação de 36 réus por envolvimento no esquema do mensalão. Somadas, as penas máximas chegariam a 4.700 anos de prisão.

Sérgio Lima/Folhapress
O procurador-geral da Republica, Roberto Gurgel, que pediu a condenação de 36 dos 38 réus no processo do mensalão
O procurador-geral da Republica, Roberto Gurgel, que pediu a condenação de 36 dos 38 réus no processo do mensalão

Se o caso for julgado procedente e nenhum dos crimes prescrever, o publicitário Marcos Valério de Souza, acusado de operar o esquema, poderá ser condenado a até 527 anos de prisão.

O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), chamado de "chefe da quadrilha", e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pegariam até 111 anos.

Mesmo que o STF opte pelas condenações máximas, a legislação limita o cumprimento de pena a 30 anos, além de estabelecer regras para que os condenados diminuam suas penas.

Os réus sempre negaram a existência do esquema.

Depois de mais de cinco anos de processo, em que foram realizados diversas perícias e tomadas centenas de depoimentos, o procurador-geral concluiu que ficou comprovada a existência do esquema criminoso, revelado pela Folha em 2005.

Leia a reportagem completa na Folha deste sábado, que já está nas bancas.





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