A menina britânica Madeleine McCann desapareceu no dia 3 de maio de 2007, em Portugal.
A investigação sobre o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, que sumiu há um ano quando estava com a família em um resort de Portugal, passou pelo Brasil. A Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) já recebeu cinco pistas que partiram do país ou que indicavam a presença da garota no Brasil. Mas, até agora, nenhuma delas ajudou a encontrar Madeleine, de 4 anos.
As informações sobre as buscas pela garota foram confirmadas ao G1 por Marília Moreira Marques, uma das delegadas da Interpol em Brasília.
Segundo ela, a maioria das denúncias contidas no dossiê do caso Madeleine no Brasil, que tem cerca de 40 páginas, foi feita no ano passado e passava pelo Rio de Janeiro.
Em 11 de maio de 2007, por exemplo, "um homem identificado como Mark ligou para a Inglaterra dizendo que tinha visto uma garota parecida com Madeleine numa feira de livros na Cinelândia, no Rio de Janeiro", contou ao G1, em entrevista por telefone, a delegada Marília Moreira.
Segundo ela, a denúncia foi encaminhada ao Brasil, investigada e nada foi constatado. O homem havia dito que a garota estava acompanhada de uma mulher e que as duas entraram em um bar. "Na investigação, as pessoas do bar não se lembravam da passagem da menina e também não havia câmeras de monitoramento que ajudassem na apuração", disse a delegada.
As outras denúncias, feitas tanto de dentro quanto de fora do Brasil, também não levaram a nenhuma hipótese concreta que ajudasse a encontrar a menina.
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Em junho do ano passado, um médico aposentado disse ter visto uma menina loira de olhos claros andando próximo à rua Vinícius de Morais, no Rio de Janeiro. Também em 2007, a polícia recebeu outra ligação de uma pessoa dizendo que tinha visto Madeleine na Rodoviária Novo Rio (RJ). Outra possível pista veio através de uma ligação, vinda do Brasil, dizendo que a garota estaria na Ilha de Malta, no Mediterrâneo.
O chefe da Interpol no Brasil, Jorge Pontes, confirmou ao G1 a informação de que uma denúncia, feita há um mês e meio, ainda está sendo averiguada pela polícia - e por isso não pode ser revelada. "Só podemos dizer que um passageiro informou que teria visto a menina em um vôo para São Paulo", disse. Essa informação partiu de uma embaixada estrangeira no Brasil, que a Interpol prefere não especificar para não atrapalhar as investigações.
As denúncias infundadas e os trotes atrapalham o trabalho da polícia, disse a delegada, que afirmou que muitas ligações são recebidas e que todas são avaliadas. O dossiê da Interpol no Brasil sobre o caso listos detalhes de cada denúncia enviada a Londres e a Portugal e das possíveis pistas vindas de outros países.
A Interpol tem atualmente 186 países membros e, no Brasil, trabalha com 20 policiais federais e quatro delegados.
Quem tiver pistas sobre o paradeiro da menina britânica pode entrar em contato com as representações regionais da Interpol nas superintendências da Polícia Federal de cada estado. Os telefones estão no site da Polícia Federal (clique aqui).
O desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, que completaria 5 anos no dia 12 deste mês, comoveu o mundo e levou seus pais a uma campanha global pela sua busca.
Ela sumiu no dia 3 de maio de 2007 enquanto dormia com seus irmãos, gêmeos de dois anos, num quarto de hotel de um complexo turístico da Praia da Luz, no Algarve, em Portugal. No momento de seu sumiço, seus pais, os médicos Kate e Gerry MacCann, haviam saído para jantar num restaurante próximo do local.
Depois de seguir inúmeras pistas, a polícia portuguesa abriu o leque de investigação. Sangue encontrado no quarto do hotel levou os peritos a acreditar que ela pode ter sido morta no local. Desde setembro, os pais também entraram na lista de suspeitos pelo desaparecimento e contrataram uma equipe de detetives particulares para ajudar no caso.
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