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sábado, 23 de agosto de 2008

Chevrolet Captiva Sport

G1 andou no Chevrolet Captiva Sport

SUV importado do México substitui versões de luxo da Blazer.
Destaque para o motor e design, mas a suspensão é muito macia.

Denis Freire de Almeida Do G1, em Los Cabos (México) - O jornalista viajou a convite da GM


Chevrolet Captiva vai custar a partir de R$ 92,99 mil (Foto: Divulgação)

O Captiva não chega ao Brasil apenas com o objetivo de se tornar líder de vendas entre os SUVs equipados com motor V6 na faixa dos R$ 100 mil. A principal (e emblemática) missão dele é mostrar aos consumidores brasileiros que a Chevrolet sabe fazer carros com o que há de mais moderno na indústria automobilística – algo que ficou perdido ante anos de estagnação da maioria dos modelos da linha nacional.

VEJA FOTOS DO CAPTIVA

Maior destaque é o item mais criticado nos modelos nacionais da marca: o motor (Foto: Divulgação)

Apesar de ter lançado carros que são referência em seus segmentos, como o monovolume Meriva e a picape Montana, a marca perdeu parte do seu histórico glamour tecnológico ao manter modelos ultrapassados em sua gama, entre eles o Astra, a S10 e a Blazer. E é justamente no lugar das versões mais equipadas da Blazer que entra o Captiva Sport, em duas opções: com tração na dianteira (92,99 mil reais) e tração integral (99,99 mil reais), que começam a ser vendidas em setembro.

Foto: Editoria de Arte/G1

Tabela mostra os principais concorrentes do Chevrolet Captiva (Foto: Editoria de Arte/G1)


O G1 andou na versão de entrada do SUV (a única disponível durante o evento de lançamento) no balneário turístico de Los Cabos, no México, país onde é fabricado. As diferenças para o modelo mais completo, além do tipo de tração, resumem-se aos bancos de couro com sistema de aquecimento e disqueteira para seis CDs no painel.

E, paradoxialmente, o maior destaque do carro é o item mais criticado nos modelos nacionais da marca: o motor. Equipado com o moderno V6 de 3,6 litros, o mesmo que equipa o Omega, com 261 cavalos de potência e 32,95 mkgf de torque, o SUV ganha velocidade sem hesitar e se mostra ágil nas ultrapassagens.

O câmbio automático de seis marchas faz com que o motor trabalhe em giros baixos, contribuindo para a redução de ruídos e, principalmente, economia de combustível. Segundo a Chevrolet, o Captiva faz 8 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada (7,6 km/l e 12,2 km/l; na versão 4x4). O câmbio, aliás, tem opção de trocas manuais que, uma vez escolhida, mantém a marcha solicitada pelo motorista – mesmo quando os giros máximos são atingidos.

SUV é fabricado no México (Foto: Divulgação)

Em vez de trocar a marcha automaticamente para preservar o motor, o sistema corta a ignição. Isso evita, por exemplo, que o motorista seja surpreendido por uma mudança de marcha no meio de uma curva, o que compromete a estabilidade e, conseqüentemente, a segurança.

Mas não se anime tanto com esses predicados esportivos. Apesar de o conjunto motor e câmbio indicar um desempenho mais apimentado, assim como o belo design, o centro de gravidade elevado (típico dos SUVs) e a regulagem da suspensão um tanto macia (nitidamente calibrada para o gosto dos norte-americanos) depõem contra. Não é à toa que o Captiva vem equipado de série com sistemas de controle de estabilidade e tração, freios ABS e ainda tem a velocidade máxima limitada eletronicamente em 160 km/h.



Internamente, o utilitário esportivo entrega bom acabamento geral, com painel emborrachado e design limpo e funcional. Destaque para o belo volante revestido de couro e detalhes cromados, que tem regulagem de altura e abriga os controles do piloto automático e do rádio. O banco do motorista entrega regulagens elétricas, mas poderia ter o assento um pouco mais comprido – o que aumentaria o conforto. A segurança é reforçada pela presença de seis airbags (frontal, laterais e do tipo cortina), além de uma rede de contenção de bagagem com várias regulagens no porta-malas (821 litros de capacidade).

Do lado de fora, o design esportivo chama a atenção. Destaque para as rodas de 17 polegadas cromadas e as pequenas saídas de ar laterais com luzes de indicação da seta de direção (solução já utilizada pela Range Rover). A dupla saída de escapamentos e os apliques na parte inferior central dos pára-choques (imitando chapões de alumínio) completam o visual esportivo.

Como apelos de venda, além de posicionar o Captiva com preços ligeiramente menores que os concorrentes diretos, a Chevrolet oferece três anos de garantia e se apóia na maior rede de concessionários do Brasil – com mais de 550 pontos de atendimento. São quatro opções de cores (azul, preto, prata e cinza chumbo) e a expectativa de venda gira entre 1,3 mil e 1,5 mil unidades por mês.

Realmente o Captiva inaugura um novo patamar tecnológico nesse processo de reformulação da Chevrolet brasileira, que corre atrás do tempo perdido para recuperar mercado e, principalmente, o pioneirismo nas soluções de vanguarda. Antes tarde, que nunca...

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