A comissão de diálogo do líder interino, Roberto Micheletti, indicou em um breve comunicado que continua esperando uma "contraproposta" da representação de Zelaya, da qual, assinala: "não recebemos comunicação em 48 horas".
Por sua parte, Víctor Meza, membro da comissão do deposto governante, disse a jornalistas que o diálogo se retomará quando a delegação de Micheletti faça "uma proposta que seja séria, que mereça ser considerada".
"Agora eles tem que fazer uma proposta nova. Ainda não a fizeram, tomara que façam, porque estamos dispostos a recebê-la", afirmou Meza.
Em outro comunicado, a Chancelaria do Governo interino acusou Zelaya de não atuar de boa fé na mesa de diálogo.
"O governante destituído, seus colegas e sua comissão negociadora não atuam de boa fé", ressalta a declaração.
Acrescenta que "por um lado assinam acordos mas, por outro, lançam denúncias contra o Governo (de Micheletti) e pedem a aplicação de mais e maiores medidas discriminatórias contra Honduras e seu povo".
O Governo de Micheletti acrescentou que "não promove o escândalo internacional, acertou 95% do acordo que foi reconhecido pelos parceiros do ex-governante e, além disso, fez propostas razoáveis, sérias e construtivas para resolver os 5% restante".
Zelaya completou hoje um mês na embaixada do Brasil, onde exige sua restituição no poder que lhe foi retirado no golpe de 28 de junho.
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