Na cúpula sul-americana/árabe, ontem em Doha, Lula voltou à tese de que o mundo desenvolvido (dos brancos de olhos azuis), é culpado pela crise econômica, pela destruição do meio ambiente e pelos desequilíbrios da economia mundial. E que é preciso partir desse ponto de vista para resolver os problemas mundiais. Ou seja, qualquer solução tem de privilegiar as atuais vítimas, os emergentes.
No mesmo dia, em Londres, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em reunião com o presidente Barack Obama, citava uma frase de Lula, que ouvira do próprio presidente brasileiro, em Brasília. “Eu estive na semana passada no Brasil e eu acho que o presidente Lula vai me perdoar por citá-lo. Ele me disse: ‘Quando eu era sindicalista, eu culpava o governo. Quando eu era da oposição, eu culpava o governo. Quando eu virei governo, eu culpei a Europa e os Estados Unidos’”, disse Brown, com o apoio de Obama.
O próprio Brown tirou a conclusão: “Lula, portanto, reconhece, como nós reconhecemos, que este é um problema global. É um problema global que exige uma solução global”.
Pode-se dizer que a reunião de Doha não valia nada – era apenas um convescote para falar mal da globalização e dos EUA.
Assim, a verdadeira posição de Lula seria aquela da conversa com Brown.
Saberemos amanhã, quando o presidente brasileiro manifestar seus pontos de vista na reunião do G-20, em Londres.
Mas não custa deixar este ponto explicado: quem mais se beneficiou do recente surto de crescimento global foi o mundo emergente. Enquanto o produto global cresceu na média de 4,5% ao ano, os países emergentes tiveram expansão de 8%.
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