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sábado, 25 de junho de 2011

São Paulo : Aumento para secretários vai custar R$ 2,3 mi


  • 24 de junho de 2011 |
  • 22h48 |

Kassab defende reajuste de 250% a seus secretários (Foto: Hélvio Romero/AE)

O projeto apresentado pela Mesa Diretora da Câmara Municipal para aumentar os salários do prefeito, da vice, e dos secretários municipais vai implicar num gasto maior de R$ 2,3 milhões ao ano, mesmo que seja proibida a remuneração pelos cargos nos conselhos de estatais. O número contraria o discurso de Gilberto Kassab (sem partido), que, em relação ao aumento de salários, havia dito que “vai ficar tudo como está”.

Segundo o projeto apresentado pelos vereadores aliados do prefeito, os vencimentos dos secretários saltariam de R$ 5,5 mil para R$ 19,3 mil – um aumento de quatro vezes de uma só tacada. Na quinta-feira (23), Kassab negou que o reajuste teria impacto nos cofres públicos. A explicação era de que, hoje, o salário dos secretários já é complementado pelos jetons que cada um recebe nos conselhos das empresas municipais – cada cargo acumulado rende de R$ 3 mil a R$ 6 mil a mais por mês. “Os secretários vão continuar tendo o mesmo vencimento”, disse.

Entretanto, apenas 14 dos 27 secretários municipais participam dos conselhos. Os outros 13, portanto, terão aumento integral de R$ 13,7 mil no salário. Além disso, só 7 dos secretários que recebem jetons têm o salário total acima dos R$ 19,2 mil – todos os outros 7 ganham menos do que isso mesmo somando os bônus, o que significa que eles também poderão ter aumento real nos seus vencimentos mensais.

No total, são gastos hoje R$ 2,1 milhões por ano de jetons com secretários. Já a despesa anual prevista com o aumento dos salários seria de R$ 4,4 milhões – mais de duas vezes o que é gasto hoje com os conselhos, sem contar com o 13º salário previsto no projeto.

Supersalários
Levantamento feito pelo JT no portal “De Olho nas Contas”, da Prefeitura, revela também que há 15 secretários ganhando mais que o próprio prefeito. Dois deles, inclusive, têm salários superiores ao de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – que, de acordo com a Constituição, é o teto do funcionalismo público do País.

Os líderes desse ranking são Ricardo Pereira Leite, da Habitação, e Marcelo Cardinale Branco, dos Transportes. O primeiro recebe mensalmente R$ 19,5 mil por presidir a Cohab, R$ 12 mil em jetons de conselhos e R$ 854,07 como secretário, o que dá um total de R$ 32,3 mil por mês. Já o segundo recebe R$ 31,5 mil com jetons e salário de presidente da CET.

Procurada pela reportagem, a assessoria da imprensa da Prefeitura afirmou que não poderia responder porque não havia ninguém disponível no feriado.

Rodrigo Burgarelli e Vitor Hugo Brandalise








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