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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

BNDES e BB liberarão mais R$ 15 bi em crédito para empresas


Durante reunião do Conselho Econômico, Mantega diz ainda que governo irá postergar o pagamento de tributos

Renata Veríssimo, da Agência Estado


SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou mais um conjunto de medidas para garantir liquidez no mercado e capital de giro para as empresas. Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Mantega anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) receberá mais R$ 10 bilhões para capital de giro para as médias e pequenas empresas, para as linhas de pré-embarque e empréstimos-ponte. O ministro anunciou também que o Banco do Brasil liberará mais R$ 5 bilhões para capital de giro de pequenas e médias empresas.


Segundo o ministro, não é nenhuma bondade do governo. Todas as operações serão em condições de mercado. Mantega disse que os recursos virão, em parte, em títulos do Tesouro que o BNDES poderá vender ou em operações de CDI realizadas pelo próprio BNDES. De acordo com o ministro, a instituição poderá colocar esses recursos nas mãos de grupos e o governo irá orientar a utilização dos recursos do depósito compulsório para essas operações.

Além disso, o governo está postergando em 10 dias a data de pagamento de alguns tributos federais. O recolhimento do IPI e PIS e Cofins passará do dia 15 para o dia 25 e o do Imposto de Renda Retido na Fonte e da Contribuição Previdenciária, do dia 10 para o dia 20. "Não vamos fazer nada de muito grande para não comprometermos o superávit primário", justificou Mantega. Mas, segundo ele, a concessão de 10 dias a mais de capital de giro já será um alívio para as empresas.

O ministro anunciou ainda que o governo vai acelerar a devolução de crédito tributário. Segundo ele, será feito um mutirão para devolver os recursos para vários setores. "Será um bom capital de giro para as empresas", disse.

Mantega comentou ainda a liberação de R$ 4 bilhões pelo Banco do Brasil, que serão emprestados para os bancos de montadoras. Segundo ele, esses recursos serão suficientes para manter as vendas de automóveis em novembro e dezembro. De acordo com o ministro, o objetivo do governo é impedir que o crescimento da economia seja interrompido e haja desemprego e férias coletivas num setor importante que é movido a crédito.

Medidas emergenciais

O ministro destacou, porém, que todas medidas anunciadas são emergenciais. "Depois disso, devemos fazer uma política anticíclica", disse. Segundo ele, será preciso, dentro da política monetária, reduzir o custo financeiro das empresas. Ele disse que o principal problema da crise financeira internacional, além da escassez de crédito, foi a elevação em 4 pontos porcentuais, do custo financeiro das empresas.

Mantega disse que também será preciso retomar a expansão do crédito. "Claro que não precisamos voltar a uma taxa de crescimento de 30% a 35% ao ano. Mas precisamos crescer de 15% a 20% ao ano, para continuar o crescimento econômico", afirmou. O ministro disse ainda que será preciso manter as políticas estabelecidas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), além dos programas sociais e do esforço do governo, para conter os gastos com custeio.

Safra

Guido Mantega informou também que o governo irá garantir o preço mínimo na comercialização da próxima safra agrícola. Segundo ele, o governo vai comprar os produtos e fazer estoques ou irá pagar a diferença de preço paga pelo mercado e o preço mínimo fixado.

Segundo ele, essa medida dará conforto para o agricultor. Mantega disse que na quarta-feira, em reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi feita uma avaliação de que o setor já tem os recursos necessários para plantar a safra 2008/2009. "A agricultura vai cumprir seu papel nessa safra", disse Mantega.





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