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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Avaliação sobre Protógenes divide a família Genro


Hugo Scotte
Depois de abrir uma rachadura institucional que opôs a PF à Abin, Protógenes Queiroz tornou-se o pivô de uma arenga familiar.

A família Genro está dividida. De um lado, o ministro Tarso Genro (Justiça). Do outro, a filha dele, Luciana Genro (RS), líder do PSOL na Câmara.

Nesta segunda (17), o PSOL de Luciana promoveu em Porto alegre um desagravo a Protógenes, convertido pela PF de Tarso de investigador em investigado.

A deputada Genro discursou como se reprovasse as reservas do STF ao trabalho do delegado e a investigação que a PF do ministro Genro realiza contra Protógenes.

Luciana disse que está em curso uma operação para “desmoralizar a investigação de Protógenes. Mais: desenrola-se uma “conspiração” para beneficiar Daniel Dantas.

Protógenes deveria ter participado da manifestação, Mas chegou atrasado à capital gaúcha. Foi recolhido no aeroporto por uma comitiva do PSOL.

Levado a um escritório, o delegado concedeu uma entrevista. Não quis falar nem sobre o inquérito que lhe move a PF nem sobre os desdobramentos da Satiagraha.

Mas bateu pesado no seu alvo: “[...] Só poderei falar sobre a Operação e só o farei após a prisão do bandido disfarçado de banqueiro que é o Daniel Dantas...”

O delegado mostrou-se convencido de que o mandchuva do Opportunity será condenado: “Não sou juiz, mas sei o que apurei durante as investigações”.

Em dado momento, Protógenes empregou um tom apocalíptico: “Aliada à crise financeira que atinge principalmente a classe média, temos uma crise institucional...”

Uma crise “...sem precedentes na história deste país, como comprovou a Operação Satiagraha”.

Dali, Protógenes seguiu para uma praça defronte do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Juntou-se a uma manifestação de policiais civis.

Do alto de um carro de som, Protógenes verberou críticas veladas à à suposta interferência do governo na Satiagraha:

"Nós, policiais, descobrimos uma rede de corrupção muito forte e poderosa no nosso país e somos sacrificados por não termos a nossa independência funcional nem financeira nem administrativa. É hora dessa bandeira ser levada em consideração".

Um repórter quis saber de Protógenes se planeja concorrer a cargos eletivos. E o delegado:

“Sou candidato à próxima missão que a Polícia Federal me designar, de preferência que tenha grandes organizações e políticos envolvidos”.

A depender dos planos da PF do ministro Genro, Protógenes talvez devesse considerar a hipótese de tentar tornar-se colega da deputada Genro na Câmara.

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