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quinta-feira, 1 de maio de 2008

SINTRA


"Sempre gostara muito de Sintra! Logo ao entrar, os arvoredos escuros e murmurosos do Ramalhão lhe davam uma melancolia feliz!"

    Eça de Queiroz in "O Primo Basílio"

Vista do Palácio da Pena sob o arco de Seteais - Princípios do séc. XX
Cintra: Palacio da Pena visto do portico de Sitiaes
A. desc., [ca 1910?]
Postal ilustrado
AMS - ARQ. HIST. BP521/cx.7

(foto retirada do site da Biblioteca Nacional)

"No vão do arco, como dentro de uma pesada moldura de pedra, brilhava, à luz rica da tarde, um quadro maravilhoso, de uma composição quase fantástica, como a ilustração de uma bela lenda de cavalaria e de amor. Era no primeiro plano o terreiro, deserto e verdejando, todo salpicado de botões amarelos; ao fundo, o renque cerrado de antigas árvores, com hera nos troncos, fazendo ao longo da grade uma muralha de folhagem reluzente; e emergindo abruptamente dessa copada linha de bosque assoalhado, subia no pleno resplendor do dia, destacando vigorosamente num relevo nítido sobre o fundo de céu azul claro, o cume airoso da serra, toda cor de violeta escura, coroada pelo castelo da Pena, romântico e solitário no alto, com o seu parque sombrio aos pés, a torre esbelta perdida no ar, e as cúpulas brilhando ao sol como se fossem feitas de ouro..."
In "Os Maias", Eça de Queiroz, 1888

Um século depois...
(Foto de Sílvia Padrão)


A última Rainha de Portugal

(D. Amélia aos 70 anos. D. Amélia surge com um colar de pérolas,
oferta de D. Carlos - Foto: Arquivo Expresso)

A 28 Setembro de 1865, nasceu em Twickenham, Inglaterra, D. Amélia de Orleães, princesa de França e última rainha de Portugal.
D. Amélia casou com o pretendente ao trono português a 22 Maio de 1886, na Igreja de São Domingos, em Lisboa, e, três anos depois, ocupou o lugar de Rainha com a subida do seu marido D. Carlos ao trono.
Enquanto Rainha, D. Amélia desempenhou um importante papel na corte portuguesa, tanto a nível social, como a nível das artes. Pintava e foi fundadora do Instituto de Socorros a Náufragos (1892), do Museu dos Coches Reais, hoje Museu Nacional dos Coches (1905) e da Assistência Nacional aos Tuberculosos.

(Aguarela da casa real pintada pela Rainha D. Amélia - Foto: Arquivo Expresso)

A Rainha D. Amélia sofreu um profundo desgosto com as mortes do filho D. Luís Filipe e do marido D. Carlos, vítimas do regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, refugiando-se no Palácio Nacional da Pena, continuando, no entanto, a acompanhar e a apoiar o jovem Rei D. Manuel II, seu filho mais novo.

(Rainha D. Amélia e D. Manuel II no Palácio da Pena - Foto publicada na 'Ilustração Portuguesa', 1909)


Era em Sintra que D. Amélia se encontrava quando se deu a revolução de 5 Outubro de 1910 e a consequente implantação da república.
Seguiu para o exílio com a restante família real para Londres e, após o casamento de D. Manuel II, seguiu para Versalhes, perto de Paris. Sofreu novo desgosto em 1932 com a morte de D. Manuel, último Rei legítimo de Portugal.
A viver em França durante a Segunda Guerra Mundial, o governo de Salazar ofereceu-lhe asilo político. D. Amélia recusou e o estado português declarou o seu castelo território nacional erguendo uma bandeira à entrada e transformando-o assim em território neutro e intocável numa França ocupada.
O regresso da última Rainha portuguesa a terras lusas deu-se a 8 de Junho de 1945, após o fim da guerra. Esta emocionante jornada, levou a Rainha a Fátima, ao Palácio da Pena e a todos os lugares a que estava emocionalmente ligada, com a excepção de Vila Viçosa, onde não foi capaz de regressar.
D.Amélia faleceu em Outubro de 1951 em Versalles. Foi transladada para junto do marido e dos filhos, no panteão real dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.


Palácio da Pena - Serra de Sintra

Inícios do Século XX


Inícios do Século XXI...


rtico do Palácio da Pena, 1909


rtico do Palácio da Pena, 1909

Quase um século depois...



Palácio da Pena


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"E a primeira cousa em que se ocupou depois que el-rei de Castela levantou o cerco, foi tomar os lugares dos arredores da cidade que tinham voz por Castela. E chegou à fala com alguns de Sintra, onde estava o conde D. Henrique Manuel por fronteiro, a cinco léguas da cidade, para que lhe dessem o castelo daquele lugar que é uma grande fortaleza num alto e fragoso monte, com a vila no sopé dele, sem nenhuma cerca que a possa defender".

LOPES, Fernão, "A Crónica de El-Rei D. João I"

Lawrence's Hotel




FONTE : Preview of Para os lados de Sintra... http://th33.th.exalead.com/thumb?f=9455944297813012266&f2=9455944297813012266&f3=9455944297813012266 Para os lados de Sintra...

Para os lados de Sintra... "Sempre gostara muito de Sintra! ... davam uma melancolia feliz!"Eça de Queiroz in "O Primo Basílio" Segunda-feira, Julho 09, ...

www.parasintra.blogspot.com -

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