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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ringo Starr recusa perdão a Beatles e acusa Vaticano


Nos 40 anos de seu fim, quarteto foi até elogiado pela instituição.
Além dessa polêmica, Igreja enfrenta denúncias de casos de pedofilia.

Do G1, no Rio, com agências


Ringo está lançando seu 15º disco solo (Foto: Reprodução / site CNN)

O Vaticano pode até ter perdoado – e mesmo elogiado – os Beatles, mas quem disse que eles querem ser perdoados? Pelo menos Ringo Starr, o baterista da mais famosa banda de todos os tempos, acha que não deve nada à Igreja Católica.

“O Vaticano não disse que nós éramos satânicos ou possivelmente satânico – e ainda assim nos perdoou? Eu acho que o Vaticano tem mais a dizer sobre que os Beatles”, disse o músico na terça-feira (13) para a CNN, durante uma entrevista para promover o seu novo disco, "Y Not", o 15º de sua carreira solo.

Perdão
O polêmico “perdão” da Igreja foi dado em lembrança dos 40 anos do fim do quarteto de Liverpool. O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, fez um tributo aos Fab Four na sua edição deste fim de semana, publicando dois artigos e um cartum na primeira página reproduzindo a faixa de pedestres imortalizada pelo grupo na capa do disco “Abbey Road”.



“É verdade, eles usaram drogas; levados pelo sucesso, tiveram vidas dissolutas”, diz um artigo do jornal. “Até mesmo chegaram a dizer que eram maiores que Jesus”, recorda o texto, lembrando da declaração de John Lennon em 1966 de que enfureceu os católicos de todo o mundo.

“Mas, ao ouvir as suas músicas, tudo isso parece distante e sem sentido”, completa o jornal. “Suas belas melodias, que mudaram a música pop para sempre e seguem nos despertando diferentes emoções, seguem intactas, como pequenas pedras preciosas”.

O jornal ainda lembra que, segundo alguns comentaristas, os Beatles divulgavam mensagens misteriosas, tidas por alguns até como "satânicas".

Momento conturbado para o Vaticano
A Igreja Católica também está enfrentando diversas denúncias de casos de pedofilia envolvendo membros do clérigo. Para demonstrar a boa-vontade em tratar do problema, o porta-voz do Vaticano já afirmou que o Papa pode receber as vítimas de abusos sexuais. E como forma de apaziguar os ânimos, o diretor do próprio Osservatore Romano indicou que a Igreja Católica administra esta questão "de maneira exemplar”.

Mas não foi o suficiente para acalmar dois cientistas britânicos, que também são escritores. Richard Dawkins e Christopher Hitchens deram início a uma campanha pedindo a detenção do papa Bento XVI pelos escândalos de pedofilia na Igreja Católica, quando o pontífice visitar o Reino Unido em setembro.

O porta-voz da Igreja ridicularizou a proposta dos ingleses:

"É uma ideia no mínimo bizarra. Parece que a intenção é chamar a atenção da opinião pública. Acho que eles deveriam procurar algo mais sério e concreto antes de respondermos."

"A visita do papa (à Grã-Bretanha) é um visita de Estado. Seria muito estranho se, durante uma visita de Estado, a pessoa convidada a fazer a visita de Estado fosse detida", disse ele.




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